— De volta ao trabalho! — Pensou Luís a caminho da delegacia, revigorado pelo fim de semana. Como não havia tomado café da manhã, decidiu entrar em uma lanchonete do centro da cidade, de onde podia sentir um delicioso cheiro de pão fresco. Ao entrar, esbarrou com uma mulher de meia-idade, um tanto acima do peso, cheia de bolsas e embrulhos que estava saindo. Sem oferecer nenhum pedido de desculpas, e tendo a mulher soltado um impropério ininteligível, ambos continuaram seus caminhos. Ele sentou em uma cadeira próxima ao balcão, dizendo em voz baixa, com seu sarcasmo característico: — O Rio de Janeiro continua lindo mesmo… — Olha só! Se não é o Luís, ou melhor, o grande detetive da nossa força policial.— Disse Lívia em tom de brincadeira. Luís a encarou e por uma fração de segun