Os detetives chegaram ao local combinado com vinte minutos de atraso, devido ao trânsito congestionado na Ponte Rio–Niterói. Estavam na frente de um terminal de ônibus quando um senhor, aparentando cerca de sessenta anos, acenou para eles do outro lado da rua. Vestia uma calça jeans surrada e uma camisa de malha azul-marinho, talvez um número abaixo do que deveria, deixando à mostra um abdome proeminente, característico de aposentados que gostavam de passar as noites bebendo cerveja. Luís olhou-o, e com um sorriso irônico, perguntou a seu parceiro: — Este é o seu amigo? — Sim, chefe… Aí vem ele. Terminadas as apresentações, Luís ficou sabendo que aquele homem era um policial aposentado, amigo do pai de André, que também pertencera à corporação. Chamava-se Antônio. Dirigiram-se para um p