Estou no aeroporto com a Flávinha, Aron vai chegar agora as 20horas , estou ansiosa e claro preocupada , não sei se ela irá se sentir confortável com ele por perto, viemos com o motorista que sempre trabalha quando ele está na cidade.
-ele ainda vai demorar dinda?
Olho para o painel eletrônico a cima de nós e lá diz que o vôo já chegou.
-espero que não, o vôo já pousou.
Mal terminei a frase e a porta se abre e vejo meu alemão, diferente do que estou acostumada ver ele está descontraído, de calça jeans, camisa estampada preta e tênis, vem puxando sua mala e com uma caixa de presentes na mão.
Ele se aproxima e o Abraço forte.
-esse presente e meu?
-não querida!
Ele se abaixa e entrega a Flávinha.
-eu espero que goste.
Ela abriu um lindo sorriso e agradeceu.
-posso abrir?
-vamos para o carro e lá você abre ok?
-então vamos logo dinda!
Estamos os três de mãos dadas e assim que o motorista abre o carro Flávinha rasga o papel de presente de uma só vez e fica eufórica quando tira de dentro da caixa um lindo unicórnio de pelúcia.
-UAUUUUUU
Me aproximei dele pois ela está no meio.
-Obrigada. ..
Fomos direto para meu apartamento onde Flávinha correu para o quarto dela enquanto ele se serve de uma dose de conhaque eu peço algo para jantarmos.
-como sabia o que comprar?
- na verdade não sabia, fiz uma pesquisa, e descobri que meninas da idade dela adoram pônei, unicórnios, resolvi arriscar.
-você pesquisou? Nossa!
Ele me ofereceu uma dose mais não aceito, fomos para a varanda o inverno chegou mais não está desagradável, pelo contrário está agradável a temperatura.
-como andam as coisas em relação ao pai dela?
-meu tio me disse que não devo me preocupar por enquanto, mas ele está investigando o Albert, preciso garantir que ele mesmo pedindo a guarda dela não ganhe.
- não acredito que um juiz iria tirar a guarda de uma criança que passou por um trauma da perda da mãe.
-estou contando com isso!
Flávinha aparece na sala com dois unicórnios o que ela acabou de ganhar que é grande e um menor.
-olha tio Aron uma família.
-exatamente Flavia, uma linda família.
Ela voltou para o quarto dela.
Mas tarde...
Coloquei a Flávinha para dormir e voltei para sala onde Aron está ao celular, espero ele finalizar a conversa .
-algum problema?
-Evelyn teve alta.
-que ótimo!
Mas percebo que ele não está confortável.
-algum problema?
Ele respira fundo .
-eu realmente não sei, minha maior preocupação é ela tentar algo para se prejudicar.
-como assim?
-só eu e o psiquiatra dela sabemos, temos uma amiga em comum que encontrou a Evelyn desacordada e depois de vários exames descobrimos que ela havia tomado uma caixa de antedepressivos. Por isso foi internada, mas os pais dela não sabem ela não quis contar.
-isso é grave, eles precisam saber!
-ela é adulta querida, não posso me intrometer. Eu fiz o que estava ao meu alcance , eu não quero ter essa responsabilidade.
-eu te entendo...É uma situação complicada demais. Mas mudando de assunto, minha mãe quer te conhecer.
Ele sorri para mim.
-claro, quando terei esse prazer?
-preciso te alertar, meus pais são um pouco materialistas, vão fazer várias perguntas descabidas, não se assuste é normal deles, dão importância a nomes, mas eles já sabem que você é alemão então acredito que não farão tantas perguntas.
-não se preocupe, você conheceu a minha mãe, então. ..
Aron foi para o hotel onde ele geralmente fica hospedado, amanhã iremos juntos para a empresa, no sábado iremos almoçar com minha família, minha mãe provavelmente chamou a família inteira, espero que nada saia do controle.
No dia seguinte.
Flávinha está levando o unicórnio que ganhou de presente para a escola, estamos no carro com Aron , assim que chegamos na escola dela ela se despede do Aron e do motorista, acompanho ela até a sala dela.
-dinda, eu gosto dele!
E assim ela entra na sala e eu fico observando ela mostrando a novidade para suas amiguinhas.
Já dentro do carro, percebo Aron distante e calado, eu não pergunto, eu sei que a alta da Evelyn está incomodando ele, mesmo dizendo que não quer se envolver, impossível ficar indiferente quando tiveram anos de relacionamento.
