Capítulo 04

1014 Words
Elisa Narrando: Só eu sei a felicidade que tô de saber que meu amor tá vivo, m*l posso esperar pra ver ele de novo, sentir ele perto de mim. Elisa: Acreditam agora?- perguntei olhando pra eles que ainda estavam em choque. Lk: p***a, desculpa ter duvidado de tu.- disse me abraçando. Elisa: Tudo bem, agora precisamos ir atrás dele como ele disse. Terror: Sim, mas temos que ser espertos, amanhã chamamos o advogado, ele deve conhecer essa prisão e saber o jeito certo de chegarmos até lá.- ele disse e nós concordamos. Elisa: Eu quero saber de tudo, e eu quem vou quando chegar o momento de irmos até ele. Menor: Não ousariamos levar outra pessoa, mas acho que a dona Cláudia também vai querer ir se souber.- ele disse e com razão. Elisa: Verdade, ela merece saber, tem sido muito forte, apesar da dor de achar que perdeu um filho, ela vai ficar muito feliz quando souber. Lk: Mas antes de contarmos, vamos conversar com o advogado. - conversamos sobre mais algumas coisas e logo depois se despediram indo embora, tranquei a porta e subi pro quarto, passei no quarto de Benício e o peguei levando pro meu quarto, tem sido uma terapia dormir com ele, me traz segurança e uma paz enorme, deitei ele me deitando do lado, fiquei pensando que logo estaremos juntos e com esse pensamento dormi. "Lá estava eu, em um pesadelo tão real que parecia que a vida estava me pregando uma peça. Eu me via perdida em um labirinto escuro, sufocante, cheio de corredores sem fim. Gritos ecoavam ao longe, misturados com o som de correntes arrastando-se pelo chão. De repente, me vejo diante de uma cela sombria, onde a única luz que entrava era a de um feixe fraco vindo de uma lâmpada oscilante. Aproximei-me lentamente e lá, encurralado entre as grades, estava Tubarão, meu amor, com olhos vazios e um semblante de desespero. Tentei alcançá-lo, mas uma força invisível me prendia no lugar. Gritei seu nome, mas ele não me ouvia. Sua imagem começou a se distorcer, a desaparecer diante dos meus olhos, como se ele nunca tivesse existido. A sensação de desespero tomou conta de mim, meu coração batia descompassado." Então, acordei, com o suor frio escorrendo pelo meu rosto. Foi só um pesadelo, pensei, mas o medo de perdê-lo de verdade ainda latejava dentro de mim, olhei pro lado vendo nosso menino dormir, o serzinho que me dá forças, lembrei dele me dizendo pra ser forte e que precisa de mim e me acalmei aos poucos voltando a dormir. Acordei pela manhã, me espreguicei na cama, olhei pro Benício pra conferir se tava dormindo e tava sim, me levantei indo pro banheiro, fiz minha higiene, tomei um banho e voltei pro quarto, vesti um short jeans de lavagem clara e um cropped de alcinha de cor preta, penteei meu cabelo, passei meus produtos, ajeitei o pequeno na cama, coloquei uns travesseiros ao lado dele e desci, fiz a mesma coisa de todos os dias, preparei algo pra comer e já fiz a comida dele também, alguém bateu na porta e eu fui abrir vendo minha mãe. Dona Lu: Bom dia minha filha.- disse entrando e me abraçando. Elisa: Bom dia mãe, tudo bem?- perguntei retribuindo e logo fechando a porta. Dona Lu: Sim e você como tá?- perguntou se sentando no sofá. Elisa: Tô bem, muito bem.- falei sorrindo. Dona Lu: Lk me falou tudo.- ela disse rindo também.- Ele me pediu pra vim ficar com o Benício pra você ir com ele falar com o advogado, daqui a pouco ele passa pra te buscar. Elisa: Mãe, eu tô muito feliz, o Ruan tá vivo.- falei me sentando ao seu lado. Dona Lu: Graças a Deus, eu tô muito feliz com essa notícia.- disse me abraçando novamente. Lk: Abraço em família e nem me chamaram.- disse entrando pela porta. Elisa: Mãe, seu filho não sabe bater na porta.- falei olhando pra ele. Lk: Qual é pô, não já disse que sou de casa?!- disse vindo até nós dando um beijo na testa de cada uma. Dona Lu: Vocês dois parecem crianças.- disse e nós rimos. Lk: Bora fia, advogado já tá vindo pro morro, vamos conversar com ele no QG.- ele disse e eu concordei me levantando. Elisa: Mãe a mamadeira do Benício já tá pronta em cima do balcão.- eu falei e ela balançou a cabeça. Saí com Lk e subimos na moto, fomos direto pro QG e eu já tava tão ansiosa pra tudo dar certo que não conseguia me segurar, chegamos lá e entramos, todos me cumprimentavam com respeito, ninguém além de nós ainda sabe que o Tubarão tá vivo, então o respeito deles vinha misturado com pena, mas mesmo assim me sentia bem, aquilo ali foi tudo que o Tubarão conquistou, o respeito deles, a lealdade, apesar de acharem que o chefe deles tinha morrido, ninguém abandonou a firma, continuaram principalmente em memória dele. Orelha: E aí patroa, como tu tá?- disse vindo em minha direção e fazendo toque comigo, ele foi um dos que mais sofreu com tudo, ia lá em casa todos os dias, mas depois sumiu. Elisa: Orelha, que bom te ver, eu tô bem e você? Sumiu, não foi mais na minha casa.- falei o puxando pra um abraço. Orelha: Tô suave, sabe como é patroa tive que me dedicar mais aqui, não posso decepcionar o chefe.- disse me fazendo rir com orgulho. Elisa: Você é um ótimo garoto, continue assim.- eu falei e ele riu concordando, segui indo pro escritório do QG, nos sentamos e não demorou muito pro advogado chegar, Dr. Roberto presta serviço pra Rocinha resolvendo os B.O quando precisa é um dos melhores.- Bom dia dr. Roberto.- falei estendendo a mão e ele apertou. Dr. Roberto: Bom dia a todos.- ele disse e os meninos responderam. Lk: Senta aí dr. fica a vontade.- disse apontando pra cadeira e ele se sentou. Dr. Roberto: Podemos começar.- ele disse e concordamos, explicamos toda situação pra ele sobre Ruan e ele ouvia com atenção
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD