Aron me leva para seu quarto onde estou tão ansiosa que meu corpo treme, ele tira o jeans e sua camisa branca, Aron é alto e magro, mas só agora vendo ele nu , percebo o quanto ele é musculoso, braço definido, abdômen marcado , eu estou tão admirada que ainda estou de roupa, vou até ele ficando de joelhos na cama e toco seu peitoral para sentir seus músculos e o calor do seu corpo, imediatamente ele joga sua cabeça para trás, invisto em pequenas mordidas no seu abdômen, seu cheiro é maravilhoso e seu gosto não sei explicar, ele geme e me puxa para si .
-você vai acabar comigo!
-essa é minha intenção!
Ele me beija e tira a minha blusa eu o empurro e me levanto empurro ele na cama e tiro minha roupa lentamente e vejo seus olhos brilhando, estou completamente nua, subo na cama e sento no seu abdômen sentindo ele já duro , vou ao encontro dos seus lábios e passo minha língua nele e ao mesmo tempo me esfrego no seu quadril tirando gemidos desse homem gostoso!
Sou surpreendida com ele segurando minhas mãos e me deitando na cama , ele está por cima e estou presa a ele, ele sorri.
-minha vez de torturar...
Como ele é grande , consegue segurar minhas mãos com uma só mão dele com facilidade, a outra está tocando o meu corpo enquanto seus lábios brincam no meu pescoço, nossos corpos estão quentes, muito quentes, sinto meu coração acelerado ,quando ele morde meu seio eu sinto um prazer enorme e solto um alto gemido fazendo com que ele continue , sua outra mão aperta o meu quadril fazendo com que eu sinta o quanto ele já está pronto!
Quando sinto seus lábios brincando no meu abdômen já não aguento mais e ele acaba me soltando, jogo meus braços para trás agarrando os travesseiros e a medida que ela vai descendo sua mão apertando ainda mais meu quadril eu deliro de prazer...
Quando sinto seus lábios quentes me chupando , levanto a cabeça para ve-lo, lá está ele , meio das minhas pernas não consigo controlar meu prazer e rapidamente sinto o orgasmo chegando e meu corpo treme compulsivamente Aron morde minha coxa e vem em minha direção, estou sem fôlego.
-Pronta?
Eu afirmo com a cabeça e ele me penetra, esta em cima de mim me observando, puxo ele para um beijo e ele preciona ainda mais e acelera seus movimentos, se afasta e sorri para mim e morde meu rosto de leve e meu corpo treme e vem outro orgasmo...
Ele sai de dentro de mim e goza sobre meu abdômen estamos eufóricos e suados , não sei explicar o quanto estou feliz, ele deita ao meu lado observo seu corpo ainda elétrico e suado, toco seu peitoral e ele respira profundamente...
Aron Klein
A muito tempo não durmo mais de 4 horas, ela está nua na minha cama, levanto sem fazer barulho ainda é muito cedo vou tomar uma ducha e penso em tudo que aconteceu ontem, esse relacionamento será conturbado , minha família e da Evelyn irão massacrar a Fabiola, terei que ser duro, evitar que a culpem! Preciso protege-la.
Fabiola
Acordo com a claridade entrando no quarto, ele não está na cama, ainda estou nua, agora percebo a decoração do quarto dele,cores claras ,com uma enorme cama no centro do quarto uma enorme TV na parede de frente, um enorme quadro pintado a óleo de alguma paisagem me levanto e vou até o banheiro, estou descabelada e vejo que estou com pequenas marcas pelo corpo, lembrar das mordidas me da sensação de prazer e sorrio, não percebo ele se aproximar me abraçar, estamos os dois nos olhando pelo espelho, ele já limpo e cheiroso.
-Feliz?
Me viro e Beijo de leve seus lábios.
-você não?
-Feliz é pouco para descrever o que sinto!
Uauu! Eu gosto de pessoas diretas, ele é um poço de sinceridade, sempre me surpreendendo.
-preciso passar no apartamento tomar banho trocar de roupa e ir para empresa, precisamos conversar. ..
Ele me cala com seu dedo indicador.
