CAP 19

1616 Words
Danilo Bernardi Finalmente eu estou conseguindo avançar no sistema que negociei com o Davon e além das anotações dele, eu decidi começar a acrescentar umas coisas. Vai ser um dos meus melhores trabalhos. Ele pagou uma quantia bem gorda que me fez pensar que ele desistiria, mas ele sabe que contratou da pessoa certa. Esses dias eu tenho tentado me ocupar com tudo para não me deixar ter a chance de pensar em algo sem fundamento. Acho que me deixei levar demais pelo fato de ter conhecido uma mulher tímida, proibida e ousada. Isso não vai mais acontecer! Irina está fora de qualquer cogitação na minha vida! Por que ficar fissurado em algo que não tem fundamento? Eu posso ter qualquer mulher e fazer o que bem entender. Irina não tem nada a me dar! Sendo assim, estou focado no trabalho. Eu passei a manhã toda em frente ao computador fazendo os códigos de programações e se eu conseguir seguir nesse ritmo, o sistema do Davon vai ficar pronto antes do meu prazo. Porém, nesse momento já sendo de tarde, eu estou vendo uma bela tortura aqui no galpão principal. Acho incrível ver o meu pai em ação. Lembro muito bem quando o vi pela primeira vez. Ele estava abrindo um corpo usando uma faca que deslizava abaixo do pescoço até a pélvica do cara. Em seguida, ele abriu a carne como se fosse um pacote de biscoitos e arrancou o coração do infeliz com a mão direita. Foi chocante, mas o suficiente para eu analisar bem tudo que ocorria no nosso mundo. Aquele cara morreu por tentar chegar na minha mãe. Tudo que tenho visto desde que entendo das coisas, além dos negócios na máfia, é o meu pai protegendo ela e cuidando dela da melhor forma. Acho que eu posso dizer que puxei o lado ciumento dele. Sou capaz de qualquer coisa pelas pessoas que amo e estão do meu lado. Um mafioso também tem seus tesouros... principalmente sendo um italiano. Aqui, o meu pai está acabando com um desgraçadö que tentou comprar uma de nossas mercadorias e quis pagar com dinheiro falso. Idiotä! Aprecio a cena de cada dedo de sua mão ser decepado e logo após, ele é solto e socado sem parar. Ele não consegue mais revidar e desde o começo não consegue. Ele se tremia todo! Uma das histórias do meu pai que eu ouvi e queria ter visto de perto, foi uma execução que ele fez onde empalou um cara bem aqui nesse lugar. Só vi uma foto do ocorrido! Mas, desde aquele dia, ele me fala que não sentiu tanta raiva como naquele período para fazer o mesmo. Isso está na minha lista de desejos para realizar. — Quem você prefere no comando da tortura... tio Paolo ou o meu pai? — Leonardo me pergunta enquanto assistimos. — Ah, essa é difícil... — Penso um pouco. — Eu aprendi com os dois. Não dá para escolher assim... já vi o tio Pietro putö e sei do que é capaz. Não tenho uma resposta, mas eu ainda vou superar... — Estou decidido a isso. — Você sempre diz algo assim. — Leonardo sorrir em deboche. — Quero ver! — Vai ser o primeiro da fila... — Afirmo. — Vai dizer que não pensa em superá-lo? — Não sei se é possível, mas eu vou tentar! — Noto uma certa hesitação nisso e olho bem para ele. — Coloque na sua cabeça que, não é questão de enfrentá-los... é questão de mostrar aos membrös que merece a posição que vai herdar. Não podemos deixar dúvidas! — Ouço isso desde criança. Eu posso parecer um egocêntrico em certos pontos, mas aprendi a ver as coisas com clareza. Eu jamais posso deixar transparecer que serei o Don apenas por ser filho do meu pai. Eu tenho que ser melhor que ele para não dar chances a dúvidas e insatisfações. Isso gera descontrole e para uma guerra civil é um pulo. Não vou deixar isso acontecer! — Será que vocês dois aí podem parar de fofocar e trazer o próximo? — O meu pai dá a ordem. — Eu agradeço, seus preguiçosos. É, ele ainda continua putö! Enquanto pegamos o próximo, eu vejo o meu tio Pietro chegar e ele não diz uma palavra. Ele fica apenas sentado à mesa e observa a cena. Eu sou o primeiro a ir para mais perto dele, porque eu adoro o humor azedo dele. — Não sabia que vinha, pai. — Leonardo é o primeiro a falar. — Decidi de última hora... estava sem ter o que fazer. — Ele sorrir com pouco humor. — Deixei uns papéis para o Paolo e vou desligar o meu celular. Ele que se vire! — Papéis? — Eu