O que aconteceu na noite passada?

2122 Words
Isis explicou tudo desde o começo para Maitê, sua mãe, desde a história com Henrique, a sua desilusão amorosa, como também a morte do pai biológico de Ruby. Na tentativa de diminuir a raiva que a sua mãe estava por não ter sido avisada de uma viagem de última hora. Enquanto esperava a sua mãe chegar. Aproveitou para tentar encontrar a Lisa. Voltando ao hotel, pediu ajuda ao gerente para encontrar o cofre relacionado ao cartão de acesso que elas haviam encontrado mais cedo. — Encontrei. Esse cofre fica no anexo do hotel. São voltados para tesouros ou joias de valor inestimável. É um valor astronômico, por isso, apenas os responsáveis podem ter acesso ao local. Aqui tem dois cadastros. Um nome de Ruby Figueredo e Isis Castro. Só elas duas vão ter acesso, já que pedem leitura facial e digital. Vou pedir para um segurança te acompanhar até a entrada. — O gerente que estava tratando Isis m*l, ao notar o quanto o quarto dela havia gasto, mudou totalmente a sua postura. — Agradeço. Não sei o que tinha no computador para fazer você mudar a sua forma de tratamento comigo, mas eu suspeito que é dinheiro. Não que eu realmente me importe. Pessoas como você, que tratam m*l, que não tem dinheiro e nem quem tem, nunca será mais do que um baba ovo inútil de rico. E quer saber de uma coisa. Eles nunca vão se importar com um gerente inútil e substituível. Você não tem valor algum. — Isis sussurrou no ouvido do gerente, antes de se virar em direção à saída. — Estarei esperando do lado de fora. Espero que não demore. Isis tinha outra grande preocupação. As dinamites e granadas que foram encontradas, tinham um símbolo conhecido por ela, havia visto muitas vezes quando era pequena e tinha a sensação que bêbada tinha feito contato com alguém que não deveria. — Espero muito que eu esteja errada. — Isis respirou fundo procurando no celular de Ruby alguma ligação ou mensagem, infelizmente, ela estava certa. — Merda! O meu pai não vai gostar nada quando souber disso. Tenho que ver com a minha mãe como resolver essa bagunça. Maldito gin. Nunca mais eu bebo. — Senhorita? Pode me seguir? Eu vou te levar até o anexo onde está o cofre. — Um homem alto de terno com um enorme sorriso disse. — Claro! — Isis abriu um sorriso vendo que nem tudo era r**m. Os dois foram conversando até chegar no anexo. Isis até mesmo passou o seu telefone para que pudesse conversar depois. Entre uma conversa e outra, descobriu que apenas as pessoas mais ricas do mundo usavam aquele cofre. — Pronto. Agora você vai entrar nesse túnel. Só passa uma pessoa de cada vez. Para entrar é por digital, no fim terá uma tela para você fazer a leitura facial. — o segurança disse abrindo a porta para Isis entrar. — Obrigada, gatinho. A gente se fala mais tarde. — Isis sorriu, mas não pode deixar de pensar como Lisa estaria lá dentro se há toda a burocracia para entrar. Isis colocou a sua digital onde era indicado, uma porta se abriu, um corredor bastante apertado surgiu, naquele momento diversas dúvidas surgiram na mente dela. Se Lisa não estivesse ali, onde estaria? E se estivesse, como colocaram ela lá dentro? No fim do corredor, havia a tela para leitura facial. — Isis Castro identificada. Elevador desbloqueado. Aguarde a porta abrir e siga até o andar destinado. — Uma voz eletrônica disse um pouco antes de abrir as portas. — Okay... mas não tem botões... e eu não sei qual o andar... — Isis disse ao entrar no elevador, olhando para todos os lados, mas para seu desespero, a porta do elevador se fechou, antes de subir. — Merda! Como me meti em uma loucura dessa? O elevador subiu um pouco, logo as portas se abriram. O lugar era enorme. Maior que o apartamento que Isis estava vivendo nos últimos anos. Havia um leitor de cartão na única porta em toda a sala. Sem saber exatamente o que deveria fazer, ela introduziu o cartão. — Tá brincando! — Isis não acreditou no que estava vendo. Assim que a porta se abriu, encontrou Lisa deitada vestida