Salchisa e Julhão logo mostraram aquele sorriso psicopata deles. Saímos da boca e fomos até o barraco do "Boca de Pelo", que ficava no beco sete. Ele ganhou esse apelido depois que a favela toda ficou sabendo que a fiel dele pagava b*****e em troca de uma fileira de cocaína.
Ao chegarmos lá, bati educadamente três vezes na porta. Na quarta, dei um tiro na maçaneta e a porta se abriu. Quando olhei, lá estava ele, sentado no sofá, bebendo uma cachaça barata. Como é que ele tinha dinheiro para cachaça e não para me pagar? Deve ser impressão minha, mas parecia que eu tinha cara de otária.
— E aí, Boca de Pelo, vai ficar só ostentando e devendo? — falei seriamente, encarando-o.
— E aí, dona Juliana, vai ficar me chamando assim também? — Salchisa e Julhão riram da cara dele.
— A culpa não é
