NO VOO

1089 Words
CAROLINE MATHIAS Me ajeito desconfortável na poltrona do avião, seria minha primeira viagem de avião, estou nervosa demais, acho que estou até suando, se eu morrer hoje, o que deixarei, uma mãe que me obriga a conhecer um pai que pra mim estava morto, uma vida sem muitas aventuras, um ex namorado traidor, uma faculdade que tranquei por falta de dinheiro, e isso era a minha vida, não é lá essas coisas, mas não quero deixar tudo por causa de uma morte em um avião. — Com licença. — um homem se senta ao meu lado, p**a que pariu era lindo, e eu quase me borrando de medo. Um avião, um homem que parecia um Deus gostoso, nem posso me fingir de gostosa, pois estou suando feito uma porca, devo até estar fedendo. Que vergonha de mim mesmo. Quando a aeromoça anunciou a decolagem, me tremi inteira, o avião deu uma espécie de sacudida. — Ai, p***a! — quase gritei abrindo meus braços com tudo e me agarrei no que minhas mão encontrou. Arregalei os olhos ao sentir que agarrei em algo estranho, olho para o homem ao meu lado e sigo o olhar incrédulo dele. — Ai, p***a! — falei de novo ao notar que eu agarrei no p*u do homem. — Vejo que gosta muito dessa palavra. — ele diz num tom divertido, o avião sacode de novo. — Não quero morrer. — falo fechando os olhos e apertando mais o que seguro. Uma mão o braço da poltrona, outra, o p*u da homem. — Uou, garota, vai devagar aí, que isso é importante pra mim. — ele fala, retiro a mão do p*u dele imediatamente. Não sei se eu chorava pelo medo, ou pela vergonha de pegar num pênis de um desconhecido. Que constrangedor, ainda mais por eu estar olhando, para o tal, e pra mim aquilo está duro, ou o cara é um tripé. Penso desviando o olhar imediatamente, coloco minhas mãos no rosto. Preciso de ar, ou morrer aqui. — Respira fundo, respira pausadamente, pode ajudar. — ele diz, continuo com minhas mãos no rosto. Mas respiro fundo pausadamente. — Nunca entrei num avião. — falo e o som da minha voz sai, abafado por minhas mãos. — Percebi, sou Adam Smith, fica calma srta. — o homem abaixou as minhas mãos — Você é de onde? — De São Paulo mesmo, vou para o Rio de Janeiro, por alguns dias apenas. — falo ainda em pânico. — Sou do Rio, mas viajo muito a negócios, então costumo dizer que sou do mundo. — ele fala, e eu sorrio — Você estuda, trabalha? — Estudava, fazia faculdade de artes, mas tranquei, não trabalho no momento, mas preciso urgente, se quiser me dar um emprego eu aceito. — falo ainda rezando pra não morrer. — Talvez eu tenha um emprego pra você, já somos íntimos, já que quase esmagou meu p*u. — ele falou rindo. Nem fico constrangida mais, fiz isso mesmo, que loucura, penso soltando meu cinto, preciso ir no banheiro lavar meu rosto. — Saiba que se tiver um emprego pra mim, está salvando minha vida, sr. Smith. — falo tentando passar por ele, o avião sacode de novo e acabo caindo em seu colo. — Acho que está afim mesmo do meu p*u hoje, srta. — ele diz, enquanto sinto aquela coisa dura na minha b***a. — Meu Deus, você está duro num avião lotado, ou é só o kid bengala mesmo? — pergunto sem saber porque falei aquilo, o homem sorri, mostra do os dentes perfeitos num branco reluzente, a barba cerrada era um destaque a aquele sorriso lindo e sedutor. — Quer descobrir? — ele fala malicioso. — Eu não, se orienta homem, querendo se aproveitar de alguém que está em pânico? — falo e ele ri, levantando as mãos. — Nem sequer toquei em você, a única que tocou e sentou no meu p*u, foi você. Então me toco que estou no colo do homem ainda, e bem em cima do dito cujo mesmo. Olho ao redor, apesar de não ter muitas pessoas no avião, me sinto incomodada com aquilo. — E pelo jeito está gostando. — me levanto quando ele se move, expondo mais sua ereção, me fazendo sentir quase tudo. — O senhor é muito safado. — falo ao me levantar, olho para aquele homem, pele levemente bronzeada, uma barba cerrada, bem desenhada em seu rosto ângulos, olhos castanhos, levemente estreitos, nariz comprido e reto, combina com seu rosto grande, lábios finos mas bem chamativos, um terno que lhe caia muito bem, era cinza claro, com certeza deveria ser mais caro, que a passagem cara do voo que meu pai desconhecido pagou, seu olhar para mim era de diversão, mas seu sorriso era pura malícia. — Eu? Nem movi um músculo até agora, é a senhorita, quem está me atacando. — o avião sacode mais uma vez. — Meu Deus! — falo agarrando nas poltronas. — Calma senhorita, é normal devido ao tempo, está chovendo muito, nada vai acontecer. — ele diz Vou até a cabine do banheiro do avião, me sento na privada, porque raios tenho que andar em uma lata voadora, que pode cair e matar todo mundo, só para conhecer alguém que nem faz falta em minha vida, estava bem na minha casa, com minha mãe, meus cachorros, meus gatos, sim, eu amo animais, já levei um monte para casa, deixando minha mãe maluca. Fico ali rezando, pelo menos eu acho que estou, nunca fiz isso antes, agora tenho que aprender na marra, vai que morro, e se eu for para o céu, vão me jogar na cara, que nunca nem tentei rezar. Céus, estou ficando maluca, ou é só o medo me consumindo mesmo. — Senhorita,precisa voltar para sua poltrona. — ouço batidas na porta e uma voz feminina. Não consigo me mexer, até quero sair, mas meu corpo travou de verdade. Não consigo sair. — Senhorita, por favor. Tento falar mas nem a minha voz sai, estou suando, travada, e num banheiro minúsculo. — É o primeiro voo dela. — ouço a voz daquele homem que agarrei em seu p*u — Me dá um minuto, vou falar com ela. A porta da cabine se abre, levo um susto, não tranquei essa merda, o homem é tão grande, que quase me esmaga ao entrar, como ele cabe aqui? Impossível, o cara deve ter uns dois metros de altura, não me considero baixa, com meus um metro e setenta, mas perto dele, me sinto.
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