-meu motorista irá nos levar até o apartamento, sigo para a Meraki ele volta e te pega, assuntos profissionais na empresa querida!
-tudo bem, vou colocar minha roupa.
Estamos na Meraki na sala dele, Patrick também está aqui.
-srta. Parker me disse que você vem evoluindo signicamente durante essas semanas e que tem interesse em ser treinado para o cargo de gerente.
-sim sr. Gostaria muito!
-Patrick eu realmente preciso de alguém capacitado para cuidar de tudo aqui, tenho outros negócios e não posso ficar preso aqui nem mesmo posso exigir que a Srta. Parker pegue voos em emergências para resolver assuntos que pertencem a Matriz.
-eu entendo sua preocupação sr. Mas acredito que irei ser muito bem treinado e com isso cumprir com minhas funções sem maiores dificuldades.
-ok, qual seria sua disponibilidade para viajar?
-imediatamente.
-ótimo, você está liberado.
Assim que Patrick saiu Aron me olha sorridente.
-sabia que você tem um belo sorriso? Deveria sorrir mais...
-você me trouxe alegria! Quando volta para Manhattan?
-pensei na segunda, porque?
Hoje é terça, então irei ficar quase uma semana e assim Patrick já iria comigo.
-quero apresentar você aos meus pais!
Ouvir isso me deu calafrio.
-acha esse um bom momento?
Ele me olha desconfiado!
Em considerar quem são meus pais, nenhum momento seria apropriado!
Pelo visto temos muito em comum.
-eu digo isso pois sei que eles devem ter uma ligação forte com a Evelyn e a família dela.
-sim, são muito próximos, porém vinha vida é independente dessa ligação, só vou fazer isso por educação, uma mera formalidade, mas se não se sente confortável. ..
Ele já passou por tantas coisas esses meses, vamos passar por isso juntos, não vou abandona - lo. Não estamos fazendo nada de errado.
Na quarta - feira de tarde meu celular toca uma ligação da empresa.
-Fabiola...
-Marize?
A voz dela está tão baixa que m*l ouso.
-eu nem sei como te dizer isso!
Eu já sei que é um problema mas não sabia a gravidade...
-você está me assustando Marize!
-Letícia ....Ela faleceu!
Eu só podia estar ouvindo errado!
-Fabiola, não sabemos ao certo, mas o ex marido dela entrou em contato com Rh e como sabem que somos muito amigas eles me avisaram.
Eu desliguei o celular sem dizer uma palavra, eu viajei sem falar com ela, eu sabia que algo estava errado, mas ela não quis me contar...
Aron Klein
Fabiola entra na minha sala pálida e tremendo, me levanto e vou até ela, Lílit saiu para almoçar, não está aqui para me ajudar.
-o que aconteceu?
-minha amiga...
Ela não consegue falar, esta neste momento abraçada a mim e chorando, fico sem saber o que fazer.
-querida, se acalma , preciso entender o que está acontecendo para poder ajudar!
Ela me olha e vejo sua dor e desespero.
-minha melhor amiga faleceu!
-escuta, eu sei que é difícil manter a calma, mas o que aconteceu?
-não sabemos o ex marido dela ligou para a empresa comunicando o falecimento!
-assim que Lílit chegar vamos providências a sua volta.
Voltando. ..
Ele está comigo comuniquei ao Ex da Letícia que estava voltando e que quero participar do funeral ele me tranquiliza dizendo que me esperará, Aron veio comigo, apesar deu deixar claro que não era necessário, ele realmente não existe.
Esqueci de avisar Will, com o vôo já foi liberado já estamos no ar ligo para ele.
-Will...
-baby , bom ouvir sua voz.
-desculpa , mas tenho péssima notícia para te dar! Letícia faleceu!
A ligação ficou muda por alguns instantes.
-eu realmente sinto muito, sei o quanto vocês eram importantes uma para outra! Já sabe o horário do funeral?
-será amanhã as 15 horas.
-vou fazer o possível para estar lá, como você está?
-péssima, dói muito...
Enquanto converso com Will , Aron observa, sem ao menos disfarçar e acabo chorando novamente.
