Chorei muito depois, sentia uma ardência em minha i********e* e não acreditava que aquilo realmente tinha acontecido, Kevin não sabia o que falar na hora parecendo um pouco nervoso e me cobri com o lençol querendo ir ao banheiro para me trancar lá, mas Kevin me alcançou e tentou me acalmar me abraçando.
Não conseguia olhar para ele, mas ela não me soltava.
Desde então, Kevin novamente usou a sua carteira para alimentar o seu ego mostrando que ele podia fazer o que quisesse, então, decidiu me comprar como uma mercadoria, como quem vai ao supermercado e paga por um produto. Naquela mesma noite, Willy tentou me agredir fazendo uma confusão enorme no bordel onde foi contida por alguns homens do local, Kevin não queria que ninguém me tocasse e foi um momento em que eu não conseguia processar as coisas claramente.
Eu não acreditava que estava sendo realmente comprada.
Foi tudo tão rápido e sem intervalos, que quando vi, já estava dentro de um carro de luxo entrando em uma propriedade privada e enorme. Tudo era dele, Kelvin me mostrou o local se mostrando um lado simpático seu, me apresentou a Marie e disse que ela cuidaria de mim e me mostrou o quarto onde eu ficaria.
Lá no quarto, ele me pediu perdão por não ter acreditado em minhas palavras e disse que me deixaria em paz por uns dias, mas que ainda sim me queria, pois, agora eu pertencia a ele.
Naquela noite não dormi nada, estava completamente perdida em um local desconhecido, com pessoas que eu não conhecia e nem sabia do que eram capazes. Fiquei horas encolhida no chão próxima à parede, e me recusava a me deitar numa cama desconhecida, pois a sensação que sentia, era que poderia estar compactuando com isso.
Os primeiros dias foram os mais difíceis.
E assim foram se passando os dias, não sentia fome, não conseguia dormir tomada pela insônia, e os cochilos que tinha, eram carregados de pesadelos constantes. Marie me acompanhou para ir ao médico onde foi uma ordem de Kevin, então, tive que fazer exames com ginecologista, dentista e com um clínico geral*, onde descobri que estava com uma leve anemia.
Kátia muitas vezes me impedia de comer algo diferente, houve vezes também em que ela diminuía a minha quantidade de comida, e aparentemente, isso afetou a minha saúde. A médica passou alguns remédios e orientações na minha alimentação, coisas que eu deveria comer mais, pois estava com falta de ferro no sangue e de algumas vitaminas em meu corpo.
Com relação ao ginecologista*, estava tudo normal e fui pressionada a escolher um método contraceptivo. Sabia o que isso era uma
ordem de Kevin, isso mostrava que ele não iria desistir de mim e me pergunto o motivo de eu estar passando por isso.
Eu tinha escolhido a injeção de a cada três meses, mas para a minha surpresa, Kevin escolheu o implante, pois tem a duração de três anos, e confesso que eu não conhecia isso.
Já no dentista, só precisava fazer duas restaurações e uma limpeza simples, fiquei de certa forma aliviada e logo depois, Marie disse que teríamos que voltar para a mansão.
Desde aquele dia que fui fazer exames, só saio dessa casa uma vez a cada três meses, e isso na companhia de Marie e de alguns homens muito intimidadores e somente para ir às minhas consultas de rotina. Nunca falei com eles, e Marie sempre diz que eles só sabem cumprir ordens de Kevin, pois é o trabalho deles e eles são pagos para isso.
Desde então, a minha vida é sem sentido algum!
Mais uma vez eu passei a noite em claro, fiquei sentada no pequeno sofá que tem nesse quarto encostado na enorme janela. Fiquei olhando para o céu olhando as estrelas na tentativa de suplicar a uma força maior por ajuda, pois o meu psicológico e o meu corpo não suportam mais essa vida por muito tempo. Me sinto esgotada, e viver de forma limitada está acabando comigo, nunca posso fazer nada a não ser ficar confinada aqui dentro e ser usada por ele do jeito que ele quer.
Isso não é vida para ninguém.
No começo ele não se mostrava muito, me tocava com calma, mas com o tempo, conheci a sua força, ele não tinha o costume de me bater ao ponto de me ferir, mas eu sempre ficava bastante dolorida em todo o corpo. Ele adora usar coleiras, algemas, vendas e algumas vezes, chicotes de silicone, e o que para ele dura alguns minutos, são horas de tormentos para mim.
Ele não mora de fato nessa casa, o que é ótimo, mas ele vem por aqui em dias fixos de terça á sexta, algumas vezes ele vem no fim de semana, mas ele sempre avisa antes de vir e vai embora no domingo e quando isso acontece, evito de sair do quarto para não me esbarrar nele.
Fora a Marie e alguns homens que fazem a segurança da casa, mas ninguém sabe que estou aqui vivendo dessa forma, e como não tenho ninguém fora ela, fica mais complicado ainda a minha situação.
E para completar, essa propriedade é um pouco afastada da cidade.
Antes que eu perceba, o dia já estava clareando, fiquei tão perdida em meus pensamentos e dores que nem vi as horas passarem. O único alívio que senti foi quando me lembrei que hoje é sábado de manhã e Kevin não anda por aqui nos fins de semana, e com esse pensamento, me levanto e vou ao banheiro tomar outro banho.
Essa sensação de ainda ter o perfume dele ou algo que seja dele em mim não sai da minha cabeça, me sinto horrível com um peso enorme no corpo e por mais que eu passe a espoja com força na tentativa de me sentir mais leve, ainda sinto essa sensação me dominar. Depois do banho, vesti um conjunto moletom bem folgado, eu odeio* roupas que marcam o meu corpo, e assim que sai do quarto para ir atrás de Marie, vejo Kevin saindo de um dos quartos todo vestido de um terno perfeitamente alinhado.
-Já acordou meu bem... – Ele vem em minha direção e abaixo a cabeça. – Pensei que dormiria mais depois de ontem, pena que eu já tenho que ir. – Ele diz alisando o meu rosto onde ele o eleva me fazendo olhá-lo. – Farei de tudo para voltar hoje à noite se eu não tiver outro imprevisto, mas eu ligo avisando e me espere como sempre faz.
Aceno em concordância sem conseguir abrir a boca para falar algo e ele sai depois de beijar os meus cabelos.
Suplico internamente que ele não volte hoje, pois não vou aguentar!