de freira abraçada com uma lhama. Ao redor dela não havia nada. De alguma forma, ela sabiam deixado Lisa sozinha naquele lugar. Isis se aproximou para saber se a amiga estava viva. — Uhn? Isis? — Lisa acordou ao sentir o toque em seu pescoço. — A lhama é empalhada? Que! O que vamos fazer com a ração? — Isis se perguntou ao cativar o animal empalhado ao lado de Lisa. — Espera. Isso é uma etiqueta de exposição? Não me diga que roubamos uma lhama empalhada da exposição. Meu Deus! Cometi mais crimes hoje do que imaginei na minha vida inteira. — Não faz barulho. Eu estou com uma dor de cabeça assustadora. Nunca mais eu bebo. Aliás, cadê a Ruby, não me diga que ele está dormindo? Ela vai me pegar caro por ter me prendido aqui. Aquela terrorista! — Lisa levantou irritada. — Espera. Você lembra do que aconteceu? — Isis perguntou surpresa. — Que? Claro. Você não? Eu falei para vocês duas não tomarem aqueles negócios de origem duvidosa. Quem em pleno juízo faz algo assim? — Lisa perguntou olhando ao redor. — Ruby está no hotel? Tia Verônica não parou de ligar procurando por ela. — Sobre a Ruby... Temos um probleminha... Antes disso, pode me falar exatamente o que aconteceu ontem? Eu lembro apenas de recortes. — Isis perguntou confusa. Talvez fosse necessário saber exatamente o que aconteceu para tentar tirar Ruby da prisão. Lisa olhou um pouco confusa com a pergunta de Isis, mas não se surpreendeu ao saber que Ruby estava com probleminhas, afinal, estranho seria se ela não tivesse. Desde que conheceu Ruby, sempre que saiam juntas, se metiam em alguma confusão. — Primeiro, podemos comer? Eu estou morrendo de fome. — Lisa sugeriu arrumando a roupa, puxando a lhama por uma coleira, por conta das rodinhas no seus pés, acompanhava ela facilmente. — Você vai levar a lhama? — Isis perguntou surpresa. A lhama era enorme. Maior do que a Ruby. Não podia deixar de pensar o que Lisa pretendia fazer com aquele bicho. — Claro. Se eu cometi um crime roubando, tenho que ao menos levar para casa. — Lisa respondeu como não fosse nada. — Espera... Como vamos passar? O segurança disse que só pode passar de um em um. — Isis questinou lembrando da conversa que teve antes de entrar. — Você esqueceu mesmo. A gente descobriu uma falha no sistema. Só precisa passar abaixada que o corredor não idêntica. Há um laser que ler a quantidade de pessoas circulando no corredor através do calor, mas ele só funciona da cintura para baixo. Vou voltar como eu vim, de quatro. — Lisa explicou antes de entrar no elevador e se sentar no chão. Isis tinha tantas perguntas, que preferiu esperar e ouvir a história do começo. Nada estava fazendo sentido. Assim como sugeriu. Conseguiram sair do anexo sem dificuldade. Foram direto para uma cafeteria próxima. Pediram algumas comidas antes de se sentarem na mesa. — Eu estou explodindo de curiosidade. Me conta como tudo aconteceu. Eu e Ruby acordarmos em um barco no meio de uma réplica dos canais de Veneza sem lembrar de absolutamente nada. — Isis foi direta. Havia passado o dia inteira confusa. — Sério? Não faço ideia de como acabaram lá, mas posso contar a parte que eu estava com vocês. — Lisa disse enquanto um garçom servia o seu café preto sem açúcar — Tudo começou com a brincadeira do verdade ou desafio, enquanto tomávamos aquela mistura das bebidas e você beijava o garçom, o que nos rendeu algumas doses extras de bebida. Cada uma de nós falamos três verdades e três desafios. — Eu lembro disso. Ruby gritou que mostraria ao mundo como as mulheres podem ser perigosas. Que o lugar delas é onde elas quiserem e ninguém pode impedir isso. Mesmo que fosse para ser a chefe do crime. Ela disse que poderia ser a melhor de todas. Que deixaria o seu nome na história. Algo assim, não é? — Isis lembrou, com Lisa contando, parecia que a história desenrolava na sua cabeça. — Exatamente. Você deu a brilhante ideia de explodir a Torre Eiffel! Não vou negar que achei que estava brincando, mas do nada, você ligou para alguém e algumas horas