ME DEIXANDO CONFUSA

1071 Words
CAROLINE MATHIAS Assim que sai da sala de Adam vou até a sala do meu pai, ainda estou furiosa e frustrada, Adam era um covarde. Porque negar isso, que estamos sentindo, não quero casamento que ele saia gritando aos quatro cantos que somos um casal, só quero saber e curtir essa sensação que temos um com o outro. Nunca senti isso por ninguém, e estou adorando a forma que meu corpo reage a ele, o calor que sinto toda vez que estou perto dele, me deixa tão extasiada, quanto confusa, só queria deixar rolar, mas pelo visto o covarde, não vai deixar acontecer. Mesmo com minhas investidas e provocações, eu sempre fui assim, se me sentia atraída ou gostava de um garoto, não media esforços para ter, com meu ex traidor foi assim. O conheci na universidade, achei ele lindo, fiquei impressionada interessada, comecei a deixar claro meu interesse a ele, começamos a sair, e acabei o pedindo em namoro, tínhamos muitas coisas em comum, apesar de o sexo não ser nada se comparado ao que sinto pelo Adam, isso porque nem transamos. Com Léo, meu ex, não era r**m, só não era esse vulcão com Adam, ele tinha muitas restrições comigo, tinha nojo de muitas coisas, sempre respeitei seus limites, o que não vem ao caso, não quero comparar ao Adam, pois não tem comparação, o fogo que sinto com Adam, é inexplicável. Mas aquele i****a está com medo do meu pai, entendo são amigos, desde a era jurássica, mas eu nem ao menos sabia da existência do meu pai a uns meses atrás, o conheço pessoalmente a apenas uns dias, não tem motivos pra tanto drama. — Ei, filha. — meu pai me saúda feliz assim que entro em sua sala. — Oi. Comprimento suavemente, ele sorri me indicando a cadeira, venho aqui todos os dias, ele está me ensinando tudo sobre a companhia aérea, confesso que venho mais para ver e provocar Adam, mas gosto de como funciona a tudo aqui, é fascinante e complexo, não ter que lidar apenas com aviões como imaginei, tem todo um processo, até colocar um avião no ar, estar sempre atento ao tráfego aéreo, licenças e horários a risca, planilha de voo, era bem interessante tudo. — Meu computador apagou, não sei o que houve, o técnico está pra vir. Então ao invés de te mostrar as funções aéreas hoje, vou te mostrar o escritório, vamos fazer um tour. — Está bem, por mim tudo bem. — Só vou ter uma reunião com os funcionários daqui a pouco, e já iremos ao tour, a reunião é rápida. — meu pai diz — Vai sair com o Samuel e a Lua hoje, o Adam permitiu, já o viu? — Vi ele agora a pouco, sim ele deixou, vamos ao parque aquático. — Que bacana, Samuel é um ótimo rapaz, fico feliz que se entendam. Meu pai fala feliz, ele parece querer me empurrar para Samuel de qualquer maneira, gosto do Samuel, ele é gentil, educado a conversa é sempre animada, só tem um problema. Ele não é o seu tio, ele não é Adam Smith, e só quero aquele quase quarentão covarde. Penso sorrindo e conversando amenidades com meu pai, quando da o horário da reunião, ele me convida a vir junto, assim que entramos na sala, Adam já olha pra mim, ele esta sentado na ponta da mesa, com seu ar imponente. Ele sabe se destacar naturalmente, também não é difícil pra ele, com essa altura toda, seu porte forte, mas não extremamente musculoso, seus belos ternos e algumas tatuagens a mostra, e sua expressão seria de quem vai matar um a cada segundo, era difícil não notar, até seu porte austero e com ar de superior aos demais, era um charme difícil de ignorar. Meu pai me apresenta com orgulho, pela milésima vez aos funcionários. — Não me odeiem por ele me apresentar a vocês a cada segundo, odeiem ele. — brinco quando meu pai não para de falar de mim, as risadas saem tímidas, algumas pessoas olham assustadas para Adam, que se mantém sério. Desde que comecei a vir aqui, ouço que ele é um chefe exigente, as pessoas o respeitavam na mesma medida que tinham medo dele. A reunião é iniciada, me sento ao lado de Samuel, bem perto de Adam, meu pai inicia a reunião, ele ao contrário de Adam, era só sorrisos e alegria ao tratar com os funcionários, era nítido como as pessoas se sentiam mais confortável com ele do que com Adam. — Estou ansiosa para o nosso passeio. — falo próxima ao ouvido de Samuel, falo baixo para não atrapalhar meu pai, e tenho certeza que ouvi um rosnar raivoso de Adam, quando fiz isso. — Eu também. — ele responde. — Senão está interessado na reunião, pode sair imediatamente, Samuel. — Adam fala alto e rudemente a Samuel, que fica constrangido com isso, meu pai até para de falar e o silêncio na sala e geral. — Desculpa tio, vou prestar atenção. — Samuel diz visivelmente envergonhado, olho para Adam que me encara com expressão bem dura em sua face. Porque está sendo tão i****a com Samuel, senão me quer, porque fazer isso com ele, só pode estar com ciúmes, esse i****a me deixa confusa. Adam sem nada dizer se inclina até mim, e puxa meu vestido para baixo de forma bruta. — Mantenha essas pernas bem fechadas, está sem calcinha, tentação — ele fala num sussurro quase inaudível ao meu ouvido — Não mostre o que é meu a ninguém. — Seu? — repito com ironia, abro as minhas pernas e elas são fechadas por Adam imediatamente, num movimento brusco, fazendo um barulho alto ao se chocarem uma na outra, novamente chamando a atenção pra nós. Adam ajeita seu corpo em sua cadeira. — Desculpa Ronnie, minha sandália soltou e o tio, me ajudou a arrumar, bati a perna na mesa, não vou mais atrapalhar. Falo meu pai apenas acena com a cabeça, e continua, Adam ainda está com sua carranca estampada. A reunião foi rápida, quando acabou voltei a conversar com Samuel, agora estamos parados perto da porta de vidro da sala de reunião, conversando sobre o passeio. — Aqui não é intervalo escolar. E você tem horário, Samuel, já você, garota, não tem nada haver com a empresa, quer parar de distrair meus funcionários. — Adam para ao nosso lado.
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