Elisa Narrando:
Acordei com o despertador do celular tocando, abri os olhos com um pouco de dificuldade e peguei em cima da cômoda e desliguei vendo que já eram 4 da manhã, me espreguicei na cama e olhei pro lado vendo Benício com os olhos arregalados me olhando o que me fez rir.
Elisa: Acordou antes da mamãe filho.- falei dando beijos em seu rosto o que o fez rir com os poucos dentes que tem.- Vamos buscar o papai?- disse o pegando no colo, levei ele pro banheiro, escovei meus dentes e os dele também, tomamos um banho morno e voltamos pro quarto, vesti ele com um cojunto moletom da lacoste e um tênis branco, passei sua colônia e penteei seu cabelinho, deixei ele em cima da cama enquanto me arrumava, me vesti também com um conjunto feminino do mesmo dele e um tênis branco também, passei meus produtinhos e penteei o cabelo, ouvi meu celular vibrar e peguei vendo uma mensagem do LK dizendo que estava na porta, só não entrou pq tá trancada, desci com o Beni no colo por causa das escadas e coloquei ele sentado na sala e fui abrir a porta.
LK: Na moral, precisa me dá uma chave daqui.- disse entrando.
Elisa: Até parece né- falei sorrindo.
LK: Tá pronta? Já vi que o menor do padrinho tá no jeito, caraí, todo nos pano.- disse pegando o Benício no colo fazendo palhaçada pra ele rir o que funcionou é claro.
Elisa: Tô mais que pronta.
LK: Partiu então.- disse me entregando meu filho e pegando as malas que já havia deixado na sala, depois de colocar todas na van onde os meninos já estavam, junto com o Dr. Roberto, falei com todos e partimos em direção ao local clandestino onde pegaríamos o jatinho, o caminho fomos conversando sobre o que faríamos e o Dr. disse que aquele dia mesmo conseguiria ver o Tubarão já que é dia de visita segundo o que ele já havia de informação e como ele já preparou tudo eles não teriam como negar minha visita já que sou casada com ele no papel.
Dr. Roberto: Então é isso Elisa, primeiramente vou me apresentar como advogado de Ruan dizendo que sabemos que ele está lá e que foi preso de forma inadimissível já que a família passou um mês achando que o mesmo estava morto, com isso eu vou conseguir conversar com ele e vou exigir que você possa vê-lo também e assim seguiremos com o plano.- terminou de explicar e todos concordamos.
Seguimos o resto da viagem hora conversando, hora apenas pensando e a cada instante minha ansiedade só aumentava e o frio na barriga tava impossível de controlar. Algumas horas depois o piloto anunciou que iríamos pousar, apertamos o cinto e logo estavamos e terra firme, descemos e os meninos tiraram as coisas pra fora, a van na qual iríamos até a casa que Terror alugou pra gente ficar já estava lá, então apenas colocamos as coisas e entramos saindo em direção o lugar.
Terror: Lá é uma casa de campo, não é tão longe da penitenciária, mas é bem discreto, dá pra todos nós ficarmos lá.- disse enquanto dirigia a van. Não demorou muito pra chegarmos, realmente é um lugar bem discreto, porém a casa é linda e parece ser grande, porém perfeita pra nós, o lugar ao redor também é lindo, com jardim e um pomar encantador, Benício dormia nos meus braços e assim desci com ele, pegamos tudo e fomos entrando e nos organizando, cada um escolheu seu quarto e se acomodando, depois de tudo arrumado deixei meu pequeno na cama e fui encontrar os meninos na sala, já eram 7 da manhã e decidimos que eu, Dr. Roberto e LK apenas iríamos até o Tubarão, porém meu irmão iria apenas nos levar, pois não poderia entrar junto com a gente, os meninos vão ficar na espera e cuidando do meu filho també né.
Peguei tudo que iria precisar e coloquei na bolsa, Dr. pegou sua maleta e LK a chave do carro, entramos e demos partida pra encontrar o amor da minha vida. Meia hora de carro e chegamos em frente a penitenciária, eu e o Dr. descemos e LK ficou no carro um pouco distante, fomos em direção a entrada fomos revistados e depois liberados, seguimos até a recepção.
Dr. Roberto: Bom dia, sou o Dr. Roberto, sou advogado do senhor Ruan Alencar e exijo vê-lo.- disse com autoridade mostrando sua carteira, a moça olho pro documento depois pro Dr. e pegou o telefone ligando pra alguém, falou algumas coisas e depois voltou.
Recepcionista: O senhor Pacheco vai recebê-los, ele é o diretor daqui.- disse e logo saiu de trás do balcão nos conduzindo por um corredor que logo deu em uma porta na qual ela bateu e abriu revelando uma sala onde um homem de uns 45 anos estava sentado em uma mesa.- Bom dia senhor, aqui estão.- disse nos dando espaço para entrar e logo fechando a porta atrás de nós
Pacheco: Então o senhor é advogado de Ruan Alencar?- perguntou nos olhando.
Dr. Roberto: Exatamente, recebi informações que meu cliente está aqui a um mês sem o acompanhamento do seu representante e sem a ciência da família que até então achavam que ele estava morto pela forma absurda que foi preso.- disse enquanto tal Pacheco apenas olhava com desdém.
Pacheco: E posso saber de onde recebeu essa informação?- perguntou querendo nos intimidar.
Dr. Roberto: Ora senhor diretor isso não vem ao caso, vim aqui exigir ver o meu cliente e sua esposa também, já que ele não é nenhum indigente pra que seja tratado como um, meu cliente tem direitos e eu estou aqui para garati-los e estou sob total apoio da lei.- disse tirando alguns papeis da mala e entregando ao homem que pegou olhando por alguns minutos e depois nos olhou.
Pacheco: Pois bem, contra a lei não posso né mesmo, já que estou aqui pra cumpri-la.- disse com sarcasmo pegando o telefone e ligando pra alguém, depois de uns minutos um carcereiro abriu a porta.- Acompanhe essas pessoas para visita e busque o detento Ruan Alencar para vê-los.- disse e o carcereiro nos olhou com cara de quem sabe que não deveria ter ningém procurando por Ruan, mas apenas concordou e seguimos ele até o pátio enorme onde tinha várias pessoas, presos com seus familiares se encontrando e se abraçando.
- Só um minuto, vou buscá-lo.- disse saindo nos deixando ali, meu Deus nem acredito que vou ver meu amor de novo.