Cap10: Alvo dois

1752 Words
Depois de ter saído daquele quarto deixando Erick com seus pensamentos e mentiras,apenas tomei um banho rápido e sai de casa, o deixando sozinho,porém em meio ao que foi dito por ele,as palavras que se assemelhavam às de Logan,não saíam da minha mente,aquele aviso parecia estar ligado a alguma verdade,mas não conseguia descobrir o que era,pois não acreditava em nada do que poderiam me dizer, não acreditaria em uma desculpa medíocre e voltada para alcançar o meu perdão. Não lhes daria a chance de colocarem o sentimento de dúvida em minha mente, pois até o momento,a única coisa que desejo, é puxar o gatilho de minha arma, podendo ver seus corpos caírem sem vida no chão. Atravessando a linha de chegada, podendo ouvir a euforia daquelas pessoas,paro aquele carro em frente ao patrocinador que efetuava os pagamentos. Atraindo a atenção dos torcedores,abro a porta do veículo e sai seguindo até o garoto que não aparentava ter mais de dezenove anos. Jogando as chaves do carro em sua direção,tomei direção ao meu que se encontrava distante daquele movimento e, podendo encontrar o bastardo que comanda essa merda toda, suspiro pesadamente me colocando à sua frente. — Vencedora como sempre! Você nunca desaponta e acho melhor continuar assim. Ignorando sua ameaça,o empurro de meu carro entrando e saindo daquele lugar, o deixando olhando em minha direção. Estávamos em uma espécie de pista apropriada para esse tipo de corrida,o lugar estava localizado a uma hora e meia da cidade,sem esquecer de mencionar que está localizado dentro de uma mata que encobre qualquer coisa que venha a acontecer por aqui. Um bom lugar para desaparecer com alguém! Olhando as horas em meu celular,solto um suspiro cansada por ver que se passavam das três da manhã e ter a certeza de que não dormiria,pois meu destino estava em direção a casa do meu querido amigo. Algo em mim pede para que não os machuque,pede para que aguarde mais alguns dias ou poderei me arrepender de tudo que farei. Não sei exatamente o que pode ser esse sentimento,não sei o porquê de ter surgido e muito menos onde se iniciou, não pretendo seguir esse sentimento. Quando olhei nos olhos de Logan e quando senti os toques de Erick, algo em minha mente se confundiu,se desligou fazendo-me reviver os momentos de anos atrás,viver cada lembrança que tinha guardado em alguma parte de meu corpo,porém apenas os joguei no pequeno abismo que tenho dentro de mim,os arremessei em uma gaveta na qual já meus poderá ser aberta. Não era e não seria aquela garota inocente que protege todos,mas que sempre recebe a indiferença e o abandono em troca. As quatro horas da manhã,estava estacionando meu carro em frente a casa de Digson e saindo do veículo me aproximando da porta de entrada que se encontrava trancada. A rua estava vazia e somente as luzes dos postes iluminavam meus próximos atos,o silêncio me dava total concentração para abrir aquela fechadura,o que não precisou de muito tempo. Pegando minha arma em minha cintura,entro em sua casa sem fazer barulho encontrando a sala de estar em completo silêncio e iluminada somente por um abajur sobre uma pequena mesa no canto, subindo as escadas em passos cautelosos,viro no corredor sabendo onde seria a casa do traidor. Parando em frente a porta,toco na maçaneta girando lentamente encontrando Digson dormindo tranquilamente enquanto a luz a claridade de um pequeno abajur iluminava seu quarto. — Me perguntei quanto tempo demoraria para tê-la em minha frente. Pensei que tardaria! — me surpreendendo, Digson se pronuncia e se senta em sua cama. — De pé! — ordeno o vendo acatar meu pedido — quero você de costas e com as mãos para trás! Me aproximando ao tê-lo atendendo meu pedido,pego um par de algemas em minha cintura enquanto mantinha a arma em punho. Prendendo um de seus pulsos, Digson se virou para mim me acertando com um soco e me empurrando em sua cama enquanto suas mãos apertavam meu pescoço, cortando meu ar. — Gosto de você,mas não lhe darei a oportunidade de machucar minha família,nunca! — Digson sussurra colocando mais força em seu aperto contra meu pescoço. Levando uma de minhas mãos até uma de minhas coxas,pego uma pequena faca e faço um corte em suas costas nuas o fazendo gemer de dor e afrouxar o aperto,o que me deu liberdade para o empurrar para longe de mim e lhe acertar uma sequência de três socos o fazendo esbarrar sobre uma cômoda causando um barulho naquele quarto. Me aproximando acertando um chute em suas pernas o fazendo cair de joelhos no chão,lhe acerto um último soco e o empurro no chão. — Você não devia ter feito isso,não devia mesmo! — sussurro lhe algemando enquanto ouvia seus gemidos. Me sentando em sua cama enquanto recuperava meu ar, mantenho meu olhar no i****a e pego minha arma que se encontrava ao meu lado, acionando a trava, coloco-a em minha cintura. O vendo se sentar com certa dificuldade,levanto-me e o coloco de pé podendo ver suas costas sangrando pelo corte,mas isso seria apenas o começo do que lhe aguarda,pois ele não devia ter reagido e muito menos ter tentado me estrangular. Saindo daquele quarto o empurrando por aquele corredor e descendo as escadas,tive a confirmação de que sua família se encontrava distante