Eu fiquei no quarto, em meio aquela bagunça terrível, só não maior que a bagunça do meu coração, a bagunça que estava no meu corpo após toda aquela violência, eu só sabia chorar, o ódio me esforçava na minha garganta, me dava a sensação imunda de que eu não valia absolutamente nada. A humilhação estava me machucando mais do que as dores pelo corpo, marcado pela violência do Nando. Eu só conseguia ouvir os gritos na sala - O que tu tá fazendo aqui ainda rapaz? Mete o pé c*****o! Tá com pena da cadelinha? Tá com o olho cheio de lágrima por que ladrão? - Eu não tô com dó de ninguém não p***a, eu to de boas! – disse Felipe com a voz mais embargada – vô mete o pé já que o patrão não precisa mais de nada de mim e tá suave - Espera aí Felipe, fica aqui, não quero ter que ficar de babá d