Capítulo 5 - Boate.

1125 Words
Dom Ângelo — Bom dia Dom! Soube que o seu pai e sua madrasta irão buscar sua noiva amanhã. — Nicolas me informa. — Nossa havia me esquecido, Para quando mesmo o casamento está marcado? — Para daqui a duas semanas. Por quê? — Nicolas me indaga curioso. — Nada Nicolas, digamos que estou ansioso. E acredito que anteontem foi nossa última noite de farra e prazeres, uma vez que minha noiva estará na cidade e devo lhe respeitar. A partir de agora devo ser fiel a ela. Seguro-me para não rir com a cara que ele faz. — Sério que você vai ficar todo esse tempo sem sexo? Não acredito. É muito tempo meu Amigo. — Penso um pouco e respondo. — Verdade, muito tempo, porém não posso ser visto em farras ou com mulheres. Não é justo que mesmo com ela na casa do meu pai eu continue na vida de solteiro. Pondero, pois realmente acho desrespeitoso. — Mas podemos ser discretos! E você já é noivo há muitos anos e nunca se importou com isso. — Ele me respondeu de forma maliciosa em meio a sua risada. — Até parece que você também vai abandonar sua vida noturna. — Solto uma gargalhada. — O noivo aqui sou eu. — Calma Dom, entendo e respeito sua decisão, mas se mudar de ideia é só falar, conte comigo. — Está muito engraçadinho, vamos trabalhar, temos muitas coisas a fazer para organizar tudo na máfia e nas empresas antes do meu casamento. Falo de maneira contundente, mas antes que ele diga alguma coisa pondero. — Mas confesso que pensando bem, acho que até conhecer a minha noiva posso me divertir sem culpa. — Ah, eu sabia. — O Nicolas fica eufórico por estar com a razão ao meu respeito. Ele chega a gargalhar vitorioso. O repreendo só para ver sua alegria evaporar. — Contenha-se Nicolas. Não se comporte como uma criança. — Cla...claro Dom. — Agora sou eu quem começo a sorrir. — Já enviei para casa do seu pai o presente que encomendou para sua prometida. — Hoje é o aniversário dela?! Ótimo. Espero que ela se agrade. — Escolhi um colar singelo de ouro branco com um pingente com uma lua crescente cravejado de diamantes. O dia foi cheio de compromissos, ligações, reuniões, contratos para revisar, missões a designar, relatórios da máfia, registros de mortes, planejamento das iniciações, treinamentos e promoções que deverão ocorrer nos próximos meses. Não tive nem tempo de pensar na minha noiva, casamento e tudo que me espera. Estou finalizando alguns comandos para o Ruan, ele é o meu arcanjo responsável dentre outras coisas pelo recrutamento e avaliação dos novos soldados. Inclusive pedi a ele que dê um tratamento vip ao filho do conselheiro Fábio. Logo que termino, ele sai do meu escritório e o Nicolas entra falando. — Terminamos Dom? Vou aproveitar o resto da noite na boate. — Terminamos Nicolas. Vamos que hoje preciso de diversão. — Ele me olha como se eu fosse um ET. — Decidi fazer uma despedida antes de conhecer minha futura esposa. — Isso! É assim que se fala. Me assusto com tanta empolgação, acho que vou precisar casar o Nicolas logo, ou ele vai me meter em encrencas com a minha Dama. Seguimos pra casa decidindo alguns pormenores da Máfia. Digo a Nicolas que amanhã mesmo vou começar as mudanças necessárias para receber minha esposa, e isso inclui escolher a sua equipe pessoal de segurança, encomendar suas joias e relógios com rastreadores e a equipe que irá trabalhar em nossa casa. Pois para atender somente a mim e o Nicolas, dentro de casa só a Dona Assunção e as suas ajudantes que nunca encontramos, pois os horários são programados de acordo com nossa ausência e elas dormem na casa dos funcionários que ficam na propriedade. Mas como minha esposa fará todas as refeições em casa e passará a maior parte do seu tempo na mansão, precisará de mais funcionários. Assim que chegamos em casa aviso que não irei jantar, sairemos logo em seguida. Assim que entro no meu quarto começo a tirar as minhas roupas e sigo para o banho frio como gosto, pois me deixa alerta e ativa todos os meus músculos, exceto um claro. Arrumo-me pra conquistar, hoje quero algo a mais, me despedir com grande estilo da vida de solteiro. Visto meu terno feito sob medida, na cor azul escuro, com uma camisa branca, dispenso a gravata, coloco meu relógio, me perfumo e alinho o cabelo e a barba. Aprovo a minha imagem diante do espelho. Calço meus sapatos, pego minhas duas armas preferidas, elas estão sempre comigo desde que terminei o meu treinamento para ser Dom aos 13 anos. Claro que não preciso exclusivamente delas para pôr fim a vida de uma pessoa, porém elas são o jeito mais rápido. Assim que desço as escadas encontro o Nicolas e só faço um gesto com a cabeça para ele e saímos. Já no carro indago ao Nícolas. — Como está o esquema de segurança da mansão e a nossa é claro? — Tudo organizado, Dom. — Ele responde sem delongas. E isso quer dizer que terei 6 “Arcanjos” fazendo a minha escolta e ele 4, na verdade seremos 12 homens letais num mesmo ambiente, ou seja é quase que equivalente a um exército. Exagero? Talvez. Mas sou um homem precavido, nunca cometerei a falha de descuidar dos que amo e de mim. Chegamos à boate e como é de se esperar está lotada, é uma boate de alto nível, frequentada por milionários, celebridades, políticos... Entramos e seguimos para área vip, meus homens se espalham em pontos estratégicos e apenas 3 seguem conosco, o Mattias, Lucca e o Lucas. Como sempre atraímos os olhares de todos, aceno com a cabeça para alguns conhecidos, e já observo as belas mulheres que estão dançando, Nicolas pede ao garçom nossa bebida de sempre, Uísque. Seguimos para um sofá de canto que nos proporciona uma ampla visão da área vip, logo o garçom traz a garrafa fechada, é claro, nunca se sabe. Nicolas sempre experimenta a bebida com receio que tenha algo, veneno ou algum tipo de droga, acho uma loucura, uma vez que sou dono da boate e ele morreria, o que me faria matar a todos os envolvidos e até os seus últimos descendentes. Algum tempo depois que chegamos vejo um grupo de amigas nos olhando e entro no modo homem fatal. Nicolas percebe, segue o meu olhar e diz. — Já escolhendo a companheira dessa noite, Dom? — Sorri sarcástico. — Sim, mas acho que essa noite serão “AS” companheiras. — Falo indicando com olhar. É Hora de começar o “jogo de prazer”!
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