pergunto sem entender. — Isso. É referente aos negócios com a Rússia... eu poderia resolver, mas fiquei sem vontade. É bom que ele conversa com o amigo dele, Alef. — Já começo a entender. A nossa atenção fica toda no meu pai que já mostra certa impaciência e decide finalizar a tortura e partir para a execução. Ele joga o cara no chão e pisa forte no pënis dele e na hora que ele reage querendo ficar de pé, o meu pai usa um facão curvado e decepa a cabeça dele num golpe só. Hoje ele não queria perder tempo e mostrou que até nisso, ele faz diferente. — Limpem a bagunça! — Ele solta o facão no chão e vem na nossa direção. — Mais uma lição para vocês. Nunca, em hipótese alguma se deixem ser passado a perna. Evitem e mostrem que são mais espertos que qualquer um. — Sim, senhor! — Eu e o Leonardo respondemos. Isso mostra bem o meu pensamento de sempre mostrar ser o melhor. — Eu vou para o banho. — Ele vai saindo e vou fazendo caminho com ele, mas para ir ao escritório. Tenho uns pontos para resolver com ele. { . . . } O dia amanheceu e por sorte eu consegui dormir bem. Me sinto descansado! É raro ter essa sensação tão evidente, mas estou pronto para começar tudo. Vou dar continuidade no projeto, tenho que ir conferir a reforma no bordel e conferir os lucros da temporada. Leonardo vai ficar responsável pelo despacho de uma carga de drogas e munições que vão para Londres e ainda tenho uma reunião à noite no conselho com o meu pai. O dia está bem cronometrado. — Bom dia, meu filho. — Vejo a minha mãe na sala. — Acordou bem cedo! — Bom dia, mãe. Eu dormi bem e me sinto descansado. — Vejo-a preocupada e fico sem entender. — O que houve? — Já soube do ocorrido? — Fico sem entender. — É melhor o seu pai contar..., ele está no escritório. — Mas o que houve? — Pergunto mais uma vez. — Houve um confronto na sala de Alef Ivanov e a Melina estava lá... é melhor o seu pai contar. — Ando em passos largos na mesma hora. No escritório, a porta está levemente aberta e abro já entrando com tudo. o meu pai está numa ligação e ele faz um sinal para que eu espere e vou até a mesa para ouvir melhor. — Ela decidiu começar e não parou mais. Eu vi que ela tinha jeito pra isso, mas não pensei que iria precisar de fato. — O meu pai diz e coloca no auto falante. — Não só precisou como evitou uma tragédia. — É a voz de Alef. — Meus parabéns, Bernardi! Você criou a Melina muito bem... — Fico ainda sem entender. O meu pai agradece e logo eles encerram a ligação. — Houve uma tentativa de sequestro contra a filha do Alef mais uma vez e dentro da casa deles. — Isso me pega de surpresa. — Melina conseguiu evitar o pior, mas a moça foi atingida... um tiro na coxa. — Porrä... — Eu me sento tentando processar isso. — Como isso aconteceu? — Um dos soldados se vendeu e tentou levá-la. Alef tem as imagens das câmeras e estou esperando receber, mas ele já disse... a Melina evitou uma tragédia e está bem machucada por isso. — Isso não entra na minha cabeça. — Mas, ela matou o infeliz e estão investigando mais. — Eu vou ligar para ela... — Digo já pegando o meu celular. — Espere um pouco. Ela está descansando e recebendo cuidados... — O meu pai parece desolado. — Eu não fazia ideia de que isso seria bom para ela, mas... estou aliviado por ter permitido. Não quero imaginar caso ela não soubesse de nada... — Eu também a ajudei... ela é muito boa! — Ele concorda comigo. Esperamos uns minutos aqui e o meu pai recebe um alerta de arquivo novo. É o tal vídeo e vou até ele para assistir. Vejo bem a Irina ser levada pela escada, mas a Melina aparece por trás e o confronto começa. Os socos e chutes começam até que vejo o momento do disparo. Depois, a Melina rola no chão com o desgraçadö e o ataca várias vezes, mas também é atingida e pela cena já posso imaginar como dele estar o rosto dela. Mas, ela atira bem na garganta dele que morre na hora. Tinha prometido a mim mesmo que não iria pensar na Irina, mas com isso vai ser impossível. Tudo volta a me fazer pensar nela e nem sei mais o que isso quer dizer. Eu enlouqueci! A garota me dá um tapa e ela não sai da minha cabeça. Mas, vou vê-la em breve e deve ser por isso que ela não me larga. Porrä!
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