Cap11:Traços misteriosos

1690 Words
Os dias se passavam cada vez mais rápido e meus planos tardavam a serem concretizados,porém gostava de pensar que tudo deve acontecer em seu devido tempo,o que garante o sucesso. Há um mês que estou longe das grades de uma penitenciária e livre para garantir que todos meus objetivos sejam realizados. Logan e Digson estavam presos naquele galpão há três semanas,sem sequer contato com o mundo exterior e com seus parentes e amigos. Esse desaparecimento repentino fez com que Ricardo e Lorena contratassem pessoas que poderiam garantir sua segurança,mas tive o prazer de lhes informar que não seria tão fácil assim. Não existe pessoa alguma que pudesse me impedir. Olhando para meu reflexo naquele espelho de meu banheiro,conseguia enxergar o quão pálida estava,as olheiras embaixo de meus olhos eram consequência de noites m*l dormidas. Havia uma pequena ardência em minha garganta e uma queimação em meu estômago,o que resultava em uma fraqueza fora do comum e inexplicável,pois mesmo que não esteja tendo uma alimentação saudável, não é motivo para que sinta algo assim. Abrindo a torneira podendo sentir a água cair sobre minhas mãos,a jogo em meu rosto ao sentir um suor frio percorrer por todo meu corpo. Ouvindo meu celular tocar em meu quarto,suspiro profundamente e seco meu rosto com uma toalha que se encontrava ao meu lado sobre a pia. Me aproximando do criado mudo ao lado da minha cama,pego o aparelho podendo ver uma mensagem na qual Luke pedia para que comparecesse em sua casa, certamente para informar qual seria meu próximo trabalho ou corrida, onde lhe gera uma quantia absurda. Devolvendo o celular para o mesmo lugar, sento-me podendo ver um novo e-mail em meu notebook que se encontrava ligado sobre o travesseiro no centro da cama. O abrindo, suspiro pesadamente por saber que seria Erick a me mandar aquilo. “ Oi, Malia! Sei que sua mente estava lhe fazendo planejar mil e uma formas de se vingar de todos nós,assim como também sei que a responsável pelo desaparecimento de Logan e Digson, é você. Não sei o que fez com ele ou o que planeja, mas garanto que em um certo momento,suas ações estarão lhe cobrando um preço alto e doloroso. Não lhe direi o motivo de estar afirmando isso com tamanha convicção,sequer tentarei lhe convencer de nos ouvir antes de colocar seu plano em reta final,pois acredito que esteja planejando um por um, somente para mostrar o que acontecerá por termos, supostamente,lhe abandonado a mercê da sua sorte. Poderia fugir, ir embora da cidade ou até mesmo do país,mas sei que seria inútil por dois motivos: você viria atrás de mim ou de qualquer outro,e não sou covarde ou forte o bastante para ficar distante de você mais uma vez. Quer brincar de justiceira? Tudo bem, é uma escolha sua. Mas lembre-se que pode haver duas versões de cada história,pode existir uma explicação mais plausível do que essa versão que você insiste em acreditar. Insistir em tentar lhe explicar, é o mesmo que tentar mudar o mundo para melhor, é impossível! Assim como sua mãe e seu padrasto, desisti de querer lhe fazer nos ouvir, de querer fazer com que por um segundo, acredite em nós quando dizemos termos uma segunda e verdadeira versão dos fatos em questão. Você se lembra de sua temporada em Londres? De todos os momentos em que estávamos juntos,como se nada importasse? São aquelas experiências que viveram em minha mente, são essas lembranças que jamais poderão tirar de mim. Não posso criar novas, não posso idealizar criar outras com você, pois seu ato vingativo e sua forma defensiva de enxergar as coisas não me permiti viver na ilusão e como o desejo de realidade. Sei que errei muito com você,errei a anos atrás,mas também sei que tudo poderia ter sido explicado e compreendido, tudo poderia ter sido resolvido assim como resolvemos a indiferença por ter ficado bastante tempo sem ao menos entrar em contato,sem ao menos lhe visitar e dizer que insistiria em lutar por você. Ainda sinto o cheiro do seu corpo contra o meu,seus beijos em cada parte da minha pele,o calor que transmite, ouço seus gemidos abafados e sinto sua respiração pesada e desregulada. O gosto de seus lábios ainda está contra os meus,seus toques ainda estão presentes,mas o que realmente gostaria de ter, não posso obter: seu coração e amor não me pertencem. Sentir e poder ter tocado em você após longos anos,me deu uma única certeza,uma certeza de que sou completamente apaixonado por você. Mesmo que não acredite, essa é a verdade. Apesar de tudo o que está por vir,de tudo que você possa fazer com o passar dos dias, espero que seja a mesma garota feliz e sonhadora que tive o prazer de ter tido ao meu lado. Você jamais deixará de ser minha eterna e doce menina. Eu te amo! PS: não irei lhe procurar outra, apenas aguardarei você abrir minha porta com uma arma apontada para mim e dizer que meus últimos dias estão próximos. Com o amor que descobri no momento em que lhe perdi a anos atrás, Erick!” Com meus olhos pesados e