Eduarda
Ana: - Não faça essa cara! - ouvi a mesma frase pela décima vez. - Você está maravilhosa!
Duda: - Não é esse o problema, isso não é hora de ir pra rua Ana ... Que tipo de festa é essa?
Ana: - Já disse que é de uma amiga que lançaram uma linha de roupas femininas e você vai adorá-la, vamos logo, além do mais você não trabalha hoje!
Não preciso nem dizer que ela me venceu pelo cansaço não é.
Seguimos para um hotel luxuoso onde estava sendo realizada uma festa de comemoração pelo sucesso da nova marca.
[...]
Depois de encontrar Lorenzo, e dar uns amassos no banheiro encontrei uma Ana desesperada.
Duda: - Quem morreu? - perguntei irritada por ter sido interrompida em um momento tão quente.
Ana: - Achei que você tinha morrido, afinal de contas sumiu junto com o louco do Lorenzo, já que está bem vamos dançar tem vários gatinhos na pista.
Duda: - Acho que não. - afirmei e olhei para o banheiro, no momento em que Lorenzo saiu.
Ana: - Sabe, para quem é tão discreta vocês não estão sendo nada sutis.
Duda: - Não sei do que você está falando. - afirmei cínica.
Ana: - Não venha bancar a tonta comigo Maria Eduarda, vi ele te arrastando para o banheiro. - ela paralou abruptamente quando chegamos a pista de dança. - Mas, falamos sobre isso amanhã.
Começamos a dançar ao som de Katy Perry, sempre amei suas músicas, me deixei levar pelo ritmo, depois de algum tempo Ana começou a dançar com um moreno de olhos verdes e eu continuei dançando sozinha, mas não por muito tempo, um cara muito gato começou a dançar na minha frente, e caramba, já disse a vocês o quanto os homens são lindos nesse país?
...: - Uma mulher tão linda dançando sozinha. - disse se aproximando para que eu pudesse ouvir seu francês charmoso sobre a música alta.
Duda: - Não estou sozinha, estou com minha amiga. - procurei Ana pela pista, mas nem sinal ... v***a! Me tirou de minha sessão amassos e agora foi pra algum canto de agarrar com um estranho.
...: - Não encontrou quem procurava?
Duda: - Minha amiga, deve estar dançando por aí. - disse como quem não ligava.
Darlan: - Sou Darlan, que tal uma bebida?
Duda: - Claro, sou Eduarda. - seguimos até o bar, onde encontramos Lorenzo, Anthony, a irmã e mais umas meninas, mas o que me chamou atenção foi a garota praticamente sentada no colo dele, ignorei e nos sentamos em bancos afastados do grupo.
Darlan: - E então, é turista?
Duda: - Sim, estou aqui a trabalho. - afirmei tomando um copo da água que o garçom trouxe.
Darlan: - Brasileira? - perguntou com um sorriso fofo.
Duda: - Sim, Capixaba. - disse com orgulho.
Darlan: - Adoraria conhecer o lugar onde nasceu tamanha beleza. - disse me deixando nervosa e envergonhada.
Duda: - Sou suspeita para falar, meu estado é um dos mais lindo do Brasil, garanto que ficaria encantado.
Darlan: - Isso foi um convite? - perguntou arqueando a sombrancelha.
Duda: - Não convido estranhos para meu lar... - respondi fazendo nós dois rir.
Enzo: - O papo parece estar muito bom! - chegou colocando as mãos em meus ombros.
Darlan: - Lorenzo, a quanto tempo amigo! - eles trocaram um aperto de mão.
Era o que faltava, eles se conhecem.
Enzo: - Bastante tempo, você tem andado sumido. - balancei o corpo tentando me livrar de suas mãos que estavam novamente em meus ombros, mas é claro que foi em vão.
Darlan: - Onde estão meus modos, deixe-me apresentar minha linda convidada a você... - disse todo simpático.
Enzo: - Não será necessário. - respondeu mais gelado que um iceberg.
Darlan: - Já se conhecem? - perguntou olhando as mãos de Enzo em mim.
Duda: - Infelizmente sim. - disse morrendo de vergonha do comportamento hostil dele e o desgraçado apertou meus ombros.
Enzo: - Não ligue para esse jeito dela, na verdade ela tem uma certa dificuldade em assumir nosso amor, não é Duda. - disse e piscou para mim.
Duda: - Acho que estão te chamando Enzo. - tentei nos livrar dessa situação constrangedora.
Enzo: - Não, não estão. E eu preciso dizer que...
