Episódio 4

1254 Words
Milena Narrando, O dia m*l amanheceu e o morro já teve briga, troca de tiro entre os vapores por causa de mulher, corno descobrindo os chifres, ou seja dedo no c* e gritaria, e se eu pensei que não poderia piorar, minha digníssima prima já aprontou no morro, e já saiu falando que passou a noite com o Eduardo, ela sempre faz isso o problema é que ele nunca desmente e nunca da pauta para essas fofocas, e com isso faz ela se sentir no direito de criar milhares de fanfics. Vapor: O patroa, sua vó ta lá no mercadinho testando a paciência do Eduardo, já até deu uns tapas na sua prima no meio da rua. Já falaram para ela ir para casa? Vapor: Já e ela mandou gerar se lascar. Meus Deus não são nem meio dia ainda. - Eu levantei e fui descendo o morro até o mercadinho, dois vapores veio na segurança, e antes de chegar lá eu já vi a minha vó com a maior cara lavada, olhando toda sínica pro Eduardo, se eu não conhecesse a peça. Vamos para casa vó. — Eu estava apenas dando uns conselhos para o menino. Garanto que ele não precisa, sabe bem o que fazer da sua vida. - Ele de imediato levantou a cabeça mas eu não olhava para ele, minha vó logo percebeu o que eu estava fazendo e sorriu vindo ao meu encontro, eu apenas virei as costas e fui saindo subindo o morro indo de volta para p QG. — Eu fiquei orgulhosa, talvez assim aquele b***a mole para com esse medo e se entrega de vez. Gosta de uma conversa fiada né. — Eu jamais, mas cá pra nós você bem que podia dar um baile né e chamar aquele pessoal da zona leste que arrasta a maio0r asa por você, assim vai que ele pense que a fila andou. Você e suas ideias né. — Minha querida eu sou vivida, homem só reagi quando se sente ameaçado, ele vai perceber que não está mais sendo prioridade na sua vida, e talvez o medo de ter perder para outro seja maior que o medo de te perder para o tráfico, sabemos que o que ele tem é medo, viu p pai morrer nessa vida então ele não deve querer passar por isso de novo. Eu sei e entendo, mas essa é a minha vida, eu herdei e prometi cuidar da comunidade é a minha realidade, e se ele não quer fazer parte dela eu não posso interferir, mas isso também não quer dizer que eu não vá facilitar as coisas. — Mania de perseguição, seu pai era igualzinho tinha uma obsessão pela sua mãe que não sossegou até ter ela, isso porque ela namorava na época, ele esperou mas marcava em cima. Então sofrer por amor que não é seu é de família. — Talvez, depois de longos dois anos sua mãe terminou com o namorado, seu pai marcou em cima até consegui um encontro e dai em diante não se largaram mais. É tudo questão de tempo. Eu não sei se tenho essa mesma determinação, as vezes da vontade de prender ele no porão. — Cárcere privado é crime, mas como você já vive fora da lei mesmo não faz muita diferença. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ta engraçadinha hoje né. — Eu sou um amorzinho, agora vamos direto para casa que a Dulce ia fazer lasanha e sua coca cola já está geladinha. Me mimando cedo o que você quer em? — Neta ingrata, eu só queria te agradar. Se eu não te conhecesse né, fala logo o que você quer. — Assim, eu conheci um coroa no forró, ele me abordou insistiu para dançar comigo e como sou macaca velha eu quero que pesquise para saber de onde ele é, ele veio direto em mim e isso me deixou em alerta. Coroa né sei, anota tudo que sabe, se tiver pego o numero dele melhor ainda. — Sabia que iria descobri. E vê se aquieta, nunca vi veia mais fogosa. — Eu ainda dou um caldo. - Eu não me aguentei e rir alto, fomos para casa e almoçamos juntas rindo e falando m*l dos outros pois esse era o nosso passatempo favorito. Na parte da tarde era dia de entrega de gás, e isso sempre acontecia em frente ao mercadinho do Eduardo, eu estava lá fingindo que nem o conhecia novamente, sem da pauta ou qualquer tipo de mole como sempre fazia, mas eu percebia seus olhares, deve ta se perguntando o que aconteceu, e como se tudo estivesse ao meu favor, o dono do morro da zona leste que minha vó falou mais cedo apareceu aqui dizendo que estava com saudades e me abraçando apertado, quando acabou a distribuição fomos juntos pro QG, eu ouvi alguns comentários e como Eduardo não desmentia nada eu também não iria desmentir, pense o que quiser e estava tudo certo. — Eu vim em paz, e não queria te atrapalhar, porém eu preciso da sua ajuda. Algum problema na zona leste? — Alguns, mas o que mais tem me tirado o sono são as ameaças de invasão vindo do oeste. Ué, DJ não havia fechado acordo, porque ta com isso agora? — Não sei o que está acontecendo lá, mas nesse meio a unica pessoa que ele escuta é você, tem alguma coisa acontecendo lá, mas eu não posso ir lá sem que ele me mate antes de subir. Alguma coisa aconteceu e não é nada boa, tem algum infiltrado lá? — Tinha, mas ele precisou ir para outro estado, e o outro que mandei não me da mais notícias, ou ele mudou de lado ou foi morto. As coisas não estão se encaixando, Dj mesmo em guerra ele deixa tudo as claras, ele fez acordo perante o comando não tem como ele ta agindo assim sem um motivo plausível. — Há coisas que eu não sei te explicar porque eu não sei o que esta acontecendo. Eu vou lá, vou descobrir o que está acontecendo, estou precisando falar com ele mesmo sobre uma carga, vou usar isso para ir até lá e aproveito para sondar sobre esse assunto, pois eu fiquei bastante curiosa. — Obrigado, você é a unica que tem essa liberdade entre os comandos, e antes de levar pro chefe da facção eu preferi vim aqui pedi a sua ajuda para entender o que aconteceu antes de enfrentar essa guerra, eu to no escuro não sei com o que estou lidando ao certo. Essa semana ainda vou lá, te mantenho informado. - Conversamos mais um pouco e fui levar ele até a barreira, os olhares curiosos chegava a ser engraçado e já imaginava que a página de fofoca fosse dar bastante detalhes sobre isso. — Se cuida e aparece para curti um baile, e quem sabe me dar uma chance. Vou pensar no seu caso. — Para qual das alternativas? Para ida ao baile. — Ainda vou ser seu morena. - Eu rir e me despedi, voltei a subir o morro e já estava me sentindo sedentária, Eduardo vinha descendo com a sua mochila iria para a faculdade mas eu apenas segui o meu caminho o que fez ele parar no lugar e me olhar, eu sei o que ele está pensando mas não seria eu a desmenti nada dessa vez, quem sabe as ideias mirabolantes da minha vó dê certo. Não custa nada tentar, e se não der certo a ideia do porão ainda é válida.
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