✔ 7. Começando a trabalhar

1247 Words
✔ 7. Começando a trabalhar: O domingo foi entediante para Enrico, que acordou por volta das dez horas da manhã, sem ânimo para nada. Sofria por antecipação, pensando na segunda-feira. Quando saiu do quarto já era hora do almoço. Almoçou sozinho, pois seus pais tinham ido almoçar com sua tia e passariam o dia na casa dela. Passou a tarde na piscina, tentando relaxar. Vez ou outra se pegava pensando em como fugir das imposições dos pais. Por um momento acabou sorrindo ao lembrar da alegria da sua mãe em ter netos. Como ela poderia ficar feliz com netos, se nem ao menos existia uma nora para engravidar? Para completar a situação, ele não tinha pretensão alguma de casar. Não entendia, porém, ver a mãe feliz o fazia bem. Mesmo a situação sendo caótica para ele Não acreditava que poderia amar. No final do dia, subiu para o quarto. Tomou banho, vestiu uma bermuda na cor preta, uma camisa branca. Por volta de oito horas da noite, Anna bateu na porta do quarto, o chamando para jantar. Os pais ligaram avisando que só retornariam para casa após o jantar. Jantariam na casa da irmã de Massimiliano. Como no almoço, também jantou sozinho. Durante o jantar resolveu ir até um barzinho, sair para ver gente, distrair um pouquinho. Quem sabe encontrar alguma mulher disposta a alguns minutos de sexo fácil, sem compromisso. Após o jantar retornou ao quarto, trocou a bermuda por uma calça jeans escura, calçou um tênis, pegou as chaves do seu carro. Possuía uma BMW M235i, na cor branca, com bancos de couro bege, vidros escuros. Quando chegou ao barzinho que estava acostumado a frequentar, seguiu direto para o balcão. Sentou-se em um dos bancos altos que ficavam em frente. Logo fez o seu pedido: uma dose de whisky. Deu uma observada no local. O lugar era agradável para se estar em uma noite de domingo. Música ao vivo, voz e violão, as pessoas não precisam gritar para poderem conversar. Um bom lugar para levar uma boa companhia. Tinha consciência que não poderia ultrapassar os limites na bebida como fez em outras vezes, em que esteve ali. Pedia a sua segunda dose de whisky, quando uma mulher morena se aproximou. _ O que um homem tão bonito faz em um barzinho sozinho? Enrico percorreu com os olhos o corpo da bela mulher na sua frente, pensou que poderiam aproveitar um pouquinho. Decidiu não responder à mulher para ver se ela estava a fim de algo mais. Apenas sorriu. Com o seu sorriso cafajeste. _ Deixa que eu adivinho. Brigou com a namorada e veio buscar consolo. Estou certa? Fez que não com um movimento de cabeça. Pelas falas, o modo como o olhava, os gestos. Entendeu. Ela estava afim. Com poucos minutos de conversa, pagou a conta, foram para o estacionamento do bar. O seu carro estava estacionado um pouco mais afastado da entrada. E ali mesmo no estacionamento do barzinho, ele matou o seu desejo s****l em uma transa rápida. Tinha consciência que não poderia curtir a noite como gostava, teria de acordar cedo para o seu primeiro dia de trabalho. Não fugiria. Não queria que tudo o que o seu pai trabalhou tanto para construir fosse parar nas mãos do primo. Era amigo do primo, não tinha nada contra Valentim, mas achava injusto. Como mais cedo ou mais tarde ele teria de assumir os negócios da família, era melhor não fugir da responsabilidade. Quanto ao casamento que os pais desejavam, tinha esperança que esquecessem, pois afinal ninguém se casa assim de uma hora para outra. Muito menos sem ter uma namorada, como era o seu caso. Na segunda, as seis horas e trinta minutos, o som do despertador do celular soou pelo quarto. Sentiu vontade de arremessar o aparelho na parede, acabar com aquele barulho infernal. Juntamente com o som do despertador, a porta do quarto se abre. A sua mãe entra sorridente, indo abrir as cortinas, para a luz do sol entrar. Com a claridade, enfiou a cara no travesseiro. Um verdadeiro pesadelo acordar naquele horário, mesmo indo dormir antes da meia-noite na noite passada. _ Bom dia, meu filho! _ Não sei o que tem de bom, mas mesmo assim bom dia. Respondeu m*l-humorado. A sua mãe puxou o seu edredom. Repreendeu Enrico, pela mania de dormir somente de cueca. _ Meu filho, você precisa parar com essa mania de dormir praticamente sem roupas, uma hora irá passar por um constrangimento. Enrico apenas riu. _ Agora levante, tome um banho, se vista adequadamente para o seu primeiro dia de trabalho. Esperamos que você não nos decepcione. Mostre que não falhamos na sua educação, que te preparamos bem para conduzir a construtora. Ainda falando, caminhou em direção à porta do quarto. Enrico já estava sentado na cama, com os pés no macio tapete que compunha a decoração. Antes de sair, Sílvia completou: _ E não menos importante que assumir os negócios da família, não se esqueça, também está incumbido de encontrar uma boa mulher para ser sua esposa, mãe dos seus filhos. Levantou-se imediatamente, não teve tempo de responder. Sílvia saiu rápido, fechando a porta. Foi para o banheiro, apoiou as duas mãos na bancada da pia, olhou sua imagem refletida no espelho. Disse a si mesmo: _ Força, cara, você consegue. Não é nenhum fracote. Pegou seu aparelho de barbear, fez a barba, em seguida tomando um bom banho. Escolheu um terno, camisa branca. Optou por não usar gravata. Uma gravata apenas aumentaria sua sensação de falta de ar ao apertar seu pescoço. Escolheu um sapato social na cor preta. Estava pronto. ... Na mesa do café, seus pais estavam radiantes. Enquanto ele m*l conseguiu tomar uma xícara de café sem açúcar, e com muita insistência da sua mãe, comer uma fatia de bolo de laranja, o seu favorito. Quando chegou a empresa, Massimiliano fez questão de lhe mostrar tudo e apresentar todos os funcionários. De início ele ficaria no setor de finanças, o seu pai o supervisionaria de longe, queria dar a ele um pouco de autonomia. Pilhas de papéis lhe foram apresentadas, inúmeras planilhas para serem analisadas. Como era um homem inteligente, em poucos dias aprendeu tudo sobre o departamento financeiro. Encontrou alguns erros, deu novas ideias, fez mudanças. Com o passar das semanas os resultados do seu trabalho já era visível, já se aventurava por outros departamentos, tinha pego gosto pelo trabalho, já não reclamava tanto por acordar cedo, vez ou outra se atrasava, sendo repreendido pelo pai. Massimiliano de fato não estava bravo com o filho, estava feliz com o homem de negócios que ele estava se tornando, extremamente competente. Ele se atrasava, por ainda curtir algumas noites, só que agora, mais controlado, não chegava tão tarde em casa. Usava o seu apartamento somente aos finais de semana. A única coisa que incomodava os pais ainda era o fato de Enrico, ainda não ter apresentado nenhuma namorada a família. Acreditavam que seis meses era tempo suficiente para ele conhecer alguém. Não falam praticamente nada, mas para eles os atrasos na empresa acabariam quando ele estivesse finalmente comprometido, em um relacionamento e não cada dia com uma mulher diferente. Enrico acreditava que os pais estavam satisfeitos com a sua mudança e tinham esquecido da história de casamento. Um engano. Estava bem próximo de receber um ultimato dos pais. Não era suficiente os bons resultados na empresa e a competência que mostrou ter para assumir os negócios da família.
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