-você está sozinha Fabíola?
Will pergunta...
O que dizer? Preciso falar a verdade.
-não, eu estou acompanhada...retornando da Alemanha...
Mais uma vez silêncio. ..
-ok, qualquer coisa me ligue.
Não entendi a reação do Will...
Seguimos a viagem em silêncio e alguns momentos eu lembro de nós duas ou nós três juntas e choro, minha afilhada perdeu a mãe! Minha dor é tão pequena perto da dela...
Assim que pousamos aviso ao Albert que preciso ve-lo, ele diz estar nos esperando na casa dele o motorista nos leva até a casa dele, somos recebidos por ele.
Eu apresento Aron para ele e entramos.
-Flávinha está aqui?
-sim, vou leva - los até meu escritório, precisamos conversar sem que ela escute.
Olhei para Aron, agradeci por ele estar aqui, eu sei que o que vou ouvir provavelmente não irei gostar.
Sentamos e percebo o quanto ele está constrangido.
-Fabiola eu sei o seu amor por Letícia e por minha filha, nós erramos em muitas coisas, mas Letícia fez a melhor escolha , somos gratos o amor incondicional que da as duas.
-o que aconteceu Albert?
-não quero que me julguem um mostro, Letícia estava grávida !
Foi uma surpresa ouvir isso!
-eu não podia assumir essa gravidez, minha atual mulher está grávida de cinco meses.
Senti minha raiva vindo forte!
- você está me dizendo que traiu sua esposa, que engravidou a sua ex mulher e mandou ela se virar? É isso?
Albert olha constrangido para os dois, pede para Fabíola falar baixo. Aron intervém, avisando que ela falará como quiser.
-não, eu disse que ajudaria, mas não iria assumir!
Por instinto eu levantei e dei na cara dele, ele não se afastou ou tentou se defender.
-seu canalha! Você matou a mãe da sua filha! Novamente você as abandonou! Como pode um médico, meu Deus! Você tem noção de como ela deve ter ficado!
-eu não mandei ela tirar a criança!
-realmente você não mandou! Só deixou claro que o problema era dela!
-você não estava lá Fabíola! Não sabe o que aconteceu!
Aron se levanta e pela primeira vez desde que chegamos aqui ele fala mais alto que todos nós...
-acho melhor baixar o tom de voz! Ou terá sérios problemas Albert!
-realmente Albert eu não estava lá, mas você nunca esteve, sua filha m*l sabe quem é você, e agora ela perdeu a maior referência de vida que ela tinha! SEU FILHO DA p**a !!!
Ele abaixa os olhos e diz baixo...
-não posso ficar com a Flavia!
Ao ouvir isso eu Fabíola surta de raiva , mas surto de tal forma que Aron tem dificuldades para segura-la ! Ela pega um vaso da mesa dele e taco no chão!
-seu desgraçado! A anos eu tenho uma declaração dizendo que eu serei a tutora legal da sua filha caso algo acontecesse a Letícia, mesmo que não tivesse eu nunca deixaria minha afilhada aqui!
Saio do escritório e vou em direção a sala, Aron o tempo todo atrás de mim.
-Flávinha!
Aron me segura e me pede calma! Eu não escuto e continuo chamando e ela vem correndo e uma mulher jovem com barrigão vem logo em seguida, Flávinha pula no meu colo chorando, ela já sabe. A tal mulher se apresenta mais não presto atenção, minha preocupação minha afilhada.
-Obrigada por cuidar dela.
Flávinha dormiu chorando no meu colo, passei o endereço do meu apartamento para o motorista do Aron.
-vou deixar vocês lá e vou para o hotel.
-fica comigo?
Ele sorri e beija meu rosto.
-eu adoraria, mas acredito que ela vá precisar de você, sou um estranho para ela, vamos deixar a poeira baixar.
Beijei seus lábios e agradeci a Deus por ter colocado esse homem maravilhoso na minha vida.
Sofrimento.
Flávinha acordou, deixei ela dormir na minha cama e fiquei o tempo todo ao lado dela, eu liguei para alguns amigos em comum, Albert já me passou o horário e o endereço enviei mensagem para Will dando os detalhes.