Darlan: - Estão te chamando sim, olhe. - disse indicando a loira que caminhava em nossa direção com os olhos cravados em Lorenzo.
Megan: - Aí está você Enzo! Não me ouviu chamá-lo? - percebi que era a mesma modelo da agência, e mais uma vez me olhou de nariz empinado. - Que tal irmos dançar. - disse puxando o braço dele que continuava com as mãos em meus ombros.
Enzo: - Já avisei para não me chamar assim, como já disse, tenho namorada. - disse um tanto quando rude. - Duda e eu estamos de saída.
Duda: - Estamos? - perguntei surpresa.
Darlan: - Estão? - perguntou tanto quanto ou mais surpreso que eu.
Megan: - Não tinha visto ela aí. - falou com desprezo.
Duda: - Ela tem nome, não que isso seja da sua conta. - respondi de queixo erguido. - E vamos deixar claro que enxerguei esse seu batom de p**a oferecida de longe, não tenho culpa de não estar parecendo uma árvore de Natal assim como você. - disse irritada e ficando de pé.
Megan: - Quem você pensa que é para falar assim comigo? - perguntou com sua voz de gralha.
Duda: - A mulher que vai quebrar sua cara se não sair daqui agora.
Megan: - Como pode preferir essa roceira favelada ao invés de mim! - e assim eu perdi as estribeiras e lhe acertei uma bofetada na cara rebocada de maquiagem.
Todos nos olharam espantados.
Duda: - Não fale das minhas origens sua barbie falsificada e isso é só o começo do que vou fazer se chegar perto de mim com essa voz de p**a-p*u novamente! - peguei minha bolsa na mesa. - Com licença Darlan, vamos sair daqui Enzo. - segurei sua mão e sai rebolando.
[...]
Enzo: - Queria ter filmado aquilo . - disse sorrindo. - Você fica ainda mais sexy quando está com ciúmes mulher.
Duda: - Isso não tem graça, é capaz dessa confusão estar estampada na capa de várias revistas amanhã, e como matéria principal!
Enzo: - Isso seria ótimo, todos iriam saber como você defendeu seu homem com unhas e dentes. - disse orgulhoso me fazendo rir.
Duda: - Você não é meu homem...
Enzo: - E de quem é a culpa disso?
Duda: - Você é um i****a!
Emzo: - i****a pelo qual você está se apaixonando.
Não tinha o que responder, isso não era tema para discussão, e é óbvio que não estava apaixonada por ele, então fomos o resto do caminho em silêncio, vi com o canto do olho que ele tinha um sorriso b***a estampado na cara, minha mão coçou de vontade de arrancar ele aos tapas. Ele passou na frente da minha casa e seguiu para a sua, estacionandol o carro na garagem.
Duda: - Obrigado pela carona. - agradeci saindo do carro. - E não me faça bater em mais ninguém Enzo!
Enzo: - Venha, vamos tomar algo e conversar um pouco, depois daquele t**a você merece um prêmio.
Duda: - Já está quase amanhecendo....
Enzo: - Qual o problema com isso, o encanto acaba ao amanhecer?
Duda: - Não acho que isso seja uma boa ideia... - e eu não sabia se resistiria, completo mentalmente.
Enzo: - Qual é Maria Eduarda, está com medo de mim?
Duda: - Mas é claro que não...
De repente seus braços envolvem minha cintura e nossas bocas se tornam apenas uma, o beijo é voraz, cheio de desejo. Passo as mãos por suas costas e o arranho, ele segura minha b***a e me puxa para cima, em um gesto automático enlaço as pernas em sua cintura, ele me coloca sentada no carro tira minha blusa rapidamente, a saia sai logo depois, em um instante estou apenas de calcinha deitada no capô de sua SUV... Ele começa a tirar sua roupa lentamente, enquanto me come com os olhos, primeiro a camisa, depois o cinto...
Enzo: - Eduarda? - chamou sacudindo os dedos na frente do meu rosto. - Você está bem? - sai do transe.
Duda: - Sim, só estou um pouco cansada. - dei uma desculpa esfarrapada.
Não acredito que fantasiei com ele, isso realmente aconteceu? Oh céus que vergonha!
Enzo: - Você está vermelha, vamos entrar logo para você sentar. - ele saiu me puxando pela mão.
Entramos na casa e não tive tempo de ver nada, ele me puxou e ficamos encostados na parede.
Enzo: - Fantasie muitas vezes com esse momento, ter você na minha casa! - confessou pouco antes de reivindicar minha boca, sinto seu gosto e tenho certeza que isso não é mais uma fantasia!