“O verdadeiro amor nunca se desgasta.
Quanto mais se dá mais se tem.
Por isso nunca se canse de amar,
algum dia você verá os grandes frutos do seu amor
que foi sempre cultivado.”
Antoine de Saint-Exupéry.
Stela
Louise e eu estamos na piscina enquanto Ivan nos observa, sentado em uma espreguiçadeira, perdido em seus pensamentos.
Estava completamente enganada e foi a minha vez de pedir perdão ao meu marido. Ele está acompanhando cada passo da minha gravidez e está me deixando louca com o cuidado excessivo que tem comigo. Para conseguir sair para trabalhar é preciso ameaçar os seguranças e gritar com Dylan praticamente todos os dias, já que ele parece receber ordens somente do Ivan, o que me deixa louca da vida.
— Amor, acho que já está bom de piscina por hoje, o bebê pode ficar resfriado — Ivan diz se levantando da espreguiçadeira e vindo até a beirada da piscina.
Olho para Louise, alegre, brincando com a boia e nadando pela piscina.
Ela ama água, por isso achamos mais seguro ela ter uma professora de natação e o resultado é esse, todo fim de semana passamos horas com ela na piscina.
— Louis está bem, Ivan, deixa a menina ficar mais um tempo na piscina.
— Eu não estou falando da Louise, estou falando do bebê na sua barriga.
Olho para o meu marido sem acreditar na loucura que ele acabou de falar e fico me perguntando se ele é realmente tão inteligente quanto as pessoas falam.
— Ivan, você escutou o que acabou de falar?
— Vamos, Stela, o bebê sente tudo o que você sente e você está com frio.
Eu abro a boca sem acreditar.
— Você está de brincadeira comigo, né, Ivan? É a única explicação.
— Amor, por favor, sai da piscina, você já está aí há um tempão, vai ficar doente e isso não é bom para a sua saúde.
— E se não quiser sair?
— Eu vou até aí e tiro você.
Eu gargalho alto com o que ele diz.
— Então é bom ir trocar de roupa porque não vou sair agora. — Me viro e começo a nadar até onde Louise está.
Ouço o som de alguém caindo dentro da piscina e escuto Louise gargalhar, então quando me viro, vejo que Ivan entrou do jeito que estava.
— Vamos, senhora, Smith, eu vou te pegar.
— O PAPAI VAI PEGAR A MAMÃE — Louise grita feliz da vida em ver o pai dela vindo atrás de mim.
— Ah, mas não vai me pegar mesmo. — Começo a nadar para longe dele.
A piscina é enorme e Louise começa a torcer para que o pai dela me pegue.
— Vamos, papai, pega a mamãe.
Eu já estou quase chegando na outra ponta da piscina quando sinto o meu pé ser puxado e Ivan me segura em seus braços.
— Te peguei, senhora, Smith.
— Você é louco! — digo sorrindo.
Ele me abraça e aperta a minha b***a.
— Eu sou louco sim, mas é por você, meu amor. — Toma meus lábios em um beijo que sei muito bem onde vai nos levar.
— Eca, o papai está beijando a mamãe.
Escutamos Louise falar e acabamos sorrindo.
— Isso, minha filha, continue com esse pensamento. Beijo na boca é nojento, então nunca na sua vida faça isso, minha princesa.
— Ivan... — Bato no braço dele.
— O que foi, amor? Estou concordando com o que ela acha.
— Vai sonhando que ela nunca vai fazer isso.
— Stela, amor, não fala isso, olha o meu coração.
— Que coração o quê, Ivan?
— O meu coração, amor. Conversei com o Andrew e ele me explicou o que sentiu quando quase infartou. Eu sinto a mesma coisa só de pensar na minha filhinha crescendo e... Eu não vou nem pensar nisso, o meu coração, amor... Olha. — Ele pega a minha mão e coloca em cima do seu peito.
— Está batendo normalmente, não tem nada estranho.
— É porque o seu toque o acalma.
Eu acabo sorrindo.
— Você é péssimo flertando, meu amor.
Ele sorri e beija a minha mão.
— Eu adoro o seu sorriso e sei que ama quando flerto com você.
Eu o puxo e o abraço, passando as mãos em volta do seu pescoço.
— Eu te amo, e obrigada por cuidar de mim. Eu só tenho você e os nossos filhos nessa vida.
— Isso é o suficiente para você ser feliz e sei que de onde os seus pais e seus avós estiverem, estarão satisfeitos com a sua felicidade. Fiz uma promessa ao seu avô em seu leito de morte e vou cumpri-la até o fim dos meus dias.
Ivan me beija novamente e agradeço a Deus pelo marido maravilhoso que tenho.