O dia em que tudo começou

2154 Words
O amor é algo complicado e talvez uma das coisas mais voláteis do mundo, essa história é sobre a Rebeca Medeiros, uma garota que não tinha nada de especial além de uma família Carola e um marido agressor. Rebeca é uma das mulheres bíblicas mais rebeldes, porém a rebeldia dela estava no "lado certo" perante aqueles com fé cristã, e no caso de Rebeca rebeldia não estava em seu vocabulário até a gravidez, ela disse ao marido que a gravidez era de risco e que ele tinha que ser gentil com ela. Foi o bastante. Ele foi para cima dela sem dó nem piedade, ele só não sabia que bem perto dali fugia um homem. Dead não tinha ou não sabia o seu real nome, e curtia ter esse nome de certa forma, e ele era um ladrão desde quase sempre, e agora estava em um dos mais altos patamares de roubo, no caso roubo de bancos e fugiu por aquele corredor, naquelas coincidências onde todos sabiam que Rebeca iria perdoar o marido por isso ignoravam a violência Dead viu algo absurdo, ele tinha sido criado pela avó e ela sempre falou sobre como ele devia amar e respeitar qualquer mulher e quando ele viu aquela mulher já ensanguentada ele não resistiu, só tirou sua máscara de esquiador e apresentou seu joelho ao nariz daquele homem e tirou algum sangue dele, tanto sangue quanto o dela, e ela estava tendo um aborto. - eu não posso te deixar em um hospital agora - ele diz - mas a minha avó era parteira e eu sei lidar com isso muito bem. Rebeca estava em choque e só confirmou com a cabeça e ele mais do que depressa a levou para o esconderijo não muito longe dali e lhe deu Chá de Arruda para que ela expelisse o que tinha sobrado em sua banheira enquanto apenas segurava a mão daquela desconhecida que chorava feito um bebê, era tamanha i********e que ele achava estranho. Enquanto Rebeca olhava seu próprio sangue a v*****e de chorar ainda estava ali, mas ela tentava ser forte e mostrar o minino de dignidade perto do desconhecido em meio a sua piscina de sangue. - minha mãe sempre me prometeu que eu seria tratada como uma princesa porque eu nunca fiz o contrario para ser tratada como uma meretriz - ela diz e pensa que é isso que é ser uma princesa - ninguém nunca me prometeu um amor com dor. - olha, eu não estou aqui para te consolar e coisa e tals, não somos amigos, eu simplesmente fui gentil com uma moribunda, só que eu vou te dar um Conselho e eu sei que conselho se fosse bom não seria de graça. Eu já vi caras como aquele comédia, e a questão é o seguinte se você não m***r ele, ele vai te perseguir a vida inteira seja vivo ou nos seus sonhos. Infelizmente eu já tenho problemas o bastante com a lei, e eu até considerei acabar com a raça daquele desgraçado, porém esse direito tem que ser seu. - eu não vou m***r meu marido! - ela diz com uma voz defensiva - então ele vai te m***r - ele responde sem nenhum sentimento. - só estamos passando por um momento r**m, ele não costuma ser assim - ela diz e ele dá de ombros - nenhum desses caras começam batendo na mulher no soco como ele fez com você, e eu sei que não é tão interessante para ser p********a ou algo do tipo. Acredite em mim eu tenho muita experiência com prostitutas. - deveria arrumar uma esposa como alguém normal, e me deixar ir embora - ela diz tentando mudar de assunto e ele respeita - por mais que Bonnie e Clyde seja algo queridinho pelo público, não sei se colocaria alguém nisso. - não é tão r**m já que praticamente tem sua própria Batcaverna - ele sorri em agradecimento e ela abre os olhos por alguns segundos e ele sente uma i********e que não conhecia ainda. - caramba, pensei que na torre das cruzadas não existia acesso a cultura pop - ela dá de ombros - eu comprava gibis escondido da mamãe com o dinheiro que eu ganhava com a minha Horta na feira, eram só alguns centavos que valiam muito a pena. - você é mais interessante do que parece. Quem diria que a crentelha média por debaixo do senhor vai te abençoar tinha um "eu sou a vingança". Enfim, eu vou fazer algo forte e proteico para você comer e eu também. Não abra a porta do meu quarto para ninguém, eu tenho a chave e logo meus comparsas vão chegar e não quero que eles a vejam sem eu estar presente. Vai acontecer e você é só uma garota que eu estou comendo. - eu não me importo de ser p********a se quiser - ele gargalha - tá legal, Fernanda Montenegro. Não vai rolar, é o mesmo que eu tentar ser uma garota mimada pelos pais branca - Rebeca olha para o visual asiático e com tatuagens em alguns lugares e se sente ofendida. - você pode tudo se orar a deus - ela diz e ele ri - olha, não estou nesse ponto de esquizofrenia, agora qualquer coisa grita Dead - ele diz e ela fica confusa - é um código secreto? - ela pergunta. - não, é o meu nome - ela confirma - o meu é Rebeca se quer saber. - Eu tinha certeza que era um nome bíblico, porém esperava algo tipo Maria ou Sara porque eu as conhecia - ela dá de ombros - meu nome foi escolhido em um sorteio ficou entre Rebeca e Sara. - eu sou bom em suposições mesmo - ele diz já saindo e ela sente a falta dele no mesmo segundo, era quase estranho conversar com alguém que não te julga ou aponta o dedo, só se importa em cuidar de você, e pela forma como ele falava ele não acreditava em deus aquilo era confuso de certa forma. - por que seu quarto está trancado? - ela ouve e fica mais silenciosa - porque tenho visita. - caraca, que vitalidade. Eu quero dormir três dias seguidos. Por que está fazendo comida para a p**a? - ele pergunta - tem pizza congelada que m***a de sopa. - cuida da sua vida - ele diz destrancando