Assim que ela acordou preparei algo para ela comer, tive que conversar muito para ela comer um pouco.
-madrinha eu não quero morar com meu pai!
Ela está tão infeliz, isso me machuca tanto!
-sua casa agora é aqui! Assim que se sentir melhor iremos na sua casa buscar suas coisas tá?
Ela afirmou com a cabeça.
-eu vou poder ir ao velório?
-você quer ir?
-se você deixar...
Puxei ela para meu colo e beijei sua cabeça.
- eu nunca proibiria você de se despedir da sua mãe, mas a hora que quiser ir embora , iremos na mesma hora!
Aron Klein
-mãe sinto muito, tudo aconteceu muito rápido!
-como sua namorada está?
Ela fala debochadamente, finjo não perceber, neste momento não quero discussão.
-péssima!
-bom, quando voltar me avise .
E assim encerro a ligação. E imediatamente ligo para Fabiola.
-estão precisando de alguma coisa?
-de você!
Ouvir ela dizer que me quer por perto é muito significativo.
-como esta a Flavia?
-comeu muito pouco e voltou a dormir. Ela quer ir ao velório.
- talvez seja bom para ela se despedir, mas precisamos ser cautelosos , qualquer coisa tirar ela de lá imediatamente.
-conversei com ela , já sabe que qualquer coisa iremos embora.
-nos falamos amanhã, qualquer coisa me liga.
VELORIO
Aron nos pegou uma hora antes, apresentei ele a Flávinha ela apertou a mão dele mas continuou no meu colo e ele sorriu para ela, ela é a copia da Letícia , loira de olhos verdes como do Aron, porém um verde mais escuro.
Assim que chegamos saímos do carro e dei a mão a ela, Aron caminha atrás de nós , fomos direto para a capela onde está sendo velório , mas antes me abaixo e olho para minha afilhada já em lágrimas.
-agora iremos nos despedir da sua mãe, mas ela nunca morrerá dentro de nós! Ninguém pode apagar todos os momentos que passamos juntas, as festas, passeios, lanches, tudo isso pertence a nós e nunca se apagará!
-você promete Madrinha?
-eu te prometo... respiro fundo para não chorar. -prometo te amar ainda mais, cuidar de você e nunca deixar esses momentos se apagarem.
Ela me abraça e entro com ela na capela de mãos dadas, de longe vejo Albert mas não nos aproximamos, vejo alguns amigos e cumprimento todos, chegou a hora de despedir da minha amiga , irmã, comadre...
Eu pego Flavinha no colo e tento conter minha emoção e vejo o quanto dói nela ver a mãe ali já pálida e fria.
-madrinha eu não quero mas...
Imediatamente Aron me olha e abre caminho para sairmos de lá, na saída da capela vejo Will vindo em nossa direção.
Fico emocionada em vê-lo.
-baby...
Ele me abraça com a Flávinha no colo, beija Flavinha e a mim...
Aron observa tudo ....
-já estamos de saída, mas passa no meu apartamento depois, pede para nossos amigos irem para lá! Preciso cuidar dela.
-claro!
Estou tão desnorteada que esqueço de apresenta - los, Aron nos leva até o carro e seguimos para o meu apartamento.
Coloco Flávinha na minha cama e fico ao seu lado até que ela durma, dormiu chorando baixinho.
Não demorou muito nossos amigos chegaram e apresentei o Aron a todos. Mas percebi que ele demorou um pouco mais quando apertou a mão do Will.
-o que aconteceu a final?
Aqui só tem amigos, no máximo 10, então contei, todos ficaram apavorados.
-você não sabia?
Marize me pergunta.
-eu sabia que algo estava errado, mas ela não se abria, dizia que estava bem que iria resolver.
Will toca minha perna.
-você não tinha como adivinhar, eu realmente sinto por você e pela Flavinha , mas porque ela está com você?
-Albert disse que não pode ficar com ela, alguns anos atrás Letícia fez uma procuração me passando a guarda da Flávinha se algo acontecesse a ela, na época achei besteira , mas hoje agradeço, ela não quer ficar com ele e ele claro, será pai novamente então para que cuidar da Flávinha.
