Capítulo 2 - Alice

873 Words
Sinto meu corpo todo quente, é como se eu estivesse em chamas. Não consigo desviar meus olhos desse homem, Dios, que homem! Lindo e cheiroso, a combinação perfeita. — Posso te dar uma foto — Ele fala quebrando o silêncio que se instalou entre nós. — Foto? Que foto? — Não faço ideia do que ele esteja falando agora. — Uma foto minha, posso emoldurar e mandar para você já que gostou tanto. — Quem disse que gostei? Que homem mais metido. — Eu estou dizendo criança. — Eu não sou criança e você já pode me soltar. — Você tem razão. — Que eu não sou criança? Claro que tenho razão! — Não falei que tem razão sobre isso e sim que eu já posso te soltar — Responde com um sorriso lindo no rosto e me solta — Da próxima vez presta mais atenção por onde anda, pode cair e se machucar. Tenho quase certeza que estou babando por esse homem que tem esse sorriso lindo no rosto e vestido com esse terno feito sob medida para esse corpo maravilhoso, porque ele tem que ser tão bonito assim? — Toma — Ele me entrega um lenço. — Pra que isso? — Limpar a baba que está escorrendo no canto da sua boca. Que raiva desse homem. O que tem de bonito, tem de babaca. — Você é um metido seu arrogante — Me viro para sair dali o mais rápido possível. — Calma criança, não precisa ficar tão nervosa. Finjo que nem estou ouvindo o que esse Deus grego está dizendo. Aperto o botão do elevador com toda força possível. — Desse jeito você vai quebrá-lo — Ele está atrás de mim, mas me recuso virar para olhá-lo.  — Você está me seguindo por qual motivo? — Pergunto irritada. — Eu não estou te seguindo, estou apenas esperando para usar o elevador, assim como você — Para ao meu lado e olho para ele de canto de olho. Ele fica com esse maldito sorriso no rosto o tempo todo, que raiva. Porque ele me afeta tanto? — Era só o que me faltava — Resmungo. Deixo essa história de elevador para lá, não quero ficar trancada em um espaço tão pequeno com esse homem arrogante, tenho certeza que isso não seria saudável para minha mente. — Te afeto tanto assim que você não pode dividir o elevador comigo? — Quem disse que você me afeta? — Paro de andar e encaro ele. — Você ia pegar o elevador e porque eu vou pegar você desistiu, acho que já tem sua resposta — Dar de ombros. Que raiva! Ele tem razão, ele me afeta muito, mas é claro que não deixarei transparecer. — Você não me afeta. — Claro que não — Sorri de lado — Então não temos problemas em dividir o elevador, você não acha? — Ele entra e segura a porta para que eu entre. Vamos lá Alice, ele é só um cara qualquer, um babaca, não tem porque você ficar assim. Entro no elevador e assim que as portas se fecham me arrependo amargamente. O perfume dele toma conta de todo o lugar e eu fecho meus olhos apreciando esse cheiro maravilhoso. — Imperial Majesty. Olho para ele sem entender do que está falando. — O nome do perfume. — Que legal. Ele sabe ler pensamentos? Está tão nítido assim meu encantamento por ele? Claro que está, todas as mulheres devem se jogar aos pés desse homem, ele com toda certeza já está acostumado com isso. — Como é seu nome? — Pra que você quer saber? — Calma criança, estou apenas tendo uma conversa civilizada com você. — Para de me chamar de criança. — Então me diga seu nome. — Qual o seu nome? — Devolvo a pergunta. — Sabia que é feio devolver uma pergunta com outra pergunta? — Não papai, não sabia — Respondo com ironia. — Não acredito que tenho idade o suficiente para ser seu pai, ainda bem. — Ainda bem, porque? — Esse papel não combina com nós dois. — E qual papel combina com a gente? — O que você acha? Acho que seu sorriso é incrível, claro que não digo isso em voz alta. — Sabia que é feio devolver uma pergunta com outra pergunta? — Uso a fala dele contra ele mesmo. — 1X0 para você criança — Responde rindo. Eu me preparo para responder ele, que raiva, ele fica me chamando de criança toda hora, mas antes que eu possa falar alguma coisa o elevador para no meu andar. — Tchau senhor arrogante. — Tchau criança. Saio do elevador e antes que as portas se fechem eu me viro. — Meu nome é Alice. Vejo ele sorrir e então o elevador de fecha. Respiro, parece que estava sufoca e só agora consigo respirar aliviada. O cheiro desse homem ficou impregnado em mim. Acho que eu queria que o elevador tivesse demorado um pouquinho mais. Por Dios Alice, para de doideira, você acabou de conhecer esse homem e você nem sabe o nome dele, não fica inventando coisas nessa cabeça. Entro no quarto e Romeu ainda não chegou, pelo menos a noite vai ser proveitosa para alguém.
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