Aron foi para sala dele e eu para minha o motorista foi buscar Patrick no aeroporto , ele só pode vir agora pois estava finalizando um comercial. Não demorou muito Marize me avisa que ele chegou.
-fez boa viagem?
-excelente.
-ótimo, sua bagagem já está no hotel, então primeiramente irei te levar para fazer um tour pela empresa , assim como na matriz tudo é realizado aqui, assim facilita nossas vidas.
E assim levei ele para conhecer a filial , em uma hora retornamos para minha sala onde colocamos uma cadeira do lado da minha e comecei o treinamento dele, inicialmente mostrei para ele como me comunico com minha equipe, um e-mail da empresa que faz esse link com todos eles, mostrei para ele alguns projetos antigos onde eles me mandavam idéias e eu simplesmente fazia questionamentos para que o produto final fosse surpreendente.
-Patrick o que precisa entender é que a nossa função é simplesmente aflorar ainda mais a criatividade deles, muitas vezes se você pega uma equipe já introsada essa ajuda não é necessária, você precisa ter uma visão ampla das coisas, esta sempre informado, se atualizando, pesquisando, o cliente quer sempre que o comercial ou autidoor ou qualquer outro tipo de produto que tenhamos produzido, seja superior ao do concorrente, precisamos surpreender o cliente.
-entendi!
Na hora do almoço Marize se prontificou a ir com ele para mostrar o local que os funcionários costumam comer e eu fui até a sala do Aron .
-pronto?
-Frederick soube que estou na cidade e quer almoçar comigo.
-hoje?
-na verdade agora! Algum problema?
-ele não sabe de nos dois!
-passará a saber!
Ele se levanta e saímos. Desde que voltei da Alemanha não tive uma conversa com Frederick eu não sei se hoje será uma boa idéia, ainda estou muito chateada com a atitude que ele teve com os funcionários da Matriz.
Assim que descemos do carro Aron segura minha mão e me olha fixamente.
-relaxa, eu estou aqui!
Assim que entramos logo vejo Frederick e percebo seu olhar diretamente para nossas mãos dadas.
Aron solta minha mão somente para cumprimentar Frederick.
-prazer em reve-lo Klein.
-igualmente Frederick.
Ele se aproxima de mim e me abraça, estou super sem graça .
-você está bem?
-indo...
Nos sentamos.
-como andam as coisas Klein?
-para ser franco você me deixou um problemao na Matriz!
Frederick olha para Aron como se estivesse falando loucura.
-como assim?
Olhei para Aron e eu mesma falei.
-perdemos vários contratos, simplesmente porque mandou uma equipe excelente embora e contratou novatos para exercer a mesma função.
-mas isso nunca foi um problema para nos!
-nunca, como sabe? Nunca em 15 anos de empresa tivemos um episódio assim, tive que treinar uma equipe fraca, desmotivada e logo em seguida descubro que os salários são ridículos!
-me escuta Fabiola...
-sinto muito Frederick qualquer que seja sua desculpa não irá tirar o meu desapontamento, você quis se livrar da Meraki e em nenhum momento pensou que estaria prejudicando a Matriz e a mim, onde ficou sua consideração? Ela realmente existe?
Eu me calei e enfim deixei ele falar.
-tive que cortar despesas, a matriz não ia bem, essa foi a solução!
-porque não pediu minha ajuda, sempre que fui solicitada estive ao seu lado!
-eu realmente estava cansado e desmotivado.
-Frederick eu entendo que chegou a hora de passar sua empresa , mas concordo com Fabiola foi um problema desnecessário, ainda estamos nos ajustando, Fabiola está trabalhando dobrado.
-sem palavras, sinto ter causado tantos aborrecimentos, peso perdão aos dois, eu fico feliz que tenha vindo Fabiola, tenho algo para lhe informar. Estava esperando as coisas se acalmarem, imagino o quanto deve estar sendo complicado a perda da Letícia e a mudança que isso causou na Flavia, eu realmente espero que ela se recupere, apesar de achar que essa dor não passa só ameniza e que você tenha Luz para educa - lá!
-como sabe que ela está comigo?
- eu ia te procurar mais para frente, mas ja que está aqui, alguns anos atrás Mônica me procurou e me pediu conselhos, eu sugeri a procuração, sempre soube.
-ela nunca me disse que você sabia.
-existe outra questão.
- que questão?
-ela fez um seguro de vida na qual você sendo tutora passará a administrar, o tabelião responsável irá te procurar.
Olhei para Aron, eu também não sabia disso.
-Frederick tem a possibilidade desse dinheiro ficar guardado até que ela seja maior e assim a própria administrar?
-sim, mas acredito que Mônica fez isso por confiar em você e saber que as despesas não são poucas.
-esse dinheiro será da Flávinha quando ela puder administrar, irei alugar o apartamento da Letícia e com isso acredito que já será o bastante, até porque já me organizei, então tudo está em ordem.
-irei entrar em contato com o tabelião e assim quando ele entrar em contato já levará a papelada já pronta.
-Obrigada.
-mas mudando de assunto, os dois estão juntos?
Eu aposto que estou vermelha.Aron toma a iniciativa.
-sim estamos.
-terminou o seu noivado Sr.klein?
-Frederick !
-ohh, Fabiola por favor, eu só quero ter certeza que será bem tratada!
-sim Frederick , terminei meu relacionamento meses antes de começar com a Fabiola.
Frederick está olhando para Aron desconfiado.
-eu acredito que o sr. tenha consciência do qual trabalhoso
será esse relacionamento.
-isso não é um problema seu Frederick!
-do que ele está falando??
Os dois estão discutindo e não me escutam!
-ela tem o direito de saber, Sr. Klein!
-nada do que se refere a minha família te diz respeito Frederick!
Eu toco na mão do Frederick.
-do que está falando? Me olha nos olhos Frederick!
Ele se levanta abotoa seu terno e me encara.
-essa conversa precisa partir dele, mas como ele disse, não é da minha conta.
E assim ele sai me deixando sozinha com Aron e simplesmente perdi o apetite e voltamos para a empresa e durante todo o trajeto estamos distantes e em silêncio!
Assim que chegamos na empresa e o carro entra na garagem Aron pede que o motorista nos deixe a sós.
- o que o Frederick quis dizer que assim como Evelyn viemos de famílias tradicionais Onde casamos com pessoas da mesma origem ...
-como é? Isso ainda existe ?
Eu ia sair do carro, mais ele me impediu.
-espera, sou adulto e dono da minha vida, eu não posso obriga - los a gostarem de você mas farei a minha parte, e te prometo que nunca deixarei eles te maltrataram, nem a você, nem a Flavia.
Dois dias já se passaram desde que comecei o treinamento do Patrick sábado temos o almoço na casa dos meus pais, Flávinha está eufórica, meu primos tem filhos e todos estarão lá, então ela terá com quem brincar. Ela já conhece todos pois sempre levei Letícia aos eventos quando ia para não ficar sozinha. Minha mãe está realmente me surpreendendo, quis saber o que Flávinha gosta de comer e Aron também então foi decidido que será churrasco, assim agrada todos.
Aron tem ido para meu apartamento depois do expediente , janta conosco mais depois vai para o hotel dele, hoje não foi diferente , estou colocando a Flávinha para dormir...
-dinda...
-Oi. ..
-porque tio Aron não dorme aqui?
O que responder a ela?? Não quero mentiras entre nós!
-porque somos namorados e não casados, só por isso.
-então ainda vão casar?
-se tudo der certo e ele pedir minha mão. ..
Ela se levantou da cama e me abraçou.
-eu gosto dele dinda. Eu gosto.
Sábado
Estou arrumando a Flávinha, Aron já chegou está na sala nos esperando.
-que tal esse vestido?
-dinda posso levar outra roupa para eu brincar?
Ela é realmente uma criança especial, eu não estou tendo trabalho algum até agora, ela colabora muito.
-vou separar uma roupa pode deixar.
Ela colocou o vestido e fiz uma trança nela pegou alguns jogos e foi para sala, eu já estou pronta só estou organizando as coisas que tirei do armário, não percebi que Aron estava em pé na porta me observando.
-as duas estão lindas!
Coloquei um vestido parecido com o dela. Ele se aproxima de mim e me beija .
- Aron você sabe que as mulheres vão surtar quando te ver né, e você não facilita!
Ele está de calça jeans clara e com uma camisa pólo azul escuro, o dia está nublado porém não está frio.
-vim o mais simples possível!
-coloque uma coisa na sua cabeça, homens como você nunca serão simples!
Peguei minha bolsa e fomos.
