PROLÓGO
PRÓLOGO
Adam…
Skravonski… Carrego o peso e o dever desse sobrenome, chamo-me Adam, e sou o caçula da família, apesar desse fato, estou finalmente pronto aos olhos do meu pai, para continuar o seu legado, para assumir o meu lugar na máfia.
Meu pai, Maksim Skravonski, foi temido por toda Moscou e até fora dela, todos o chamavam de máquina de matar, mas hoje quem carrega esse vulgo sou eu.
Cresci em meio a máfia, em meio a violência e tudo o que há por trás dos homens de terno, apesar de afastado o meu pai nunca deixou de ser quem ele realmente era, apesar de o meu cunhado ter assumido o seu lugar enquanto eu me preparava, e curtia a vida também, eu sabia que quando chegasse a hora de assumir quem eu sou, eu teria também que deixar de lado os prazeres da vida, como ter várias mulheres na minha cama, às vezes de uma vez, passar noites em bares e sumir quando eu bem entendesse. Eu conhecia as regras, eu teria que me casar, e se esse era o preço para ter o meu lugar eu o pagaria com prazer.
Apesar de considerado o rebelde da família, eu nunca fui contra uma ordem do meu pai, as pessoas me olhavam torto quando eu passava, e isso se dava pelas diversas tatuagens espalhadas pelo meu corpo, pelo meu cabelo comprido e preso em um coque, e as minhas roupas que faziam um estilo mais despojado e totalmente diferente dos ternos que os m.embros da máfia usavam.
O meu celular toca pela terceira vez, era a minha mãe, dona Halyna, nunca concordou com a vida que eu levo e sempre diz que eu tenho muitos inimigos, inimigos esses herdados do meu pai e do meu avô Roman Skravonski, o pior demônio que pisou sobre a terra, quando eu nasci ele já havia sido morto, pelo meu pai e o meu tio, mas a história de como ele fez a minha avó, o meu avô, meu pai e a minha mãe sofrerem, foi contada diversas vezes, e eu queria muito que ele estivesse vivo, só para que eu pudesse matá-lo com as minhas próprias mãos.
A raiva me invade quando lembro daquele homem, e tomo a bebida no meu copo de uma única vez, nem sei a quanto tempo estou sentado nesse bar, apenas bebendo e me despedindo dessa vida. Apesar de aceitar as regras, isso não quer dizer que eu concorde com elas e que não lamente deixar tudo isso para trás.
— Mais um—digo batendo o copo sobre o balcão com força, a mulher do outro lado me olha.
— Vamos fechar—ela diz.
— Como vão fechar? Não podem—afirmo rindo.
— Podemos e vamos—ela diz sustentando o meu olhar.
— Você não sabe com quem está falando garota, eu sou um Skravonski—dou uma gargalhada.
— Pouco me importa quem você é, levante o seu traseiro Skravonski dai e dê o fora.
Que mulherzinha petulante, como pode se dirigir assim a mim?
— Adam é melhor nós irmos, a sua mãe já ligou muitas vezes—o meu segurança diz.
— Isso, vai embora, filhinho da mamãe—a mulher diz rindo, enquanto pega o copo na minha frente e eu seguro o seu pulso com força.
— Eu vou, mas eu vou voltar, pode apostar que vou—sorrio de lado, passando a língua sobre os meus lábios, analiso a mulher a minha frente, uma parte dos seus pequenos s***s, á mostra no sutil decote, os seus cabelos escuros presos em um coque, seus lábios convidativos, e o perfume doce que exala dela, p***a sinto o meu p.au endurecer na mesma hora, eu a queria para mim, e eu a teria para mim.
— Me solte—ela me encara, ela era um desafio, e o que ela não sabia era que eu adorava um desafio.
Solto o seu braço, e me afasto caminhando em direção a saída, olho para ela mais uma vez antes de sair, e seus olhos estão fixos em mim, eu a teria nua na minha cama em breve, e duvido que ela pedisse para que eu a soltasse.
[...]
Abro os meus olhos e vejo que estou em casa, em meio aos meus lençóis negros, assim como o meu pai, essa também era a minha cor preferida. Mas ele, pobre homem apaixonado, se rendeu ao branco da minha mãe e hoje vive como ela quer, o amor definitivamente deixava as pessoas malucas, mas mesmo assim eu quero um dia amar alguém como o meu pai ama a minha mãe, quando penso em tudo o que ele foi capaz de fazer por ela, tenho a mais absoluta certeza de que o amor existe de verdade e que ele pode mudar até o mais c***l dos homens.
Puxo o lençol sobre o meu corpo nu, quando a minha mãe entra no quarto sem ao menos bater na porta.
— Privacidade?
— Juízo?
Ela me encara, e pelo seu olhar, e os braços cruzados, eu sei que ela está furiosa.
— Mãe eu só estava em um bar e perdi a hora.
— Adam, você perdeu a hora, a hora de parar com isso, você precisa seguir as regras.
— Você as seguiu? Até onde sei tentou fugir do casamento, eu não quero fugir, só estou curtindo meus últimos momentos.
— Eram outras circunstâncias, você aceitou o seu destino, então comece a viver como deve.
Observo a pequena mulher sair do meu quarto batendo a porta com força.
Bufo e me levanto seguindo para o banheiro, abro o chuveiro e sinto o jato frio sobre a minha pele.
Eu sei dos meus deveres, das minhas responsabilidades e vou cumprir todos, mas do meu jeito.