Fugindo de um problema e caindo em outro

2271 Words
— O que mais? Minha noiva fugiu. Vim atrás dela. Ou você achou mesmo que eu desistiria tão fácil assim? Acho eu fiquei até mais interessado ao descobrir como você é divertida. Pensei que seria uma daquelas minas chatas e obedientes. Será uma aventura te domar e trazer para mim. — MB brincou, mas estava realmente mais interessado do que antes na Ruby. Infelizmente, ele havia esquecido que não era recíproco, muito pelo contrário, Ruby embora soubesse que o homem não tinha intenção de machucar ela, ainda assim, queria distância. Naquele momento até se arrependeu de não ter ido na polícia assim que chegou para fazer uma denuncia. — Será que quer outro chute nas suas partes baixas ou ser rejeitado de uma forma mais c***l? Não pensei muito sobre isso. Afinal, não ia gastar tempo pensando em algo tão inútil como você, não é? — Ruby respondou com um sorriso sínico. Para ser sincera, ela não sabia como lidar com ele. — Deveria perguntar como me achou daqui, mas tento certeza que você é só tipo obsessivo. Quantas pessoas será que colocou para né vigiar? Deve ter muito dinheiro para conseguir bancar seus delírios. — Não preciso te vigiar. Você pode está fazendo isso agora, mas não tem escolha sobre casar comigo. É uma questão de tempo até você perceber. No final, terá que se render a mim por bem ou por m*l. Afinal, nossos destinos foram amarrados por nossos pais. Eu não pretendo te forçar a vir até mim, muito pelo contrário, prefiro assistir você vindo por livre expontanea vontade. Engolindo toda sua marra. — MB não era um homem romântico, a forma de falar sobre o destino era estritamente pelo fato de ambos estarem relacionados por uma escolha dos seus pais. — Me explica, porque eu deixaria alguém diferente de mim decidir minha vida? Não faz nenhum sentido. A vida é minha. E eu vou estragar ela como eu quiser. Me poupe dessa sua besteira. Já disse que você deveria fazer o mesmo — Enquanto Ruby falava o garçom se aproximou, olhando confuso, como estivesse tentando analizar a situação e entender o estava acontecendo. — Aqui está as duas bebidas, tudo bem por aqui? — O garçom entregou as duas caipirinhas, enquanto olhava sério para MB que era duas vezes o tamanho dele. Ruby percebeu a coragem do garçom em olhar daquela forma para um homem duas vezes maior que ele. E achou que seria divertido irritar MB, ao mesmo tempo, deixar claro a sua posição. Coloquando os seus joelhos no banco, ela se próximou do garçom, o suficiente para sussurrar no ouvido dele. — Esse homem não está lidando muito bem com a rejeição, posso usar a sua boca para mostrar a ele a realidade? — Ruby perguntou sussurrando no ouvido do garçom. Enquanto isso, MB olhava com cara de paisagem, não parecia realmente se importar, Ruby pensou que logo aquela cara de desinteresse iria mudar. E abriu um sorriso apenas com a ideia. Para sua surpresa, o garçom pulou o balcão facilmente, em questão de segundos ele estava apenas na frente de Ruby, puxou ela pela cintura, colando seus corpos antes de suas bocas se encaixarem em um beijo super intenso. Quando suas bocas finalmente se separaram, Ruby estava um pouco tonta, parecia que tinha bebido, mas havia sido apenas um beijo delicioso que deixou seu corpo mexido. Lembrando do objetivo do beijou, ela olhou para MB para ver a expressão dele, mas para sua surpresa, ele estava arrodeado de mulheres e rindo, como se não tivesse nenhum pouco interessado. Isso deixou Ruby enfurecida. Ela não podia acreditar no que estava vendo. — Aliás, qual é o seu nome? Eu me chamo Heitor. — O barman disse com um lindo sorriso no rosto. Talvez o plano de irritar MB não tenha funcionado, mas ao menos, ela havia conseguido um gatinho interessante. — Olá, eu me chamo Ruby, sou caloura de medicina veterinária, cheguei hoje na cidade. — Ruby sorriu animada. O importante é que algo havia dado certo. — Sim, ela se chama Ruby e é noiva. Tenha muito cuidado, cara. Uma mulher incrível, mas super perigosa. Nem te conto como ela deixou minhas bolas ontem. Te desejo boa sorte. Tchau, querida. A gente se ver depois de você terminar de brincar. — MB disse abraçado com duas loiras maravilhas. Antes de se virar ignorando completamente a existência de