No carro Flávinha já sentada e com cinto está cantarolando alguma coisa, Aron olha para mim e pisca.
-alguém está feliz hoje!
-ela gosta de você. ..
Ele olha pelo retrovisor e sorri.
-ela é especial, também gosto dela.
Na casa dos meus pais.
Assim que Aron parou o carro , fui tirar o cinto da Flávinha e imediatamente ela saiu correndo fechei a porta e vi minha mãe abraçando ela, dei a mão ao Aron e caminhamos até minha mãe.
-mãe esse é Aron, essa é minha mãe Judith.
Ele aperta a mão dela e sorri.
-prazer conhecer a senhora.
-o prazer é nosso Aron, venham vou apresentar o resto da família.
-mãe, vá com calma.
-você está linda com esse vestido combinando com a Flavia.
-Obrigada mãe.
Então enfim seguimos para o jardim dos fundos minha mãe me olha e fala comigo.
-vá ver a Flavia irei apresentar Aron ao seu pai.
-mãe. ..
-eu sei o que estou fazendo. ..
Dei um breve beijo nele e se foram...
-Aron!!!
Ele olha para trás.
-qualquer coisa grite!
Ele sorriu e minha mãe me olhou sem entender nada, então foram até a churrasqueira onde meu pai esta com os meus tios.
Fui até minhas tias e primas as crianças estão correndo pelo jardim.
-Fabiola demorou para trazer um namorado, mas esse rapaz é um Deus Grego!
-mamãe!
Eu gargalhei, com a minha prima envergonhada e minha tia babando pelo Aron.
-a sra. Esta certa titia, ele é especial. Mas deixando claro para ala feminina ele tem dona, olhei para a churrasqueira e vi meu pai conversando com ele e ia salva - lo mas minha mãe me impede.
-filha, de a oportunidade do seu pai conhece - lo, eles estão bem.
Então deixo as coisas fluírem até minha tia chamar minha atenção.
-Fá, estamos orgulhosos da sua atitude de criar a Flavia, apesar de sermos uma família grande e um tanto louca, pode contar conosco sempre que precisar.
Minha prima Carla também se pronuncia ela tem duas meninas quase a mesma idade da Flávinha.
-exatamente Fá, sempre que precisar pode contar comigo, elas adoram brincar com a Flávinha e meus sentimentos , sabemos o quanto eram amigas.
Minha família é a minha base , apesar de toda as divergências que tenho com meus pais meu tios e primos sempre me apoiaram, me dando força para seguir o caminho que eu bem entendesse.
-isso é muito importante para mim, Flávinha está em um momento delicado e eu sei que nunca irei substituir a mãe e nem quero, mas farei tudo para ela se sentir amada e a família ajuda muito...
Aron Klein
-Então você é o alemão!
-acredito que sim!
-sou o pai, Jorge Parker!
-Aron Klein.
Ele aperta a minha mão e me olha desconfiado.
Vira de costas para mim pois esta na churrasqueira.
-posso saber como se conheceram?
-comprei a Meraki...
Ele se vira espantado!
-espera, você é o novo dono?
-sim sr.
- não sabia, aliais tudo que se refere a minha filha nós m*l sabemos.
Eu olho para traz e vejo ela conversando com a família e está sorrindo, eu não entendo porque pais como nossos não conseguem enxergar o quanto afastam seus filhos com uma visão distorcida do mundo e de nós!
-inclusive fiquei surpreso quando ela resolveu te apresentar, o que acha desta questão dela assumir a criança?
-sua filha é uma mulher forte e tem um coração excepcional! Acredito que Letícia não poderia ter feito uma escolha melhor!
Ele lagar o churrasco e se aproxima de mim.
-está pronto para assumir uma mulher que já vem com essa carga emocional?
Tive que responder sem ser rude, mas já sei o quanto esse sr. é preconceituoso.
-já conversamos sobre isso, e acredito que não teremos problemas, até porque Flavia é uma criança incrível!
-sim concordo, a mãe soube educar a criança, porém não é filha da Fabiola!
-sr. Parker discordo, pais são aqueles que cuidam, dão amor, o pai dela esta vivo e abriu mão, então neste momento a referência dela de mãe é sua filha , que por sinal está se saindo muito bem!
-fico feliz que tenha essa visão, será sua carga também!
Ele bateu no meu ombro e comunicou que o churrasco está pronto.
