Chegando na boca, o ritual de sempre. Estacionei no local de sempre, dei uma rápida conferida nas mensagens do celular. Cumprimentei os parceiros que já estavam por lá. O Salchisa, como sempre, se destacou. Com seu jeito despretensioso, ele se aproximou, com sorriso largo e despreocupado. — E aí, pronto para mais um dia? — perguntei, pegando o fininho que ele segurava. — Pronto como nunca, parceiro. Vamos nessa. Seguimos juntos até a salinha, com a conversa fluindo naturalmente. Nos dirigimos para o canto da sala, perto da janela entreaberta, onde sempre fumávamos. O ritual antes de encarar os problemas era quase um momento de preparação, uma pausa necessária antes de enfrentar os "b.o" que esperavam. O cheiro do baseado queimando misturava-se com o ar frio que entrava pela janela, e