-isso é muito triste Fabiola, ainda bem que ela tem você!
Marize diz..Aron está por perto ouvindo tudo.
Conversamos por mais duas horas , mas enfim todos foram embora e ficamos sozinhos fui vê-la acordou pediu para ver TV.
-como ela está?
-deitada vendo Tv, vou pedir algo para jantarmos.
Fiz o pedido e me sentei ao seu lado, encostei meu corpo ao dele.
-Obrigada por estar aqui, por ter me protegido do Albert. Por cuidar de nós.
- por pouco não deixei você arrebentar ele, o canalha merece!
-precisamos conversar...
Ele me olha surpreso.
-o que está te preocupando?
-como você já sabe eu agora tenho a responsabilidade da criação da Flávinha. ..
-E?
-Aron eu não quero que pense que estou te mandando embora, nunca me senti tão feliz e protegida! Mas...
-mas , não terá espaço para mim!
-não é isso! Eu não quero ser um problema na sua vida, essa responsabilidade é minha, somente minha.
- vamos fazer o seguinte, seguiremos em frente e vamos ver aonde a vida nos leva.
Aron voltou para Alemanha dois dias depois , eu tirei uma semana de folga para organizar tudo, fiz a mudança da Flávinha o quarto já está pronto, avisei a Valeria o que ocorreu, Valeria está a anos com a Letícia e aceitou vir para cá para me ajudar com a Flávinha , na segunda ela retorna para a escola e as outras atividades que ela faz.
Hoje deixei as duas e fui arrumar as coisas da Letícia para doação, pedi Will para ir comigo.
-seu namorado não foi com a minha cara!
-porque diz isso?
-quase quebrou minha mão! Onde achou esse gigante?
-Alemanha!
Will está dirigindo e diminuiu a velocidade para me olhar.
-como é?
-esqueceu e fui para lá, Will ele comprou a Meraki!
-ele é seu chefe? Que merda Fá!
-se acalma estamos bem!
Meu celular toca.
Frederick, o que ele quer?
-Oi. .
-fiquei sabendo da Letícia , meus sentimentos!
-obrigada.
-estou te ligando se precisar de algo...
-fique tranquilo, estamos bem...Mas de qualquer forma Obrigada.
-eu sei o quanto vocês eram ligadas...
Will fica em silêncio até chegarmos no apartamento da Letícia ao entrar ainda posso sentir sua presença e cheiro, sinto as emoções virem e Will segura minha mão.
-sem pressa baby. ..faça no seu tempo.
Eu respirei fundo e fui para o quarto dela, ao entrar encontrei uma carta em cima da cama com meu nome.
Will me olha e diz que vai me deixar sozinha.
Já estou chorando só de ver a letra dela, me sento na cama e abro a carta.
Se você está lendo essa carta é porque algo deu muito errado e eu realmente sinto muito...desculpa não ter te contado, provavelmente eu ainda estaria aí. .. Eu realmente fiz uma burrice gigantesca, e ele como sempre não me deu apoio algum, você teria me dado...Sei que teria!
Amiga, comadre, confidente , cuida da nossa pequena, sinto jogar essa carga em seu colo, mas eu confio a você meu maior tesouro,ela é o melhor de mim.
Eu nunca te disse, mas ensina minha filha a ser como você, forte e se colocar sempre em primeiro lugar, se amar primeiramente, não se deixar enganar por homem algum...desculpa eu pensei que ele poderia mudar...As pessoas não mudam, não se não quiserem...
Espero que encontre alguém legal e forme uma linda família, Flávinha agora é sua filha...Sua filha do coração. ..Eu realmente sinto muito. ..
Eu te amo amiga. ..
Amo minha filha...
Cuidem uma da outra.
Limpei meu rosto fiquei um no. tempo ali...
Em seguida começamos a arrumação, peguei álbuns, porta retratos, jóias e tudo mais que achei que seria importante para Flávinha ter ,o resto encaixotei e descemos pedi ao porteiro para dar para adoção.