desta casa como forma de poderem estar segura. — Para onde está me levando? O que pretende? — questionou ao sairmos de sua casa e tê-lo colocado em meu carro. Entrando no veículo e girando a chave de ignição,saio daquela rua podendo sentir seu olhar queimar sobre mim. Sabendo que Digson não era alguém confiável,pego minha arma e lhe acerto em seu momento de distração o deixando inconsciente. Assim como sou capaz de tudo,o traidor ao meu lado também não exitaria em me matar,pois para se defender e manter sua vidinha miserável,Digson mataria o melhor amigo e não duvido que seria capaz de ferir os próprios pais,pois a única pessoa que sei da existência de um carinho verdadeiro,é por sua irmã. Assim como um dia amei,Digson ama aquela garotinha sem colocar barreiras,por ela,ele morre e mata. Assim como havia alguém atrás da garota - namorada de Logan - havia pessoas observando cada passo da família desse bastardo, há pessoas monitorando cada passo de familiares de meus alvos,exceto por Erick que continuava sendo alguém sozinho. Não iria machucar pessoas inocentes,a menos que não entrem em meu caminho,suas segurança não seriam afetadas. Sei que ambas não estavam envolvidas no meu caso de abandono,ao menos sabiam da minha existência,mas se houver interferência,estarão assinando o atestado de óbito. Olhando para meu celular que marcava sete horas da manhã, atravesso o portão do terreno no qual Logan se encontrava. Estacionando meu carro em frente aquele galpão,olho para o traidor desacordado ao meu lado. Saindo do veículo,dou a volta abrindo a porta do lado de Digson lhe acertando alguns tapas leves em seu rosto o fazendo acordar. Empunhando minha arma,o puxo para fora podendo ver que seu sangue havia sujado o banco do meu carro,o fazendo andar até a entrada do galpão,abro o portão e lhe empurro para dentro. — Oi amigo! Trouxe uma companhia para você — fazendo Logan olhar para nós,debocho fazendo com que o bastardo andasse até duas barras. O algemando de pé com uma mão de cada lado,coloco minha arma em minha cintura e me aproximo de um pequeno armário no canto daquele galpão. O abrindo com a chave que se encontrava como pingente de meu colar,deixo visível para ambos a quantidade de facas e armas pequenas, porém o que realmente me interessava estava em uma das gavetas também fechada a chave. Pegando dois socos inglês,os coloco em minhas mãos e me viro para Digson, que se mantinha surpreso. — Malia... Olhando para Logan que demonstrava estar confuso e assustado,soube que ele estava se perguntando o que faria e o porquê,pois com ele, apenas lhe deixei acorrentado e sem nenhum arranhão. Puxando as mangas de minha blusa até os cotovelos,me posicionei em frente a Digson que me encarava com um olhar indescritível,porém sabia que havia um sentimento de medo. Com um sorriso vingativo em meus lábios,lhe acertei com dois primeiros socos o fazendo cuspir sangue revelando um corte em seus lábios e rosto. — Só sabe fazer isso, p*****a? Até minha irmã bate mais forte — debocha sustentando meu olhar. — Não amor! Estou apenas começando. — Para com isso, Malia! Essa não é você! — Logan tenta intervir,porém lhe ignoro. Acertando socos em Digson, revesando entre seu rosto e abdômen, percebi que o filho da mãe não permaneceria acordado por muito tempo. Não me importava consigo, pois a única coisa que estava em minha mente foi o ato impulsivo movido a sua alto defesa,foi o maldito corte que se encontrava em meus lábios devido seu soco. Se não tivesse outros planos,mataria esse merda nesse exato momento. O deixando desacordado,me afasto tirando o soco inglês de minhas mãos e os guardando na mesma gaveta que se encontrava aberta. Trancando o armário novamente com a chave em meu pescoço,volto meu olhar para Logan que se encontrava com os olhos fechados e sua cabeça apoiada contra aquela parede fria,o que me fez suspirar controlando minha respiração, ainda desregulada e sair daquele galpão, indo até meu carro para pegar alguns sanduíches e um suco para ele. Retornando com a sacola em mãos,me aproximo sentando-me à sua frente em uma cadeira que se encontrava próxima. — Acho melhor você comer! — digo o fazendo abrir os olhos. — Para quê? Não é você que quer me matar? — Logan me afronta com um tom de voz e um olhar sarcástico. — Acredite, não é desta forma que farei isso! Lhe entregando os sanduíches, o fazendo pegar,me apoio por completo naquela cadeira e suspiro pesadamente, podendo sentir meu corpo demonstrar cansaço,pois não estava dormindo e tudo que estou fazendo me causará um sentimento de exaustão. Passando as mãos em meu rosto,me pondo de pé novamente, prestes a sair daquele lugar os deixando sozinhos, porém,antes de abrir aquela porta,virei-me para Logan e suspirei profundamente o fazendo olhar para mim enquanto comia seu lanche. — A garota está bem, pois enquanto se manter assim... obediente,sua namorada e seu filho ficaram seguros. O vendo assentir demonstrando um olhar triste e avermelhado devido às lágrimas, atravessei aquela porta a fechando atrás de mim e a trancando com o cadeado. Apoiando minhas costas ali,toquei em meus lábios feridos e sorri sabendo que esse seria apenas o início de tudo isso.
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