Existe um livro que fala sobre jogar coisas fora se não te fazem mais feliz, geralmente as pessoas enlouquecem por causa disso e percebem que boa parte das coisas só as fizeram felizes no segundo em que foram conseguidas e que o poder de compra é uma coisa inestimável para ser feliz. Por que estou dizendo isso? Bem, porque os pais de Rebeca acabaram de lhe entregar uma viagem e um apartamento em Paris para que ela e seu marido tenham uma segunda lua-de-mel, e é como se Rebeca quisesse falar se podia levar o amante ao invés do marido em todos os momentos. Não que Gabriel não esteja tentando, é o que ele mais faz ultimamente chegando até a ficar nu na frente de Rebeca, nesse momento ele sentiu que havia algo preocupante no ar.
— acho que essa viagem veio no momento certo, não vai agradecer os seus pais? — ele pergunta e ela dá de ombros — pelo que exatamente? Pela necessidade enorme de me ver em um casamento falido que na verdade nunca foi rico? Por mim pode arrumar outro i****a.
— o que está acontecendo com você? — a minha mãe pergunta — eu não te reconheço.
— e se talvez eu sempre tenha sido assim e o que vocês conheciam era uma pessoa tentando conseguir amor? — ela pergunta e sai de perto trancando o seu quarto, na verdade, era algo bem comum agora para ele sentir esse barulho.
— ela não vai me perdoar — ele diz com as orelhas baixa e o pai dela realmente se comove com o cara que agrediu sua filha por anos — Jesus disse 70 vezes 7 — o pai dela diz e ela revira os olhos — com certeza, porém meu limite já ultrapassou faz tempo. Pai, eu só queria ter uma vida de verdade não ficar presa a isso — Rebeca pensava que o capeta deveria ser muito criativo para conseguir coisa pior do que a vida que ela tinha na terra.
— do que você está falando? O que a gente pode fazer para que você fique feliz? — ele pergunta e ela olha para o lado — quero que pare de usar sua influência para que eu não consiga um emprego primeiramente.
— você é minha filha é uma herdeira de um Império não vai servir prato para desconhecidos! — ele diz mostrando pela primeira vez a arrogancia de old money que sempre esteve ali.
— se vocês me deixassem estudar isso não teria acontecido. Eu passei no vestibular infinitas vezes e nunca me deixaram estudar. Eu vivo praticamente em uma prisão.
— se der outra chance para o seu casamento eu deixo você estudar, eu posso te dar um carro e todo o seu material de estudo, tudo o que precisar — Rebeca abriu a porta e ele sentiu certa esperança.
— então agora eu posso ser mais inteligente que o meu marido porque é conveniente para o que o senhor quer, você não usava isso porque acreditava e sim para usar eventualmente como moeda de troca. Eu pensava que a mamãe era a pior — ela diz e fecha a porta na cara dele.
Dead por outro lado brigava com Romeu por ter dormido durante uma tocaia do carro forte.
— Isso é sobre nossas vidas, sobre as vidas de outras pessoas se n******e fazer isso direito me diz! — ele fala e ele dá de ombros — talvez eu só queira a cafonice de envelhecer com o meu rabugento se quer saber. Eu não fiz de propósito, só que você está certo em chamar minha atenção, eu nem de longe estou produzindo como antes.
— se é isso que você quer pode dizer a ele — Dead diz normalmente — você sabe que não é algo fácil, do contrario já tinha dito a Rebeca.
— eu não tenho nada a oferecer para ela além disso aqui — ele começa a rir — você tem milhões, talvez bilhões escondidos que eu sei, e ela parece gostar bastante da brincadeira s****l hetero de vocês já até quebraram duas camas — ele olha para o lado — o que além disso eu posso oferecer? — ele olha para o amigo confuso — o que eu iria querer além de pirocada de qualidade e dinheiro?
— uma coisa que ela nunca teve, um lar — ele diz e ele fica pensativo por um tempo — eu queria saber qual é o Chá da Carola para você estar nesse nível, como assim um homem sem d****o de destruir a vida de uma mulher, até eu que sou v***o já fiz isso.
— eu amaria a história, porém a Rebeca está me ligando — ele diz com um sorriso daqueles só por poder falar com ela.
