Elisa Narrando:
Só eu sei a felicidade que tô de saber que meu amor tá vivo, m*l posso esperar pra ver ele de novo, sentir ele perto de mim.
Elisa: Acreditam agora?- perguntei olhando pra eles que ainda estavam em choque.
Lk: p***a, desculpa ter duvidado de tu.- disse me abraçando.
Elisa: Tudo bem, agora precisamos ir atrás dele como ele disse.
Terror: Sim, mas temos que ser espertos, amanhã chamamos o advogado, ele deve conhecer essa prisão e saber o jeito certo de chegarmos até lá.- ele disse e nós concordamos.
Elisa: Eu quero saber de tudo, e eu quem vou quando chegar o momento de irmos até ele.
Menor: Não ousariamos levar outra pessoa, mas acho que a dona Cláudia também vai querer ir se souber.- ele disse e com razão.
Elisa: Verdade, ela merece saber, tem sido muito forte, apesar da dor de achar que perdeu um filho, ela vai ficar muito feliz quando souber.
Lk: Mas antes de contarmos, vamos conversar com o advogado. - conversamos sobre mais algumas coisas e logo depois se despediram indo embora, tranquei a porta e subi pro quarto, passei no quarto de Benício e o peguei levando pro meu quarto, tem sido uma terapia dormir com ele, me traz segurança e uma paz enorme, deitei ele me deitando do lado, fiquei pensando que logo estaremos juntos e com esse pensamento dormi.
"Lá estava eu, em um pesadelo tão real que parecia que a vida estava me pregando uma peça. Eu me via perdida em um labirinto escuro, sufocante, cheio de corredores sem fim. Gritos ecoavam ao longe, misturados com o som de correntes arrastando-se pelo chão.
De repente, me vejo diante de uma cela sombria, onde a única luz que entrava era a de um feixe fraco vindo de uma lâmpada oscilante. Aproximei-me lentamente e lá, encurralado entre as grades, estava Tubarão, meu amor, com olhos vazios e um semblante de desespero.
Tentei alcançá-lo, mas uma força invisível me prendia no lugar. Gritei seu nome, mas ele não me ouvia. Sua imagem começou a se distorcer, a desaparecer diante dos meus olhos, como se ele nunca tivesse existido.
A sensação de desespero tomou conta de mim, meu coração batia descompassado."
Então, acordei, com o suor frio escorrendo pelo meu rosto. Foi só um pesadelo, pensei, mas o medo de perdê-lo de verdade ainda latejava dentro de mim, olhei pro lado vendo nosso menino dormir, o serzinho que me dá forças, lembrei dele me dizendo pra ser forte e que precisa de mim e me acalmei aos poucos voltando a dormir.
Acordei pela manhã, me espreguicei na cama, olhei pro Benício pra conferir se tava dormindo e tava sim, me levantei indo pro banheiro, fiz minha higiene, tomei um banho e voltei pro quarto, vesti um short jeans de lavagem clara e um cropped de alcinha de cor preta, penteei meu cabelo, passei meus produtos, ajeitei o pequeno na cama, coloquei uns travesseiros ao lado dele e desci, fiz a mesma coisa de todos os dias, preparei algo pra comer e já fiz a comida dele também, alguém bateu na porta e eu fui abrir vendo minha mãe.
Dona Lu: Bom dia minha filha.- disse entrando e me abraçando.
Elisa: Bom dia mãe, tudo bem?- perguntei retribuindo e logo fechando a porta.
Dona Lu: Sim e você como tá?- perguntou se sentando no sofá.
Elisa: Tô bem, muito bem.- falei sorrindo.
Dona Lu: Lk me falou tudo.- ela disse rindo também.- Ele me pediu pra vim ficar com o Benício pra você ir com ele falar com o advogado, daqui a pouco ele passa pra te buscar.
Elisa: Mãe, eu tô muito feliz, o Ruan tá vivo.- falei me sentando ao seu lado.
Dona Lu: Graças a Deus, eu tô muito feliz com essa notícia.- disse me abraçando novamente.
Lk: Abraço em família e nem me chamaram.- disse entrando pela porta.
Elisa: Mãe, seu filho não sabe bater na porta.- falei olhando pra ele.
Lk: Qual é pô, não já disse que sou de casa?!- disse vindo até nós dando um beijo na testa de cada uma.
Dona Lu: Vocês dois parecem crianças.- disse e nós rimos.
Lk: Bora fia, advogado já tá vindo pro morro, vamos conversar com ele no QG.- ele disse e eu concordei me levantando.
Elisa: Mãe a mamadeira do Benício já tá pronta em cima do balcão.- eu falei e ela balançou a cabeça.
Saí com Lk e subimos na moto, fomos direto pro QG e eu já tava tão ansiosa pra tudo dar certo que não conseguia me segurar, chegamos lá e entramos, todos me cumprimentavam com respeito, ninguém além de nós ainda sabe que o Tubarão tá vivo, então o respeito deles vinha misturado com pena, mas mesmo assim me sentia bem, aquilo ali foi tudo que o Tubarão conquistou, o respeito deles, a lealdade, apesar de acharem que o chefe deles tinha morrido, ninguém abandonou a firma, continuaram principalmente em memória dele.
Orelha: E aí patroa, como tu tá?- disse vindo em minha direção e fazendo toque comigo, ele foi um dos que mais sofreu com tudo, ia lá em casa todos os dias, mas depois sumiu.
Elisa: Orelha, que bom te ver, eu tô bem e você? Sumiu, não foi mais na minha casa.- falei o puxando pra um abraço.
Orelha: Tô suave, sabe como é patroa tive que me dedicar mais aqui, não posso decepcionar o chefe.- disse me fazendo rir com orgulho.
Elisa: Você é um ótimo garoto, continue assim.- eu falei e ele riu concordando, segui indo pro escritório do QG, nos sentamos e não demorou muito pro advogado chegar, Dr. Roberto presta serviço pra Rocinha resolvendo os B.O quando precisa é um dos melhores.- Bom dia dr. Roberto.- falei estendendo a mão e ele apertou.
Dr. Roberto: Bom dia a todos.- ele disse e os meninos responderam.
Lk: Senta aí dr. fica a vontade.- disse apontando pra cadeira e ele se sentou.
Dr. Roberto: Podemos começar.- ele disse e concordamos, explicamos toda situação pra ele sobre Ruan e ele ouvia com atenção