Contrato de casamento - Eternamente minha

Capítulo 2

Pietro

Vejo a Luana dormir tranquilamente com o rosto virado para mim e a observo com a luz do abajur ligada. Vejo bem os seus traços bem desenhados e é onde sempre afirmo a mim mesmo que não existe uma mulher mais perfeita que ela, Luana não tem delicadeza, pois ela é a própria, dona de uma beleza indescritível, de uma personalidade própria e de um corpo lindo que me enlouquece.

Não há nada de exagerado, tudo na medida certa que começa desde o sorriso ao olhar, dos beijos ao abraço, dos gemidos* aos orgasmos* e nunca vou me cansar dela, e pode até ser machista* o que vou dizer, mas a certeza de que ela nunca foi tocada por outro e que sempre será minha é mais que satisfatório. Não mereço isso, principalmente depois de toda a sujeira que fiz e participei colocando sempre o meu ego na frente, fora que, por muito tempo via as mulheres como apenas uma forma para se obter prazer.

O meu pensamento sempre foi: sexo* não é i********e*, é necessidade física.

Essa era uma das maiores convicções que eu tinha até um tempo atrás, mas, foi somente os meus olhos caírem sobre ela que descobri de fato o que é ter desejo por alguém, ter t***o* de verdade, a ânsia pelo toque, beijos, e até a voz dela é capaz de acender tudo em mim. Estou vivendo a maior loucura da minha vida, mas é a loucura que faz o maior sentido, que tem algo concreto, uma base fortificada e somente a Luana é capaz de saciar e me encantar por completo.

Coloquei a Luana na minha vida primeiramente para saciar os meus desejos, mas ela, saciou até minha alma que foi aonde percebi que ela me deu o que nunca tive.

Nunca fui de aceitar toques mais do que necessário, beijos eram impossíveis, abraços estavam fora de cogitação, mas com a Luana, tendo ela em meus braços essa barreira que antes era indestrutível, nunca apareceu. Luana me abraça, beija, me toca em tudo de forma espontânea e sincera que é impossível recusar.

O amor, o carinho e a delicadeza dela me amarraram!

As cenas de todos os nossos momentos vem em turbilhão na minha mente, onde as primeiras trocas de palavras, contiam um pouco de medo em seu olhar, mas quando eu a tocava, ela se entregava a mim de forma inédita me dando uma pequena dose de tudo o que eu teria em breve.

Nunca fui de esperar antes ou de me auto proibir para algo, mas com ela tudo foi inédito.

Flashback On

Era mais um evento tosco da organização para serem mostradas as tradições em práticas, tudo o que mais me irrita, porém, preciso comparecer, mas por um tempo, decido ficar longe dessas risadas, conversas e música que me irrita e foi aí que a encontrei sozinha.

-Não deveria estar aqui sozinha... – Falo me aproximando causando-lhe um susto.

-Meu Deus! – Luana põe a mão no peito e fica praticamente pálida.

-Desculpe, eu não queria te assustar. – Falo tentando tranquilizá-la e levo a minha bebida à boca.

-Quase morri..., não deveria se aproximar das pessoas dessa forma. – Ela fala tentando se acalmar e me apoio na coluna da varanda.

-Como disse..., me desculpe..., mas acredito que não é certo ficar sozinha. – Repito, mulheres solteiras não são vistas sozinhas assim.

-Não gostei lá de baixo..., não tem nada para mim e aqui eu tenho um pouco de paz. – Luana se defende mostrando ter o mesmo pensamento que o meu.

-Entendo..., esses eventos são insuportáveis. – Bebo um gole olhando para o jardim e quando consigo, tento observá-la mais.

-Tive a certeza hoje... – Luana volta a sua postura anterior e assim, tento ouvir mais a sua voz.

-Primeira vez, não é? – Ela confirma e continuo. – Qual a sua idade, Luana?

-Dezessete. – Luana tem timidez na sua voz e me olha curiosa. – Como sabe o meu nome?

-É a filha do Dom, todos sabem..., fez os seus dezessete agora ou já fará os seus dezoito? – A minha curiosidade está alarmante.

-Vou fazer em alguns meses..., por que a pergunta? – Saber que logo estará de maior me faz ter diversos pensamentos.

-Está quase na hora de se casar..., já tem pretendente? – Ela fica calada por alguns segundos e percebo ela corar na mesma hora. – Não precisa ficar com vergonha..., é uma pergunta simples.