— eu deveria sorrir só pela mulher mais linda do mundo estar me ligando — ela se derrete o bastante para quase cair da sandália alta que estava e quando ele chegou todos viram que a chifruda da vez como foi notado estava muito bem obrigada. Ela beijou seu homem e ele lhe entregou seu capacete e olhou na cara daquele homem como se quisesse prometer algo a ele, e ele não fez nada depois da fofoqueira da Igreja ver ele saindo de um motel com o que seria a amiga mais chegada de Rebeca. Ela o abraçou forte e ele poucas vezes se sentiu tão amado.
— Vou querer saber porque fez aquele maldito de corno na frente de todo mundo — ele pergunta — porque ele me fez primeiro.
— esse cara não dá uma dentro? Ele consegue ser um agressor, um abusivo, péssimo na cama e nem mesmo um provedor é — ela sorri — não acho que ele seja péssimo, só que você é muito bom — sua experiência se resume a ele e a mim, querida. Inclusive espero que continue assim vai que acha coisa melhor.
— eu sempre imaginei que eu amasse meu marido — ela diz olhando para o céu na Rocha que Dead a trouxe — mas eu não senti nem metade do que senti no dia que aquela mulher veio pedir seu número no super mercado, não que ciúmes seja amor não é isso, porém nem mesmo eu sinto posse pelo meu marido, e você eu sinto porque sempre fez parecer que pertence a mim, e não que eu estava imaginando coisas. Gabriel sempre foi uma idealização, e ele nunca me entregou nada do que eu sonhei, não que não houvesse momentos felizes, só que nem se compara a algo real.
— eu infelizmente não posso te dar muito, mas o que eu te dou é do Fundo da minha alma — ele a olha em seus olhos e ela sorri — eu te amo olhinho puxado — ela diz e ele dá de ombros — eu te amo olhinho redondo.
Ela nem tinha percebido que tinha dito que o ama, só percebeu quando ele disse que a ama também.
Rebeca percebeu que era um erro gostoso f********o em cima de uma pedra e quando chegou em casa seu marido tinha feito um jantar com um pedido de desculpas e ela desejando estar morta naquele momento.
— nem vem com essa. Eu não quero mais você e a melhor coisa que pode fazer a nós dois é aceitar o divórcio. Eu sei que você queria o dinheiro dos meus pais e é frustrante, só que acho que você pode conseguir algum tipo de compensação, eu posso trabalhar e te dadar algum dinheiro e quando os meus pais morrerem se for antes de mim eu posso te dar mais dinheiro — ele quase rosna e ela já sai de perto já sabendo o que podia acontecer.
— nós temos mais de 10 anos de casamento, e quer jogar toda a vida que tivemos juntos por causa de um asiático micro p***s — ela olha com uma expressão debochada — ele tem o p***s consideravelmente maior do que o seu, sem contar que ele é tipo um deus do s**o se quer saber — ela diz e ele chega perto e ele mais do que depressa vai para o lado — você não tem medo de mim, porém ele te mata se eu estalar os dedos — ele sai de perto por um tempo como se estivesse com medo da ameaça, na verdade estava bem claro, ele fez algo que nunca precisou fazer para bater em sua esposa, estar alcoolizado.
Rebeca estava cansada e logo dormiu pensando em seu amado, mas quando ouviu o barulho de copos quebrando se assustou e correu.
— então você acha que eu vou te deixar em paz com aquele fritador de pastel — ele fala e ela dá de ombros — você nunca bebeu, então não vou te dar atenção, conversamos amanhã — ela diz e ele vai para cima dela e a enforca e ela sente um ódio enorme — minha vida será um treino para destruir a tua, não espere menos que isso — ela pega a**a de choque e consegue eletrocuta-lo e ele cai no chão e ela lembra do que ele falou e logo depois o que Dead falou em seu primeiro encontro, ou ele ou você, e antes era algo a se pensar, mas agora ela está feliz e realizada e ela não queria perder aquilo de forma alguma, então ela fez o impensável e pegou um enfeite de mesa caríssimo que ganhou de presente de casamento e acertou na cabeça do marido que já estava de pé, e nesse momento mesmo após o arrependimento ela percebeu que ele já estava morto.