o quarto e trancando novamente - eles são perigosos? - ela pergunta receosa - no mesmo nível que eu. A sociedade tem uma tendência enorme a simplicidade o bandido e o cidadão de bem. Seu marido matou o próprio filho no soco enquanto eu sonho em um dia poder f***r no pêlo, porém não vai acontecer porque tenho pavor de engravidar alguém porque eu não sei se teria coragem de não ser pai de um filho meu. - ao que você teme? - ela pergunta e ele dá de ombros - a mim, eu hoje demorei a voltar ao controle de mim quando vi o que o crápula estava fazendo. - eu quero dizer que deus é importante para que a gente respeite as regras - ele deixa a sopa do lado da banheira e procura uma blusa velha para que ela possa usar como tampão para o sangramento que já estancava. - até porque só existem ateus na cadeia eu presumo - era um bom argumento - olha, eu vou ser sincero com você sobre isso - ele diz agora já procurando algo para ela vestir - se você só é boa porque acha que um ser cósmico está te olhando e não quer padecer em um local de lava de outro ou o mesmo ser cósmico eu tenho péssimas notícias para você. - vai me ajudar a levantar? - ele sorri - o bom samaritano agora virou o bom salteador. Ele se segurava um pouco para olhar ela o mínimo possível, ela tem um corpo bonito e não podia ficar vestida com roupas cheias de sangue, então ele a tirou de lá e tirou o resto do sangue dela debaixo do chuveiro como um enfermeiro. - Ninguém nunca cuidou de mim dessa forma, talvez a minha mãe quando criança, porém eu não me lembro sempre fui tão auto-suficiente, e agora aqui estou eu deitada na cama e tendo o sangue estancado por uma camisa de um desconhecido enquanto ganho comida na boca - ele dá de ombros - você parece ser o tipo de mulher que não chama a polícia e ia acabar morrendo em casa por causa de alguma infecção, isso sem contar que até seu marido acordar da surra que eu dei nele você já teria perdido sangue demais. - deveria te agradecer por isso também, porém seria meio estranho - ela diz e ele fica confuso - o cara quase arranca seus dentes em um soco e você ainda fala que seria estranho agradecer sobre? - o Gabriel nem sempre foi assim, ele só se sente pressionado, e tem medo de não conseguir passar de novo na faculdade de teologia - ele olha confuso - aquele comédia deve estar no meio dos 30. Que diabos ele só foi começar a querer fazer faculdade agora? - ele tenta desde os 17 - ele quase derruba sopa quente em Rebeca para começar a rir - se eu chamasse esse cara de m***a seria ofensa porque m***a pelo menos serve para adubo. - ele é um bom marido, ele nunca deixou faltar nada em casa e temos uma boa casa, e ele me prometeu que eu poderia ser advogada quando ele terminasse a faculdade - a coisa só piorava na cabeça dele - só no dia da volta de Jesus já que nem no vestibular ele consegue passar. - ele está se esforçando bastante, acredite - ele sabia que a defesa dela para com o marido era quase automática porque nem ela acredita no que diz. - eu já sou rebelde o bastante, se quiser te ajudo com a faculdade. Eu tenho muita grana e é dificultoso e caro para lavar - ela o olha quase emocionada - eu acho que gosto de você, o que é estranho porque faz horas que eu te conheço. - é adorável, porém acho que o pessoal do fã clube que você participa não curte muito bandidos mesmo que caras como eu não sejam os maiores alvos. Eu sou do tipo estratégico, mesmo já sendo do tipo desesperado - ele diz e ela fica atenta para a surpresa dele, ninguém nunca se importou com ele daquela forma e deu atenção ao que ele queria dizer como ela, e ela estava morrendo de sono naquele momento, ele podia sentir. - meu começo de vida não foi lá muito fácil. Quando a polícia me achou no meio de uma imundice, eu só tinha 6 anos e como meu pai não queria cuidar de uma criança pequena, muito menos sair da Coreia do Sul para ver o incidente como minha avó disse que ele falou. - meus pais não são tão diferentes. A primeira vez que meu marido me bateu, você estava certo não foi a primeira vez, a minha mãe mandou eu voltar para a minha casa e orar pelo meu marido e o meu casamento. - ela está pior que a minha que saiu para fumar c***k e me deixou uma semana sozinho - os dois tinham uma conexão em comum maior do que poderiam pensar mesmo que por fora ela fosse uma mulher de cabelos longos olhos arredondados e com um olhar sempre submisso e nada além de protetor solar no rosto, já ele tinha maquiagem e usava de vez em quando. O visual asiático era uma boa ele dizia, era bom que se uma pessoa o visse sem máscara diria que ele parece o j**k Chan sendo que nem ascendência chinesa ele tem. A tatuagem era um problema, porém esta em coreano boa parte delas. - Não tem medo que a polícia te pegue? - ela pergunta e ele dá de ombros - eu roubo desde os 15 anos e nunca rolou, eu sou um ótimo corredor caso não tenha reparado, um bom estrategista e um atirador exímio. - então você é basicamente um militar? - ela pergunta e ele percebe que nunca tinha visto por esse ângulo - só que eu não sou uma cadelinha do estado. - Tudo você parece ter uma crítica estridente - ela diz e ele dá de ombros - m***r pessoas inocentes por causa de birra e ganância de velhos idiotas não é basicamente isso? - nunca matou um inocente? - ela pergunta e ele dá de ombros - não, eu sei fazer com que as pessoas se caguem de medo de mim só no grito, já policiais caso seja necessário eu só atiro na perna, nada de vítimas fatais e dá para contar nos dedos quantos tiros já dei em ação.
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