Will foi comigo para casa , estamos jantando nos três quando meu celular toca.
-desculpem preciso atender.
Vou para varanda.
-Oi. ..
-como andam as coisas querida ?
-se encaixando, acabei de chegar do apartamento da Letícia.
-foi sozinha?
-Will me acompanhou.
Silêncio do outro lado da linha.
-Aron ele é um grande amigo, por favor, não dificulta as coisas...
Ele respira fundo e finalmente fala.
-eu nunca dificultaria as coisas para você, principalmente neste momento!
-eu sei, sinto muito, queria que estivesse aqui. ..
-também queria. ..Como está sua afilhada.
-ainda muito abalada, estou querendo fazer algo diferente com ela no fim de semana, segunda retornamos a nossa rotina.
-se vocês precisarem de mais tempo.
-Obrigada, mas acho que aos poucos tudo se ajustará! Tem previsão de quanto volta?
-em alguns dias estou indo para Londres, na volta posso passar aí, não prometo.
-tudo bem...
Flavinha pula no sofá...
-Era o seu namorado dinda?
Eu sorri para ela
-sim era, queria saber se estamos bem.
Depois que coloquei Flávinha para dormir voltei para sala para conversar com Will.
-quando volta para Japão?
-amanhã!
-já! E a proposta, vai me contar?
Ele sorriu e passou a mão no meu rosto.
-não, quando tiver algo mais concreto você saberá! .
-só quero que se sinta bem!
-sei que esta com alguém, mas se precisar de qualquer coisa me liga, o que aconteceu com a Letícia , você não poderia ter feito nada, foi uma fatalidade...
-será? Talvez se ela tivesse me contado...
-isso não aconteceu e não podemos mudar o passado, sua afilhada vai precisar de você, da sua força, então siga!
Segunda - feira
Estou indo levar ela na escola todos já sabem, na semana passada conversei com a professora e a diretora da escola, estaciono o carro e saio para pega - lá do banco de trás, solto seu cinto de segurança e pego suas coisas.
-eu estou aqui.
-dinda eu estou com saudades...
Ve-la chorar me cortado o coração , mas como Will disse preciso ser forte, me abaixo e olho ela nos olhos.
-sua mãe era especial então todos nós sentiremos Saudades é normal, não se sinta culpada, se quiser chorar chore, se quiser sorri, se estiver com raiva e quiser gritar, grite! Não tenha vergonha de sentir qualquer que seja o sentimento. Ok?
Ela afirmou com a cabeça, limpei seu rosto e levei ela até a sala, a professora veio nos receber e imediatamente ela foi ao encontro das amigas.
-bom dia Fabiola, fique tranquila que ela ficará bem.
-qualquer coisa Patrícia me ligue, como já tinha dito Valeria continua vindo busca - lá somente nós duas temos autorização para pega - lá.
-já foi notificado.
-Obrigada.
Passei a manhã em reunião com minha equipe, estamos finalizando alguns projetos , mas tudo está em ordem quando volto para minha sala no caminho Marize me comunica que Aron ligou, agradeço e vou para minha sala e ligo para ele, imediatamente ele atende o celular.
-Oi. ..
-como Flavia está?
Fico tão feliz em ver sua preocupação com ela.
-chorou um pouco antes de entrar na escola, mas depois ficou bem .
-e você?
Respirei fundo...
-indo, o trabalho ajuda a manter a mente ocupada, passei a manhã toda em reunião.
-acha que tem condições de começar o treinamento do Patrick?
Já tinha me esquecido desde detalhe.
-sim, mas precisa ver local para ele ficar.
-Lílit já resolveu tudo, só preciso do seu ok, ele pode embarcar amanhã mesmo.
-estarei esperando então, estou com saudades.
-estou indo para Londres amanhã, acredito que ficarei no máximo uma semana , se tudo estiver certo pretendo ficar por aí uma semana também.
Ouvir ele dizer isso fez meu coração acelerar.
-Fabiola, ficarei no hotel, não quero invadir o espaço dela.
-tudo bem, eu agradeço sua compreensão, podemos fazer algo juntos .