Fabiola
Eu sei que algo aconteceu pois Aron está muito quieto, mas não vou tocar no assunto aqui, não agora, no final do dia Flávinha pediu para dormir aqui.
-posso Dinda?!
Ela está eufórica até que Carla aparece.
-iremos ficar aqui, então se quiser deixa - lá cuidamos dela.
Agradeço e digo a Flávinha que irei pensar. Carla se afasta e Aron me observa.
-não confia ?
-não é essa questão Aron, será que Letícia deixaria?
Ele puxa minha cadeira para ele e me olha nos olhos.
-querida infelizmente a Letícia não está aqui, será sua decisão! Agora é sua responsabilidade.
Respiro fundo e vejo minha mãe se aproximar.
-cadê as coisas da Flavia.
-mãe, eu ainda não sei...
Ela se senta junto a nós!
-me deixa te ajudar, Carla irá ficar com as meninas, sua tia também, será possível que três mulheres não darão conta de três menininhas?
-tudo bem, a mochila dela esta no meu antigo quarto.
-venham tomar café da manhã conosco, divirtam - se.
Antes de ir embora, conversei com a Flávinha, várias recomendações e qualquer coisa me ligar.
Aron Klein
Ela veio calada todo o percurso , sei que esta preocupada com a Flávia, mas ela não percebe o quanto esta fazendo bem a afilhada.
Já estamos dentro do apartamento dela e foi trocar de roupa voltou de short e camiseta, serviu Whisky para nós dois!
-o que está te incomodando?
-medo de falhar com ela!
-normal esse medo, acredito que até a mãe dela teria esse medo, o importante é o amor que ela está recebendo, aos poucos tudo entrará nos eixos e se tornará mais tranquilo.
-o abrigada por hoje, sei que meus pais não são fáceis. ..
-já disse que temos muita coisa em comum, seu pai com o tempo verá a Flavia de outra forma, ela irá conquistar ele.
-minha mãe me surpreendeu! Estou muito feliz por ela aceitar as minhas escolhas.
-você tem sorte por ter parentes tão amáveis.
-sim, meus tios e primos são maravilhosos, mas mudando de assunto, eu não quero que fique em hotel quando estiver na cidade.
-já conversamos sobre isso!
-sim, e acredite ou não, Flávinha veio conversar comigo ...
-sobre?
-queria saber porque não dorme aqui!
-e o que explicou?
-que somos apenas namorados e que também estamos respeitando o espaço dela.
-ótima resposta, o que foi que ela disse.
-que gosta de você! Esta aqui quase uma semana e só hoje realmente teremos um tempo para nós dois, não estou impondo, sei que não quer avançar o sinal por causa da Flávinha, mas podíamos tentar.
Segunda-Feira
Fábiola.
Nosso final de semana foi perfeito, no domingo tomamos café da manhã na minha mãe agradeci minha prima , mãe e tia, e claro ao meu pai que ainda se faz de Durão, mas como diz Aron Flávinha vai quebrar esse gelo ela fez questão de agradecer um por um e deu um forte abraço nele.
Fiz macarrão a bolonhesa que ela adora e Aron amou também, passamos a tarde vendo filmes que ela escolheu, a noite ele voltou para o hotel dele, e agora estamos deixando Flávinha na escola e de lá deixo ele no aeroporto, estamos com seu motorista e assim que saímos do carro me despeço da Flávinha e ele vai ao encontro dela.
-você é uma menina incrível! Preciso te pedir algo.
-o que tio Aron...
-cuida da sua dinda, eu volto em breve.
-pode deixar, eu cuido!
Ele entra no carro e me sinto péssima, ele está indo embora e irei ficar sabe - se lá quantos meses sem ve-lo!
-o que conversaram?
-segredo meu e dela!
-sei...Aron...
Ele me puxa para ele e me beija, sinto seu gosto e cheiro, se eu pudesse impedia sua ida...
Na Alemanha
-Mãe por favor, tem dias que não saio de casa, preciso retomar minha vida!
-eu realmente não me sinto segura Evelyn!
-mãe desde que tive alta, faço tudo que me foi indicado, estou em terapia, estou tomando a medicação que foi passada, eu realmente entendo seus receios mais amanhã irei até meu ateliê.
-irei com você!
-por mim tudo bem...Preciso ocupar minha mente. ..
Fabiola
Patrick está indo muito bem e já fez amizades com a minha equipe, vem simplesmente se transformando cada dia.
