✔ 6. O mesmo pedido

641 Words
✔ 6. O mesmo pedido: Na casa da família Oliviatto, a preocupação com a neta já estava presente, por estar demorando mais que o normal para um passeio ao shopping, para tomar sorvete e comprar maquiagens. Para avós extremamente cuidadosos, qualquer atraso era sinônimo de preocupação. Quando Chiara quis trabalhar quase enlouqueceram. Não achavam apropriado a neta passar tanto tempo fora de casa, trabalhar durante o dia e ainda frequentar as aulas do curso de maquiagem a noite. Depois de muita insistência, mesmo a contra a gosto, acabaram por ceder ao desejo da neta. A queriam ver feliz. Chiara voltou de ônibus, o ponto ficava próximo à esquina da rua de sua casa. Quando virou a esquina de longe, avistou os avós na varanda a esperando. Imaginou que já estavam preocupados com a sua demora em voltar para casa. Rapidamente pensou em uma desculpa. E sem pressa foi caminhando pela calçada. Moravam em uma rua tranquila, de calçamento de pedras. As casas construídas em estilo sobrados, com muros baixos. Algumas possuíam um pequeno jardim na frente como a casa em que morava. Gostava de cuidar das plantas do pequeno jardim. O canteiro de margaridas era o seu favorito, não possuía muitas variedades de flores, mas ela gostava do contato com a terra. Seu avô mantinha a grama sempre baixa. _ Chiara, minha filha, como você demorou. Estávamos preocupados. Aconteceu alguma coisa? Perguntou a avó preocupada. _ Não aconteceu nada. Só me distraí olhando os produtos de maquiagem e não vi a hora passar. _ Você e suas maquiagens. _ Já estava quase indo atrás de você. Neste momento Chiara apenas sorriu, deu um beijo em cada um dos avós. _ Agora vamos entrar, enquanto você toma um banho, eu preparo a mesa para o jantar. Ela não contou nenhuma mentira, sempre ficava horas olhando as novidades relacionadas a produtos de maquiagem, mas omitiu o fato de também de ter ido a um encontro amoroso. Após o jantar guardou os produtos que comprou. Colocou um pijama composto por um shortinho e uma blusinha na cor azul-claro. E antes de se deitar chegou à janela do quarto para admirar a noite. Adorava olhar o céu, as estrelas, a lua. Era noite de lua cheia. Ficava sempre encantada quando a via, sempre com a sensação que a estava vendo pela primeira vez. Imponente clareando a noite, rodeada por estrelas Quando viu uma estrela-cadente cortar o céu, poderia ser uma besteira, uma tolice, mas imediatamente fez um pedido. _ Desejo construir uma família, assim como meus pais e meus avós, repleta de muito amor e união. Que nenhuma adversidade da vida nos impeça de ser feliz. Pediu com fé. Fez este pedido, pois sempre que olhava para o céu pensava em seus pais. Desejava ter um relacionamento como era o deles. As lembranças que tinha dos dois era de um casal que se amava e se respeitava acima de tudo. Eles foram felizes juntos, não viveriam bem, um sem o outro. Se completavam. Imaginou que poderia ser assim com Renato também. Do outro lado da cidade, Enrico, tomava seu whiskey, também estava admirando a noite. Pensando em sua vida, nos últimos acontecimentos, em como tudo estava mudando, sem ele ter controle algum. De repente viu a bela estrela-cadente cortar o céu, lembrou-se de quando criança, sua avó o ensinara a fazer um desejo todas às vezes que visse uma. Por instinto fez. _ Eu só desejo ser feliz. Um pedido simples, sincero. Olhou para o céu e disse: _ Vó que falta a senhora faz. Se a avó ainda fosse viva, ela o ajudaria com o pai. Com certeza. Em seus pensamentos riu de si mesmo, fazer um pedido a uma estrela. Acreditou que provavelmente já tinha bebido mais do que deveria. Resolveu ir se deitar. Era a primeira vez que dormiria cedo após meses.
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