Ruby — E aí, meninas? Vamos conhecer meu apartamento. Tenho umas boas bebidas lá. Vocês vão amar a hidro. — Você é noiva? — Heitor olhou um pouco chocado, procurando uma aliança no dedo de Ruby. — Deveria respeitar melhor a pessoa que decidiu passar a vida com você. Vamos esquecer o que aconteceu. Eu não sou um brinquedo para uma noiva que está se divertindo antes de casar. Ruby estava sem acreditar. Como diabos aquele maldito conseguiu virar o jogo e me transformar em uma v***a traidora em questão de segundos? Ela pensou que tinha tudo no controle. E agora, como vou mudar esse m*l-entedido. Olhando ao redor, havia uma roda de gente assistindo toda cena que havia acontecido. Alguns tinham até celulares apontados para ela. Estavam prestando atenção em tudo desde o início. Era nítido os cochichos, ela não precisava nem perguntar para saber do que se tratava. Naquele momento, Ruby teve a sensação que tinha acabado de se tornar o motivo da primeira fofoca do ano no Campus. E estava certa que isso vai é nada bom. — Agora como tu vou sair desse problema? Maldito MB. Você me paga. Você está brincando com a pessoa errada. — Ruby pensou alto enquanto tentava sair daquele círculo de pessoas que havia se formado ao seu redor. — Não é o que você está pensando, mas não tenho como explicar agora. E pela sua cara, você também não vai querer me ouvir. Ah. Tanto faz.— Ruby wueria explicar, mas não gostei da ideia de ser o centro das atenções. Queria sair daquele lugar o mais rápido possível. Além disso, a ideia de ser julgada pela fala de alguém que o garçom nem conhecia, deixou um amargo em sua boca ao notar o quão rápido ele havia acreditado em MB. Sem esperar resposta do garçom, ela se meteu no meio das pessoas, por onde passava podia ouvir os comentários sobre ela, todos comentavam que havia uma v***a em medicina veterinária. Ruby sentiu Começando com o pé esquerdo. Quer dizer, nem ainda nem começou e já estava sendo vítima de fofoca. — Maldito MB. Você me paga. Pensei que você era apenas um louco precisando de remédio, mas vejo que precisa de uma lição para aprender a não mexer comigo. — Ruby murmurou ao se aproximar da mesa que Lisa e Muriel estavam. — Você não foi pegar bebidas? — Lisa olhou confusa vendo suas mãos livres depois de tanto tempo. Ela estava tão focada na conversa com Muriel, que nem prestou atenção na cena que acontecia mais na frente. — Sim, até tentei, mas acabei beijando o barman, um s*******o disse que eu estava noiva e agora o bar inteiro está achando que sou uma v***a. Não que eu não seja, mas não precisava que todos já descobrissem. Preciso sair daqui. A gente se ver mais tarde. — Ruby não queria acabar com o primeiro encontro de Lisa e ela precisava resolver por si mesma aquela bagunça. Juntando o útil ao agradável, era maravilhoso sair mais cedo e deixar aqueles dois a sós pela primeira vez. — Muriel, cuide bem da minha amiga. Ela precisa se divertir um pouco. Estudou muito para passar. Eu vou voltar sozinha. Preciso caminhar e acalmar minha cabeça ou Acabarei matando alguém. Se cuidem e usem camisinha. Não quero ser tia ainda. — Não posso te deixar sozinha. Espe... — Lisa tentou se levantar, mas Ruby apressouos passos para me distanciar dela. Conhecia a amiga suficiente para saber que ela tentaria impedir ela, mesmo que isso custasse o encontro que ela tanto sonhou. As ruas eram bem movimentadas, enquanto Ruby caminhava em direção de casa, aproveitava para admirar a sua nova cidade. Era bem diferente da ilha que ela estava acostumada e muito mais movimentada. Mesmo sua noite tendo sido destruída, a caminhada e a expectativa de uma vida diferente renovou seu ânimo. Caminhando para casa devagar. Ruby não pode deixar de pensar em como poderia resolver aquela bagunça que tinha surgido em sua vida. Ela não sabia nem como encontrar com o MB para dizer umas boas verdades para ele, mas sendo sincera, preferia nunca mais o encontrar. Afinal, ele não parecia mais um louco agora, mas alguém perigoso. — Será que é melhor eu ir fazer a denuncia agora? Pior que não sei nem sequer o nome dele de verdade. E se me pedir para mostrar onde eu fui presa, não vou saber explicar. Ahhh! E quem é sequestrada e pode partir quando der na telha? A polícia com toda