respiração pesada podendo sentir um m*l estar me atingir de forma dolorosa,me deito naquela cama sentindo o suor surgir em minha testa e um arrepio percorrer por todo meu corpo. Não sabia o porquê de estar com essa sensação ou o que de fato me causou isso, apenas estou confusa e intrigada por estar com esse m*l estar repentino. Meus batimentos cardíacos estavam tão acelerados que me levavam a pensar se seria possível que tenha uma parada cardíaca momentânea,minhas mãos tremiam enquanto se encontravam apoiadas sobre a maciez de meus lençóis,minha respiração estava desregulada e apreensiva,pois meu peito se apertava cada vez mais. Uma lágrima solitária escorreu pelo canto de meus olhos enquanto um gemido sufocante escapou por meus lábios. Sentia meu rosto queimar,a circulação do sangue em minhas veias e imaginava o quão minha pele facial poderia se encontrar vermelha. — Regina! — com todas as forças que me restavam, grito pelo nome de uma das minhas empregadas. Aderi uma forma de manter os funcionários desta casa,pois mesmo que as chances sejam mínimas, não gostaria de ter alguém atento a meus planos. Então,para me sentir segura o bastante, faço revezamento de empregados e os impeço de subirem para o segundo andar e muito menos que entrem em meu escritório. Certamente, Regina estaria na cozinha,porém não tenho a certeza de que ela esteja em casa. Sentando-me em minha cama novamente,sinto minha visão turva e embaçada,pois assim como estava sentindo meu corpo cada vez mais fraco,era perceptível a palidez em minha pele. Usando o restante de minhas forças que se esgotavam a cada vez que as dores e a queimação em meu peito aumentavam, levanto-me lentamente e sigo para a porta do meu quarto. O corredor estava no mais completo silêncio,a pouca iluminação vinha da parede de vidro a alguns passos ao lado da escada, porém a única coisa que me interessava no momento era saber se havia alguém que pudesse me ajudar. Descendo calmamente,me surpreendo ao encontrar Luke sentado em meu sofá enquanto segurava um copo com uma dose de whisky,imaginava que ele estaria me esperando em sua casa,era o que sua mensagem dizia. — Pensei que estaria atrás de seus alvos! — se mantendo de costas para mim,Luke comentou. Me aproximando de uma das poltronas, sento-me fechando meus olhos por não conseguir enxergar nada com precisão. Luke era meu tormento,pois sempre que sinto sua presença e olho para seus olhos, tenho a sensação de que seus segredos são destruidores,tenho a certeza de que suas ações merecem uma morte lenta e dolorosa. Mas preciso manter a calma,pois não poderia deixar que desconfiasse e soubesse das minhas suspeitas. Essa seria minha segurança. — O que veio fazer aqui? Não estava me esperando na sua casa? — tentando demonstrar estar bem, questiono indiferente. — Quero saber que merda você está fazendo. Se caso não se lembre,tudo que fizer por minhas costas, trará consequências nas quais eu não quero fazer e tenho certeza que não quer que aconteça algo contigo — Luke ameaça. Abrindo meus olhos novamente,olho para si podendo ver seu vulto ainda sentado naquele sofá com seu olhar preso em seu copo de whisky. Por mais que esse bastardo sinta medo de mim, sabemos que seus atos são traiçoeiros e que não se importa em envolver um terceiro para lidar com seus problemas e soluções. Luke não se importa em usar pessoas secundárias para garantir que meu desaparecimento seja acidental. Ele não pouparia tempo em me destruir com a ajuda de seus capangas. — Meus problemas pessoais não lhe dizem respeito. Garanti lhe dar grandes lucros e seguir suas ordens, não disse nada em relação a lhe informar sobre o que faço ou deixei de fazer em relação a meus planos. Mas não se preocupe, não fiz nada...ainda! O vendo se levantar e se aproximar de mim com um olhar ameaçador, reviro meus olhos por saber que ele estava tentando me intimidar,mas todos que me conhecem sabem que ainda não existiu uma pessoa que me deixasse assim. — Se não fez nada, então onde está meu irmão e o filho da p**a do Digson? — questionou jogando respingos de sua bebida em meu rosto. — Virei babá? — debocho o fazendo se irritar. — Malia,escuta bem o que viu lhe dizer! Enquanto você estiver trabalhando para mim,enquanto existir uma dívida comigo,tudo que faça diz respeito a mim e se caso descobrir que está trabalhando por minhas costas,acabo com você! — em um tom de ameaça,Luke advertiu. Deixando o copo sobre a mesinha de centro,o bastardo segue até a porta de saída da minha casa e a abre. Seu desejo era me matar sem pensar duas vezes,porém não seria possível,pois ele necessita de meus trabalhos. — E vê se melhora essa cara de doente,pois preciso dos seus serviços hoje a noite! Ouvindo a porta bater, suspiro profundamente sentindo a raiva me dominar,porém apenas ignoro fechando meus olhos novamente. Precisava ficar bem o suficiente para prosseguir com meus planos. Esse m*l estar não é normal e aconteceu repentinamente.
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