-ele é um bom rapaz!
-ele te conquistou também Marize!
-acredito que ele irá te surpreender...
-já está me surpreendendo, é um ótimo profissional, acredito que em breve pode retornar para Alemanha e se tornar o gerente.
-não se esqueça que hoje tem reunião na escola da Flavia.
-pode deixar irei direto daqui.
Hoje pela manhã o tabelião veio até aqui onde assinei os contratos, o dinheiro ficará em uma poupança onde Flavia só poderá mexer quando for maior de idade. Menos uma coisa para me preocupar.
Na reunião
Estou sentada na sala onde Flávinha tem aula e outras mães também estão aqui, percebo que todas se conhecem e estão me observando , pego meu celular e envio uma mensagem para Aron...
Saudades meu loiro...
Imediatamente ele responde.
Liguei para seu apartamento Valeria disse que iria demorar.
Estou na escola da Flávinha, reunião de pais.
Isso é bom ou r**m?
Eu sorri com a pergunta...
Terei que descobrir, nos falamos mais tarde a professora chegou.
A professora nos fala do progresso da turma e o quanto todos estão indo muito bem, e que todos estão animados para apresentação do final do ano.
-Patrícia sabemos da perda da Letícia . ..Será que poderia nos apresentar a responsável dela?
-sim claro, me desculpem, senhoras essa é Fábiola a tutora e madrinha da Flavia.
Engraçado como nos enganamos, me senti acolhida e foi agradável conhecer as mães, das crianças já escolheram a peça irão atuar Peter Pan mas ainda precisam decidir os personagens e depois disso precisamos providenciar as roupas e anotei todas as dicas, foram super delicadas e gentil. Me senti acolhida.
Quando cheguei em casa liberei Valeria e agradeci ela por ter avisou que Aron ligou.
-Flávinha já jantou, tem comida na geladeira.
-Valeria , você é minha salvação.
Fui até o quarto da Flávinha mas já está dormindo, cobri e apaguei o abajur ,voltei para sala e liguei para o Aron.
-Oi. ..
-como foi na reunião?
-interessante.
Contei para ele sobre apresentação da turma dela, ele adorou a idéia, conversamos um pouco mais.
-Evelyn me procurou.
Engoli a seco, sei que foi ele quem terminou, mas sei também o quanto se culpa por tudo e o quanto as duas famílias fazem pressão para que eles voltem.
-e como ela está?
-para ser franco não sei, tivemos uma breve conversa, estava em reunião quando ela me ligou, pelo que estou entendo está voltando para o ateliê.
-isso seria bom para ela, voltar a trabalhar.
-acredito que sim, mas pelo que ela disse a mãe está indo junto, tem medo que ela tenha uma recaída.
-não deve ser fácil para família ter que lidar com essa realidade, mas ela precisa de espaço, precisa seguir em frente.
-você está certa, problema é mudar a cabeça da mãe dela. Mas isso não é um problema nosso.
Eu não estou confortável com essa situação mas não sei como tocar no assunto. Acho que meu silêncio o fez notar algo de errado.
-algum problema Fabiola?
-queria te fazer uma pergunta sem soar i****a!
-simples faça!
-sentiu mexido com a ligação dela?
-mexido? Não entendi a pergunta!
-desculpa, teve algum sentimento ? Sentiu algo?
Ele não pensou nenhum segundo simplesmente respondeu no ato.
-Fabiola entendo sua preocupação, porém eu finalizei a relação, então dá minha parte não tem nada a sentir.
-então está me dizendo que da parte dela...
-eu não respondo pelos sentimentos dela, assim como você também não responde pelos sentimentos do seu amigo Will!
Da onde surgiu Will?
-não entendi sua colocação Aron!
-posso te explicar, nunca te perguntei se tiveram algo,mais sei que ele sente algo por voce!
-porque afirma isso com tanta propriedade?
-porque não sou cego, vi a maneira como ele te toca e te olha, mesmo assim não tive problemas em ouvir que foi ao apartamento da Letícia com ele!
Meu Deus estamos realmente discutindo?
-Aron, desculpe se a minha pergunta te ofendeu! Quer saber se tive algo com Will ? Eu te respondo!
-a questão aqui é outra!
Estou começando a ficar irritada e vou para a varanda porque não quero acordar a Flávinha com a alteração da minha voz!
-qual seria a questão?