certeza vai achar que é besteira da minha parte. O que eu deveria fazer? Talvez seja melhor conversar e pedir conselhos a Verônica. Não! Ela vai ficar preocupada e me mandar voltar. Ahhh!!!! Ser adulta e responsável é mais difícil do que eu imaginei. — Ruby pensou alto enquanto caminhava, mas um casal chamou sua atenção. Na verdade, era três pessoas conversando. — Henrique? — Uma mulher por volta dos vinte com o cabelo loiro com mechas rosas parecia espatada em ver o homem de mãos dadas com uma outra mulher. — Querido, quem é essa mulher? — A esposa perguntou ao marido que estava pálido, parecia que tinha visto um fantasma. — Você conhece ela de algum canto. — Sim, meu amor. Ela é apenas uma das minha alunas. Acho que pagou semestre passado disciplina comigo, não me lembro direito. Fazia tempo que não te via, como está o curso? Gostando? — O homem parecia agitado, a esposa olhava para ele desconfiada, como se estivesse julgando sua reação. — Você deve está com algum problema de memória. Será que foi o excesso de café e dipirona? Encontrei com você mais cedo, na sua sala, fui buscar a minha calcinha que tinha esquecido no seu carro. — A mulher disse com a voz falhando e os olhos cheios de lágrimas. Tentando engolir a dor de decepção. — Me desculpe. Eu não sabia que ele era casado. Se eu soubesse, não teria passado todos esses meses com esse soca fofo. Bem que eu desconfiei. Meu cupido é gari, só me trás lixo. Henrique é a prova disso. Não podia ser diferente. Ao menos, agora estou livre dele. — O que? Você tinha um caso com o meu marido e tem coragem de dizer com a cara mais limpa? Sua mãe não te deu educação ou vergonha na cara? — A esposa gritou voando nos cabelos da amante, que segurou os pulsos dela antes que pudesse chegar a tocar nela. — Se a minha mãe deixou de me ensinar isso. A sua deixou de te dar noção. Se alguém aqui tem que apanhar, é o seu marido, ele que jurou fidelidade a você. Fui tão enganada quando a senhora. Se quiser continuar com a suas duas mãos presas nos seus braços, acho melhor não tocar em mim. Não sou do tipo de mulher que você queira brincar. Pode ter certeza que você vai se arrepender de me irritar. — A amante parecia triste, mas manteve a sua cabeça erguida. Não queria dar aquele homem o prazer de ver a sua dor. — Você está em ameaçando? — A esposa ia tentar novamente machucar a amante, mas o marido interviu. Vendo que a confusão estava apenas aumentando. — Isis, por favor. — O homem olhou implorando para a amante. Estava escrito na cara dele sua preocupação com a esposa. — Não entendi. O que quer que eu faça? Que eu deixe a rua e saia correndo, por que o alecrim dourado está passando com a esposa? Como se eu tivesse cometido o pecado? Quando, na verdade, o único que deveria está envergonhado e apanhando aqui era o senhor? Que além de sair com uma aluna, ainda traia a esposa. — A amante disse sentando em um banco próximo de onde estavam. — Vocês que saiam. Antes que eu chame a vigilância do campus e denuncie a sua esposa querida por tentar me bater. Tenho certeza que todos vão amar saber a história. A esposa xingou Isis de todos os nomes pejorativos que sabia. Não podia acreditar que uma amante poder ser tão vergonhosa. Isis ficou em silêncio, sabia que a esposa não era culpada, estava machucada com o que o marido fez. A amante ficou apenas olhando Henrique, o seu suposto namorado e também professor, levando a sua esposa para longe dali para evitar que aquele problema acabasse na segurança do campus. — Eu deveria cortar o soldado dele fora. Maldito. Como me apaixonei por alguém tão s*******o? Como eu não percebi que era um traste. Só posso ter o dedo podre.— Isis disse antes de colocar a mão no rosto e chorar. — Uhn... desculpa assistir toda a cena. Eu estava passando na hora, não pude deixar de ouvir tudo. Quer beber um pouco? O meu apartamento fica aqui perto. Sou caloura. Pelo que entendi você é estudante da universidade também. Eu meio que também tive uma noite bosta por causa de um homem babaca. Não seria r**m beber e esquecer que esse dia aconteceu. — Ruby se aproximou de Isis, vendo quanto ela fingiu ser forte para não se deixar abalar na frente daquele casal. — Topa?
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