No escritório

1214 Words
-Sr. Erikson… Não se toca em uma mulher sem a permissão dela. –ele sorriu amigável, mas havia frieza em sua voz. –Ainda mais com a força que o senhor está exercendo. –vi as veias da mão de Levi se retesar indicando que o mesmo estava apertando firme o pulso de Erikson. -Sr. Armstrong… Eu… –Erikson começou a se contorcer e tentar tirar o pulso do aperto. –Eu entendi… O senhor poderia me soltar? -É claro… –Levi apertou mais. –Se o senhor se desculpar com a adorável senhorita Hardly. -Certo! É claro! –ele arfou. –Me desculpe Catarine… -Não senti muita verdade nesse pedido de desculpas… –Levi continuou apertando. Enquanto Erikson parecia prestes a chorar. Levi parecia se divertir muito. -Sr. Armstrong, já chega! –falei firme. Mesmo que Erikson fosse um velho ganancioso, ele ainda era alguém que eu considerava da família e aquele sorriso que Levi mostrava era assustador. -Ah, sinto muito. –Levi imediatamente soltou o braço de Erikson. Ele o segurou com a outra mão e saiu choramingando. –Eu não queria.... -Qual o seu problema?! –perguntei furiosa. –Poderia ter quebrado o punho dele! -Eu realmente sinto muito se a assustei… –o tom de voz de Levi era desconcertado. Como se ele realmente não entendesse que fez algo de r**m. Respirei fundo, inúmeras vezes até me acalmar. Por fim, peguei uma taça de champanhe que o garçom ofereceu. -Então… –Levi começou incerto. –Oque acha de dançarmos? -Depende... –arqueei a sobrancelha. –Não pretende quebrar uma ou duas costelas minhas não é? -Ai Deus! –ele passou a mão pelos cabelos negros. –Eu pedi desculpas. -Eu estava brincando. –virei o champanhe todo de uma vez. –Vamos? Se pisar no meu pé, lembre-se... Estou de salto agulha. –ameacei e ele sorriu. -Você vai ver que sou bom em muitas coisas. –ele piscou e me guiou para a pista de dança. Enquanto dançava com Levi, sentia vários olhares sobre mim. Sabia que alguns estavam com receio do que eu poderia dizer ao novo magnata do clubinho de corrupção deles, mas, na verdade, eu estava era querendo saber mais sobre o que ele fazia. Queria ter o maior número de informações possíveis caso o nome Armstrong surgisse em alguma investigação minha. -Então Sr. Armstrong… -Por favor, me chame apenas de Levi. -Combinado… Levi. –recomecei e ele sorriu. Estava perigosamente perto. –Oque você faz? -Sou traficante de drogas. –ele respondeu. Parei na hora, mas ele começou a rir. –É brincadeira, Senhorita Hardly. –ele voltou a me conduzir, sua mão firme deslizou pelas minhas costas nuas, fazendo-me arrepiar. –Eu sou dono de uma refinaria de açúcar no Brasil e algumas no oriente médio. -Açúcar? –falei bem surpresa, não imaginava aquilo. -Sim, por isso a piada de traficante de drogas… Sabe, as pessoas hoje em dia são viciadas em açúcar e refinaria… -Eu entendi… –Falei dando risada. –Só foi uma piada muito, muito r**m. -Todos dão risada, menos você. –ele sorriu. -Eu não imaginava você como um homem do açúcar. -Ah é? –ele ergueu uma sobrancelha e se aproximou do meu ouvido. –E como me imaginou? –sussurrou com a voz rouca e sedutora. Senti novamente aquele arrepio e um leve tremor pelo corpo. Levi era um homem muito sedutor e ele sabia disso, talvez soubesse o que estava causando em mim e continuava. Desde o momento em que nossos olhos se encontraram eu senti a tensão que havia entre nós. Eu sabia que Levi estava jogando comigo e decidi que seria interessante participar desse jogo. -Do mesmo jeito que todas as mulheres te imaginam… -Só que… -ele apertou firme minha cintura. -Você não é elas…. Não é mesmo? -Está dando em cima de mim, Sr. Armstrong? -perguntei divertida. -Isso é óbvio! Impossível seria eu não dar em cima de você. A música acabou e nos separamos, quase que imediatamente Levi foi rodeado de ricaços como mosca no mel e eu entendia o porquê. Se por um acaso algum deles tivesse algo que interessasse um dono de refinarias no oriente médio e Brasil, eles poderiam fazer muito dinheiro com propina e suborno. Fiquei em um canto sozinha bebendo um champanhe enquanto observava Levi discretamente. A expressão em seu rosto se fechou totalmente quando começou a falar de negócios. No entanto, mesmo seu rosto e postura estar fechado e tenso, ele estava perigosamente bonito e eu me dei conta de que pela primeira vez um empresário me deixava totalmente encantada. Em determinado momento Levi me pegou espionando-o, pensei em desviar os olhos e me fazer de difícil, mas aqueles olhos azuis me prenderam e não consegui desviar. Ele me encarou com intensidade, cheio de desejo e sedução e ali eu me rendi. Deixei a taça de champanhe em cima da mesa e sai andando. Levi não precisava de nenhum outro sinal, deu alguma desculpa para os homens e me seguiu. Andei pelo corredor vazio da emissora em direção a minha sala. Estava tudo escuro por estar vazio e o único som que ecoava era o “toc toc” dos meus saltos, sendo acompanhados pelo suave passo dos sapatos caros de Levi. Virei a esquerda e entrei na última sala central, encostei-me a minha mesa e segundos depois vi Levi entrar. Ele sorriu levemente com as mãos no bolso. -Então é aqui que você trabalha. -comentou vindo em minha direção, no entanto ele não olhava ao redor para ver a sala e sim diretamente nos meus olhos. -Sim, a festa estava um pouco chata então pensei em vir conferir alguns documentos. -Eu posso te ajudar com isso… -ele segurou minha mão. -Então você entende de jornalismo? -questionei fechando os olhos quando senti sua mão deslizar pelo meu pulso e subindo para o braço. Levi não respondeu a minha pergunta boba porque estava concentrado demais beijando levemente meu pescoço. Suspirei e arranhei seus ombros com força. Ele subiu pela maçã de meu rosto e alcançou meus lábios em um beijo lento e intenso. Tinha desejo e luxuria naquele beijo, mas não havia nem um pingo de pressa. -Levi… -sussurrei entre o beijo quando senti nossos corpos se encontrando. Levi apertou com força minha b***a e eu tratei de tirar seu terno caro. Uma das mãos dele foi para minha nuca onde ele segurou com firmeza meus cabelos puxando-os. Um gemido escapou por meus lábios porque aquilo era muito bom. -Você já está sensível? -ele questionou brincando. -Digamos que isso é meio novo pra mim… -sussurrei enquanto ele mordia meu queixo. -Não me diga que você é virgem?! -ele parou de repente. -Oque? -acabei dando uma risada leve com a atitude dele. -Porque se for eu paro por aqui. Não devia roubar isso de você. -Eu não sou. -afirmei dando risada e tocando o rosto dele. -Só não tive boas experiências com ex namorados. -Ah… -ele sorriu de lado do jeito que só ele sabia. -Acho que terei que criar lembranças pra você. Dito isso Levi me colocou sentada sob minha mesa e desceu uma trilha de beijos por meu pescoço até minha clavícula. Segurei firme seus cabelos observando-o, mas ele parou. -Feche os olhos Catarine. Confie em mim.
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