A Vingança da Rainha Vermelha

Rebeca: Dois anos foram o suficiente para erguer meu novo império e colocá-lo no mapa. Agora estava na hora de retornar e pegar de volta tudo o que me pertencia e aquele desgraçado me roubou. Toda a minha vida. Levei dois anos para me reerguer novamente. Ele, levou semanas para se apropriar de tudo que era meu. Minha empresa, meu dinheiro, minha casa, minha vida. E agora, depois de matar friamente ele ia se casar com a amante, que também me apunhalou pelas costas. Mas se ele pensava que seu castelo de areia erguido sob as minhas ruínas iria durar, ele estava muito enganado, porque eu estava voltando para me vingar dele, da cretina que fingia ser minha amiga e do meu tio, que era também meu advogado, da forma mais c***l possivél, e reaver tudo o que me pertencia. Ian, Alexia e Thomas não perdiam por esperar. Bebi um gole do champagne e sorri. —Rebeca!—Mateo me chamou—Está na hora, vamos? Me levantei e revirei o resto do champagne na boca. Estava na hora de recuperar o trono que sempre pertenceu a mim, a Rainha Vermelha. 2 anos antes —Por quanto tempo vai aguentar essa situação Eva?—Matteo questionou—Faz um mês desde que você descobriu sobre o caso do seu marido, e mesmo assim permanece em silêncio! —Estou aguardando!—falei. —Aguardando?—ele perguntou confuso—Aguardando o quê? —O melhor momento para desmascarar aqueles dois cretinos!—falei. —Ele pode ser perigoso Eva!—ele me aconselhou—Acabe logo com isso! —Perigoso?—cruzei os braços—Ele é só um rato oportunista que pensa que sou burra e não percebo ele me traindo com a Alexia bem debaixo dos meus olhos! Matteo pôs a mão na cintura, respirou fundo e sorriu sem vontade. —Você é inacreditavél!—ele disse—As vezes sua frieza me assusta! —Fez o que te pedi?—perguntei —Sim!—ele disse—Só não entendo o por que de transferir boa parte da sua conta bancária para um banco que não pode ser rastreado se acha que seu marido é um rato oportunista incapaz de lhe fazer m*l! —Não tenho medo do que ele pode fazer!—falei—Apenas não confio em sua ganância! —E o que vai fazer caso ele seja ganancioso?—Matteo perguntou. —Eu?—sorri—Eu vou destruí-lo! —Você quer o que?—Ian perguntou ao sair do closet. —Quero que façamos uma viajem juntos!—falei—Você, a Alexia, o Matteo e eu, como fazíamos na faculdade! —Por quê isso tão derrepente?—ele questionou confuso. Me aproximei dele e fechei o nó de sua gravata. —Tenho trabalhado muito ultimamente!—falei—Quase não tenho tempo nem para você, nem para os nossos amigos! —Quer mesmo fazer isso?—ele questionou desanimado. —Por quê?—passei os braços em volta do seu pescoço—Não quer ir? Já se cansou de mim? —Nunca!—ele sorriu me abraçando—Isso jamais, você sabe que eu te amo! Eu sabia mesmo o quanto ele me amava. Os desvios de dinheiro pelas minhas costas, os presentes caros e luxuosos para sua amante, os acordos que ele fez pelas minhas costas junto com meu querido e desgraçado tio. Ele não perdia por esperar. As pessoas mais próximas a mim me traíram, então eu ia mandar todos eles para a cadeia. —Vamos para onde você quiser!—ele disse me dando um beijo rápido. —Vou ligar para a Alexia e o Matteo!—falei. —Tudo bem!—ele disse deixando o quarto. Olhei para ele saindo pela porta e limpei a boca com a mão. Maldito. Ela se atrevia a dizer que me amava. Condado de Clare-Irlanda —Matteo não quis vir?—Alexia perguntou ao chegarmos ao chegarmos ao hotel. —Ele tinha muito trabalho a fazer!—falei. —Matteo nunca suportou a ideia da Eva escolher a mim e não a ele!—Ian disse me abraçando. —Ian, Matteo e eu sempre fomos bons amigos!—falei com um sorriso no rosto—Crescemos juntos, e foi ele quem esteve ao meu lado quando meus pais morreram naquele acidente terrível, somos como irmãos! —Entendo!—ele disse—Eu confio plenamente em você querida! —Confia mesmo?—perguntei séria. —Claro!—ele sorriu—Sabe que sim! Olhei séria bem dentro dos olhos dele, como eu nunca havia reparado em como eles eram falsos? —Bem!—Alexia interferiu—Eva, por que derrepente quis vir aqui? —Senti falta dos tempos da faculdade!—falei sorrindo—Foi aqui a nossa primeira viagem como amigos, se lembra? —Claro, como eu me esqueceria?—ela disse segurando minhas mãos—Você se tornou a melhor amiga que eu pude ter, se tornou minha irmã. Falsa. Dissimulada. Sorri e a abracei. —Vou subir!—falei—Estou muito cansada da viagem! —Tudo bem querida!—Ian disse—Nos vemos mais tarde! Peguei a chave com o consierge do hotel, entrei no elevador e subi para o quarto que fiz a reserva. ~Ligação on ~ —Eva!—ele disse ao atender. —Matteo os papéis do meu meu divórcio estão prontos?—questionei. —Sim!—ele disse—Te enviei por e-mail! —Os termos?—perguntei. —Ele não vai ficar com nada!—Matteo disse—Exatamente como você pediu, mas tenha cuidado, por favor, não sabe do que o Ian pode ser capaz! —Pode ficar tranquilo!—sorri—Eu sei me cuidar! ~Ligação off ~ Enchi a banheira com água e espuma, Enchi a taça de champagne e saboreei o líquido mergulhada nas bolhas. Era por volta das três da tarde quando desci até a sala privada do hotel. Ian e Alexia já me esperavam lá. —Eva, querida!—Alexia sorriu quando eu entrei pela porta—Conseguiu descansar? —Maravilhosamente bem!—sorri e olhei para eles dois, de um pata outro—Que bom que aceitaram vir comigo, é muito importante para mim! —Querida, sou seu marido!—Ian disse—Estarei ao seu lado sempre! —Nós estaremos!—Alexia completou. —Que bom!—sorri—Pode trazer! Um garçom entrou trazendo uma garrafa de champagne e três taças, após nós servir, ele deixou a sala. —Um brinde!—ergui a taça. Os dois ergueram suas taças em seguida. —E, a que vamos brindar?—Alexia questionou. —A vocês dois!—sorri—Minha melhor amiga e o meu amado marido, vocês que me trazem tanta felicidade diariamente, que estão sempre do meu lado, grudados em mim...—falei fria e seca—Como duas sanguessugas nojentas! Os dois se entre olharam confusos. —Um brinde a vocês dois, que dizem me amar tanto e querem apenas o meu bem!—sorri—Pulando de cama em cama e falando horrores de mim pelas minhas costas, um brinde a maior amizade de merda de todos os tempos, seus desgraçados! Revirei o champagne na boca e joguei a taça no chão, partindo-a em pedaços. Olhei para eles dois, brancos igual cera e sorri. —Por quê não estão bebendo?—questionei.