Fiz essa crônica pra reclamar de morrer

Gotas tristes

Há quem se engane, não escrevo pra te encontrar. Escrevo porque vivo me perdendo. Meu sofrimento é autoafligido.

Seguro nas mãos a profana estaca do ego. Perfuro meu coração, lenta e constantemente. Ah, meu amor. Quantas vezes eu tentei te avisar que eu te desolaria?

Quantas vezes eu tentei te dizer que eu não sou a pessoa que procura? Quantas vezes eu tentei te apontar meus defeitos, meus desejos, meu apego profundo ao erro?

Todo o meu corpo deseja ser mortal, simplesmente. Por que me oferece sua capa se eu mereço a vergonha estampada no meu rosto?

O que são todos esses planos que você faz? Está disposto ao amor que eu ainda não tenho em mim.

Não tenho como limpar a bagunça, não tenho como esconder minha n***z. Deveria se afastar de mim, amado.

Imploro que não vá. Que seja mais uma vez inconsequente, como na vez que você decidiu ficar para sempre. Digo essas coisas para que me cale.

Na expectativa de que as promessas ainda estejam estendidas como uma ponte entre meu mundo e o seu. Desesperadamente, admito, a terra seca sou eu.

Há quem se engane, não escrevo pra te encontrar. Escrevo porque vivo me perdendo. Meu sofrimento é autoafligido.

Seguro nas mãos a profana estaca do ego. Perfuro meu coração, lenta e constantemente. Ah, meu amor. Quantas vezes eu tentei te avisar que eu te desolaria?

Quantas vezes eu tentei te dizer que eu não sou a pessoa que procura? Quantas vezes eu tentei te apontar meus defeitos, meus desejos, meu apego profundo ao erro?

Todo o meu corpo deseja ser mortal, simplesmente. Por que me oferece sua capa se eu mereço a vergonha estampada no meu rosto?

O que são todos esses planos que você faz? Está disposto ao amor que eu ainda não tenho em mim.

Não tenho como limpar a bagunça, não tenho como esconder minha n***z. Deveria se afastar de mim, amado.

Imploro que não vá. Que seja mais uma vez inconsequente, como na vez que você decidiu ficar para sempre. Digo essas coisas para que me cale.

Na expectativa de que as promessas ainda estejam estendidas como uma ponte entre meu mundo e o seu. Desesperadamente, admito, a terra seca sou eu.