-Não..., não tenho! – Sorrio discretamente pela resposta.

-Interessante! – Não vou negar*, esse momento foi o ápice da minha noite.

Uma breve conversa foi capaz de me acender.

Logo as breves conversas não eram mais suficientes, eu precisava tocá-la e foi quando a agarrei na escada de emergência de um shopping.

-Sentiu saudade? – Pergunto levando a minha boca a sua orelha onde deixo uma mordida enquanto pressiono a sua cintura.

-Pietro..., por favor..., não pode fazer isso! – Ela responde de olhos fechados respirando fortemente.

-Não ainda..., mas nada de impede de um beijo. – Nem dou tempo de ela dizer algo e já tomo os seus lábios.

Os lábios, a língua quente e timidez em se entregar me enlouqueceram onde tive que manter o pensamento de que tudo é novidade para ela, Luana não tem experiência, nunca foi tocada e muito menos beijada, então, não posso assustá-la, mas é difícil medir o meu desejo.

Com o rolar das semanas, houve acontecimentos que nos abalaram por completo, mas nada me tirava o foco do meu objetivo, e quando Paolo sofreu um atentado, Luana se mostrava temerosa pela situação e assustada com o nosso casamento, e foi aí que

até a Lina percebeu isso no dia em que íamos ao hospital.

-Vamos? – Chamo a atenção das duas para levá-las.

-É bom dia né... – Lina vem até mim me abraçando e fala. – Conversa com ela! – Então ela sai nos deixando a sós.

Luana fica parada parecendo inquieta e me aproximo a vendo engolir em seco.

-Tem medo de mim, Luana? – Fico bem de frente a ela que eleva a cabeça para me olhar nos olhos.

-Medo? Não..., é que..., é muita coisa acontecendo, e eu..., eu só não estou sabendo reagir. – Luana dá alguns passos para trás e a acompanho.

-Mas parece sentir um medo..., está até nervosa. – As mãos dela tremem levemente e quando ela vê que percebi, Luana põe as mãos para trás.

-Vamos nos casar, Pietro..., nunca tive qualquer aproximação com alguém, você diz coisas que me deixam confusas e não sei o que esperar... – Luana para de andar quando toca na parede e é a minha deixa.

-Luana..., o nosso casamento é fato, não vou machucá-la e por isso não precisa ter medo de mim, mas uma coisa eu garanto..., quando eu te tocar de verdade, do jeito que eu quero, você só vai pedir por mais. – Falo apoiando a minha mão na parede para ela não sair.

O seu perfume me invade na mesma hora, e ao ouvir a sua respiração forte, a minha carne inteira estremece e não saio daqui sem um beijo. Agarro a sua nuca a trazendo para mim e tomo os seus lábios explorando a sua boca doce e quente, Luana puxa a minha blusa como um gesto de entrega e deixa escapar gemidos* tímidos em minha boca. Aperto a sua cintura fina e pela falta de ar, beijo o seu pescoço sorrindo ao sentir a sua outra mão arranhar o meu braço causando uma leve ardência e assim, levo a minha boca à sua orelha.

-Grava bem, Luana..., logo será a minha mulher perante a todos, então, deverá desde já estar ao meu lado..., vamos sair agora e quero você sentada no banco da frente comigo como a minha mulher..., entendeu? - Pergunto segurando o seu queixo para mantermos um contato visual.

Luana acena que sim procurando por ar e novamente a beijo me deliciando na tentativa de me sustentar com os seus beijos.

Depois, tive a maior prova de tortura da minha vida, esperei mais semanas para a ter por completo e foi quando tive a plena certeza de que valeu a pena. Naquela noite, onde a fiz minha por completo, Luana se tornou o meu vício*, o meu maior desejo e ela me mostrou ainda ser completamente perfeita pra mim, desde os beijos ao momento dela se tremer em meus braços mostrando a nossa conexão intensa.

Flashback Off

A frase da minha vida se tornou essa: O desejo que leva ao amor. E foi isso o que aconteceu!

Vejo ela se mover na cama abrindo os olhos onde logo me encara confusa.

-Não dormiu? – Ela pergunta passando as mãos nos olhos e me olha preocupada.

-Pensando em você... – Luana sorri preguiçosa e desligo o abajur.

Me acomodo ao lado dela e a trago para mim sentindo a sua pele na minha e o seu perfume doce e suave que logo me faz dormir tendo o meu mundo nos braços.