-não posso mudar o sentimento dela por mim, mas posso te afirmar que não será recíproco!
-muito esclarecedor, Obrigada, essa era a resposta não entendi porque envolveu Will?
Ele respirou fundo ...
-é exatamente a mesma coisa, você pode mudar os sentimentos do Will?
Eu respirei fundo para não perder a paciência.
-Aron, independente dos sentimentos do Will ele está no Japão, e nada iria acontecer mesmo que ele estivesse aqui porque eu tenho você, a minha preocupação em relação a Evelyn é que foram noivos por muitos anos, sei o quanto as famílias queriam essa relação, essa aproximação dela pode não significar nada para você, mas para ela...
-como já disse da minha parte não será recíproco e quanto as famílias, a muito tempo deixei de me preocupar com o que eles querem ou esperam de mim, espero que eu tenha respondido a sua preocupação.
Esse é o Aron frio que eu conheci alguns meses atrás.
-sim Obrigada, você foi muito esclarecedor, tenha um Boa noite.
Encerrei a ligação sem dar a chance dele se despedir, juro que minha vontade é de socar a cara dele, mais infelizmente ele está em outro país!
Estamos na quarta -feira e desde a discussão Aron não me procurou ou mandou mensagem, como sou orgulhosa também não liguei hoje Patrick está participando comigo em uma reunião com um possível cliente , estou deixando ele conduzir a reunião, e fiquei surpreendida como conduziu ele está pronto!
Estamos na minha sala , estou vendo passagens para ir para Alemanha, temos um grande feriado pela frente então compro três passagens, irei levar Flávinha comigo será uma grande aventura, já fiz viagens com ela mas Letícia sempre junto, e desta vez irei sozinha e terei que resolver essa discussão que tivermos, marquei o vôo para quinta a noite , Patrick está ansioso para ocupar o novo cargo.
No vôo
-sua afilhada é muito esperta, tem quantos anos?
Flávinha está dormindo, esta entre eu e Patrick .
-ela tem sete anos, realmente é muito esperta e inteligente.
-ela é uma menina de sorte por ter você!
-acredito que ambos temos sorte, ela me ensina muito...
Fabiola
Chegamos na madrugada de quinta para sexta, me despedi do Patrick e pedi que não comentasse minha chegada, combinamos de nos ver amanhã na empresa, fui direto para o apartamento e coloquei Flávinha na cama, mandei mensagem para minha mãe e Marize avisando que chegamos bem, coloquei nossa bagagem no armário estou tão ansiosa que não consigo dormir...
Aron Klein
Dias sem falar com a Fabiola e para piorar minha semana Evelyn está produzindo a todo vapor e quer fazer um desfile para sua nova coleção é para isso está aqui na empresa com a equipe tentando passar para eles o que deseja para um comercial, não sei o que está acontecendo com ela , sempre que a equipe acha que chegaram a uma solução ela muda de idéia. .. Hoje resolvi intervir, pedi que depois da reunião ela fosse até minha sala, e pedi a Lílit que participasse da reunião.
Fábiola
Estamos prontas já dentro do táxi, antes de sair do apartamento conversei com a Flávinha que estamos indo ao local de trabalho e que se comporte.
-dinda, vou ver tio Aron?
-certamente.
Assim que chegamos a empresa subimos direto para o andar dele, achei estranho Lílit não estar na mesa dela, bato na porta e entramos e Flávinha corre em direção ao Aron e fico super sem graça, eles estão em reunião, sorrio para Lilit sem graça e quando a outra pessoa se vira, minha vergonha triplica!
-Evelyn essa é Flavia, afilhada da Fabiola.
Flávinha está no colo do Aron e Evelyn se levanta e estende a mão para cumprimeta-la.
-prazer Flavia, sou Evelyn.
Me aproximo super sem graça.
-desculpa interromper, Flávinha vamos para minha sala.
Flávinha sai do colo dele e vem em minha direção. Aron está frio e com seu olhar gélido.
Saio da sala dele e vou para minha onde ligo meu PC e abro meu e-mail enquanto Flávinha desenha na mesinha no centro da sala, não demorou muito Aron entra com Lílit.
-Lilit leva Flavia para comer alguma coisa.
-posso dinda?
-pode, não saia de perto da Lilit.
Ela veio me beijar mas antes de sair falou algo para Aron, tão baixo que não ouvi, mas Aron sorriu....