depois, estávamos na Torre Eiffel com Ruby tendo uma crise de riso enquanto colocava ela abaixo. — Lisa fez careta lembrando que elas correram até chegar no bordel depois disso. — Verdade. Primeiro falamos das verdades, depois escolhemos quais seriam os desafios. Você contou para gente que estava dormindo com um tal de Muriel e Ruby pagou uma dose para todo mundo que estava no bar para comemorar que a certinha finalmente tinha conseguido laçar o seu amor platônico. — Isis relembrou gargalhando — Você não gostou de ser chamada de certinha, jurou que poderia ser tão apocalíptica quanto Ruby. Ela te desafiou a roubar a exposição. Só que a gente não esperava que você fosse pegar uma lhama empalhada. — Você admitiu ser apaixonado por Henrique, mas jurou que nunca mais iria de apaixonar por ninguém. Que queria ter uma placa para lembrar que amar era um erro. Então, eu te desafiei a fazer uma tatuagem sobre isso. — Lisa explicou rindo. — Foi lá que vocês tomaram o maldito remédio. Quando chegamos na boate, vocês já estavam loucas e a gente sem dinheiro. Você disse que faria dinheiro. Então, vendemos as nossas roupas e esperávamos você fazer o dinheiro dançando. O que a gente não esperava era você sair correndo com um p***o gigante de pelúcia do dentro do camarim gritando: "Achei meu p@u dos sonhos." Acabamos correndo juntos. — Então, basicamente a gente bebeu até falar as verdades e definir os desafios no bar do cassino lá do hotel. Depois passamos na exposição para roubar a lhama, passamos em um negócio de tatuagem questionável, tomamos aquele remédio estranho e então conseguimos as coisas para explodir a Torre Eiffel e de lá fugimos para a boate? — Isis resumiu através das memórias que vieram a tona depois de ouvir o que Lisa dizia. — Sim, porque estouramos todos os cartões comprando um monte de besteira, pagando as bebidas no bar e comprando dinamite para Ruby destruir todos os seus inimigos. Sem dinheiro, você disse que faria um jeito. No fim, você realmente conseguiu mais dinheiro do que a gente esperava. E cismou que iria colocar o seu tesouro em um cofre. Sim, aquele negócio de pelúcia gigante. Ruby disse que dentro de um cofre deveria ser algo especial. Nessa hora o garçom apareceu. Vocês explicaram que precisavam guardar algo importante e muito valioso. Ele orientou sobre o cofre. Vocês duas começaram a brigar, sobre quem era mais valioso, eu ou um pênis gigante. Quem teria mais chance de ser roubado. Ruby disse que Muriel tinha cara de quem ia me pedir em casamento logo. E não era certo. Ele iria me roubar dela. E você alegou que nunca tinha visto um p***o tão bonito. No fim, vocês decidiram que iriam tirar no par ou ímpar quem ficaria no cofre. Quando já estávamos lá dentro. — Lisa balançava a cabeça como se não tivesse acreditando em tudo que fizeram. — Ruby ganhou! Verdade! A gente te deixou lá e saiu correndo gargalhando horrores. Espera! Se tu estava tão sóbria, porque topou tudo isso? — Isis disse surpresa. Afinal, elas haviam trancado Lisa do cofre e ela parecia bem com tudo aquilo. — Eu estava me divertindo, não ia ser a estragar prazer e ganhei uma lhama, mas não vou mentir que pensei que Ruby estava brincando quando disse que ia me prender no cofre para Muriel não me roubar dela. Ela vai me pagar. Aliás, onde ela está, podemos levar algo. — Lisa disse olhando o cardápio procurando algo Ruby gostaria de comer. — Sobre isso, Ruby está meio que presa nesse momento. Não sei se ela conseguiu fazer algo histórico ou se transformou em uma chefe do crime, mas ao menos ficha criminal ela terá agora. — Isis brincou com a situação. — Como é que é? Ruby não pode ser presa! — Lisa levantou nervosa. Não sabia exatamente o quão envolvida Ruby era com a máfia e se poderia ser perigosa a prisão para ela. Tanto a polícia como a máfia poderiam descobri-la.— Temos que fazer alguma coisa. Há algo sobre a Ruby que você não sabe. Temos que tirar ela urgente da prisão.
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