-sim, ela precisa se sentir confortável, o pai dela entrou em contato?
-não! Mas isso não está me preocupando, eu irei procurar um advogado para ver a questão das visitas.
-vá com calma, eu sei que o cara é um canalha, porém ele é o pai, tem direitos.
-eu sei...Mas eu preciso ter certeza que Flávinha não irá passar por mais um trauma.
Conversamos mais um pouco e assim que desliguei minha mãe ligou me dizendo que meu pai entrou em contato com meu tio, meu tio é um ótimo advogado, irá me ajudar com a questão da guarda da Flavinha.
Minha mãe já sabe o que aconteceu, ficou chateada por não ter lhe comunicado o falecimento da Letícia , expliquei que eu estava na Alemanha quando soube e que foi tudo tão corrido que não deu tempo, claro que mesmo assim ela reclamou. Não seria minha mãe se não reclamasse, ela ainda não sabe da guarda, já estou me preparando para a reação dela.
Antes de ir almoçar ligo para casa para saber como Flavinha está.
-valeria...
-Oi Fábiola.
-Flávinha voltou bem da escola?
-sim, almoçou e está deitada, ela quer ir para aula de balé, devo leva-la?
-se ela quer ir leve, preciso de um favor.
-claro.
-tenho um jantar preciso que fique até mais tarde.
-sem problemas.
-Obrigada Valeria.
Na casa dos meus pais.
Meu tio Guilherme já estava na casa dos meus pais quando cheguei.
- Oi tio!
Nos abraçamos e sentamos na sala, minha mãe me olha desconfiada.
-mãe não quero que surte ou julgue minhas atitudes.
-meus Deus Fábiola ,
o que você fez?
Meu pai olha confuso para minha mãe.
-Judith deixa a menina falar, sem dramas por enquanto.
Respirei fundo...
-tio , minha amiga antes de falecer me passou a guarda da filha dela caso algo acontecesse a ela...
Minha mãe neste exato momento chora, eu fico sem entender o porquê, todos estamos olhando para ela.
- mãe. ..
-me desculpem...Fábiola eu realmente sinto pela perda da Letícia , sei o quanto era ligada à ela ...
Ela se recompõe.
-Tio o pai deixou claro que não quer cuidar da filha, mesmo que quisesse a guarda é minha, tenho duas preocupações.
-quais são?
-ele mudar de idéia e querer a guarda e outra quanto as visitas, não confio em deixa-la sozinha com ele, principalmente neste momento onde ela sofre pela perda da mãe.
-ele realmente pode recorrer, mas o juiz levará em conta o desejo da mãe, quanto a visitação, a guarda é sua, você decide, mas acredito que não terá problemas em nenhum dos casos, mas me passa o nome do sujeito irei fazer uma pequena investigação.
Depois que passei os dados ao meu tio fomos jantar e decido contar para eles sobre Aron.
-queria que soubessem que estou namorando.
Todos me olharam surpresos, mesmo na adolescência trouxe pouquíssimos namorados aqui, exatamente por causa do interrogatórios que os dois faziam.
-eu sabia que o rapaz não era somente amigo!
-mãe Will é realmente um grande amigo, meu namorado se chama Aron, ele é alemão!
Meu pai me olha e balança a cabeça negativamente, minha mãe pela primeira vez fica ao meu lado e toca na minha mão.
-eu quero conhece-lo.
-assim que ele vier para Manhattan marcamos algo.
-filha eu quero que Flavinha tenha contato conosco!
Meu pai olha furioso para minha mãe e como uma boa atriz dramática que é finge não perceber.
-obrigada mãe.
-esse seu gesto Fábiola é nobre, abrir mão da sua vida em prol do outro .
Meu tio disse isso para ver se meu pai consegue entender minha atitude.
-ela só tem a mim tio!
Meu tio me surpreende. ..
-esta enganada, ela tem a você e toda a sua família, seremos a família dela também!
Meu pai se pudesse teria matado seu irmão neste momento, mas se conteve , fiquei com pena da minha mãe, pois depois que sairmos ela vai surtar.