Não tinha muito a fazer além de ligar para Dead chorando e ele não entendendo nada achando que ele ia m***r aquele que ele chama de bastardo, só que ele chegou lá e achou estranho sua mulher não estar na porta e quando viu ela chorando a morte do marido ele ficou feliz por dentro, porém logo perguntou.
— quem fez isso? — e quando viu a a**a do crime ainda na mão dela ele quase disse que estava orgulhoso, porém ela estava com medo.
— por favor, me ajuda, eu não sei nem o que fazer.
Sobre a questão de jogar o que não te faz mais feliz fora as lágrimas iam juntos da cena em que os dois faziam um buraco para enterrar aquele homem horroroso, que já havia dito que seria tudo no litígio ela via ele a abraçando e seus sorrisos, pedaços das sua humanidade.
— eu poderia dizer que não me incomoda, não me incomoda no geral, só que eu sei que ele não merece suas lágrimas — ele diz e ela concorda e continua chorando — ele prometeu que me faria a mulher mais feliz do mundo, e de certa forma ele fez quando me tornou uma viúva, só que eu me sinto um monstro por me sentir assim — ele a abraça — ele ia te m***r, não se sinta má por comemorar a própria alforria, e principalmente sua segurança.
— eu sei que eu devia chamar a polícia, porém eu não queria atrair atenção para você, sem contar que eu eletrocutei ele antes de mata-lo duvido que alguém ache isso legítima defesa.
— a culpa é dos seus pais, porém presumo que eles iriam fazer de tudo para te transformar em louca e fazer com que eles sejam vítimas da sua loucura — pode soar meio bizarro, porém a mãe de Rebeca estava tendo essa ideia naquele minuto, se eles tivessem a tutela da própria filha adulta ela não acabaria sujando o nome da família segundo eles se envolvendo com um homem que usou uma blusa com a bandeira l***q+, e além de tudo fuma como uma chaminé com uma pulseira de candomblé eles puderam notar com detalhes de Buda para eles era uma coisa bizarra ter tamanha vulgaridade religiosa.
No outro lado não muito longe Romeu pensava no que fazer e Bruno já considerava que a**a usar no carro forte, já Mateus pensava no que Rebeca poderia estar fazendo naquele momento, sem saber que ela é a mais nova viúva da parada. Já a mãe de Rebeca ligava desesperadamente para Gabriel sem saber que ele estava morto.
— Não sei o motivo da minha mãe gostar tanto desse cara, ele me convenceu a tomar vacina para HPV duas vezes para não muito tempo depois virar um antivax. Ele provavelmente já estava me traindo, e nessa fase eu chegava perto dela e me sentia mais seca que um deserto, pensei que era frigida, só que agora percebo que minha v****a não curte esse nível de estupidez.
Vermelho sempre está conectado a nós
O dia em que Rebeca viu Dead pela primeira vez houve sangue, e a vez em que eles se conectaram pela vida inteira também teve. Ocultação de cadáver une mais as pessoas do que se pode imaginar, e um anel com um rubi é um simples começo.
— eu não quero perder nenhum momento não sendo seu, que seja ás escondidas — ele tinha roubado aquele anel fazia anos e talvez o lado romântico escondido dele tinha se aberto para essa possibilidade.
— será que não tem espaço para uma totalmente desajeitada na sua quadrilha? — ele sorri — você morreria em minutos, porém seria a coisa mais linda de preto.
O relacionamento dos dois era algo que eu observava de longe, e eu sabia que nenhum dos dois era sociopata, então não entendi que raios de paixão é essa que faz com que pessoas façam s**o no carro que o porta-malas estava com um corpo pouco tempo atrás.
Quando os dois se separaram era sempre com as mãos dadas estranhamente como se fosse uma obrigação c***l, e assim era até ela falar com os pais dele.
— vocês estão com o Gabriel? — ele pergunta e o terror começa de uma hora para a outra porque eles se preocupavam com aquele homem repugnante e ela fingia da melhor forma que pudia — pode ser uma das amantes dele, ele pode ter fugido com uma delas — Rebeca tinha descoberto que ganhou uma gargantilha enquanto uma p********a que Dead dormia antes dela e comentou, só que como era uma jóia feita por design único ela sabia que seu marido dividiu o seu presente com uma p********a.