A tempestade havia se acalmado, deixando uma garoa suave que caía silenciosamente enquanto eu caminhava até minha moto. O ar estava frio e úmido, carregando consigo a tensão e os eventos da noite. Montei-me na moto e comecei a seguir pelo caminho que me levaria para casa. Foi então que avistei Vanessa, caminhando sozinha pela rua, a raiva e a dor visíveis em cada passo apressado. Parei ao lado dela, a moto roncando suavemente. — Vanessa, sobe na moto. Vamos sair daqui. — disse, tentando soar calmo apesar da situação. Ela se virou para mim, os olhos ardendo com uma mistura de raiva e mágoa. — Não vou subir em moto nenhuma, Gabriel! Você me deixou lá, na frente dela, sem nem me defender! Vai ficar com a Juliana, que é isso que você quer! Suspirei, sentindo a frustração e a culpa se mist