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1605 Words
**Capítulo 2** Oi, sou Luísa Duarte Cooper, tenho 25 anos e trabalho como designer de moda. Recentemente, terminei meu curso e estou prestes a realizar meu sonho de abrir meu próprio ateliê. Comprei um imóvel que está passando por reformas, e eu m*l posso esperar para ver o resultado final. Tenho três irmãos mais novos: os gêmeos Eric e Luma, e a caçula Zoe, a minha "bebezinha", como gosto de chamá-la, apesar de ela odiar isso. Amo minha família e reconheço todo o esforço que minha mãe fez para me criar. **Luísa** Acordo disposta, pois hoje é o dia de visitar a reforma do local onde meu ateliê vai funcionar. Estou ansiosa para ver o andamento das obras. Pulo da cama, vou para o banho e começo a cantarolar enquanto me banho no box. O cheiro de sabonete e o som da água caindo ajudam a acalmar a minha mente. Depois, solto meus cachos, visto um top preto e um terninho branco por cima, coloco saltos simples e saio para tomar café antes de ir ao imóvel. O espaço não é muito longe, então vou andando mesmo. Coloco os fones e caminho cantarolando: *"Não sabia, amor, se isso era amor Mas eu sei o que sentíamos Tu e eu, tu e eu, tu e eu contra o mundo Desde que acabou, provou outro amor Pulo as faixas brancas de pedestres, sem me importar com os olhares tediosos ou de julgamentos, não é isso que irá acabar com meu bom dia! Mas eu sei que ninguém como yo É que eu soy, é que eu sou"* *"Inesquecível, é o que é Inesquecível, mesmo que não queira..."* Enquanto canto, acidentalmente bato o ombro em alguém. Olho para a pessoa ao meu lado, que me observa de canto e para por um tempo. Sinto uma onda de vergonha, pensando em como minha mãe sempre me dizia que estava no mundo da lua. Quando chego no local da reforma, meu celular toca. É minha prima, Sara. — Luzzzz — diz ela empolgada. — Oiiiiii — respondo no mesmo tom. — Preciso da minha estilista particular para ir ao shopping comigo! Preciso me sentir bem! — ela fala com voz manhosa, como sempre. Está querendo alimentar a consumista dentro dela, o que não me surpreende. — Ok, só vim no ateliê ver como está a reforma. Te encontro daqui a pouco, até! Beijos — digo. — Beijos — responde, e desligo. Observo o quanto o local está ficando lindo. As paredes em tons pastéis, as janelas grandes que iluminam o ambiente, e as araras espalhadas pela sala. Imagino o espaço cheio de clientes, fazendo pedidos das minhas criações sob medida. Termino a vistoria e volto para o apartamento para pegar o carro. Passo na casa de Sara. — Olha, tem que rolar lanche! — digo, sem esperar que ela se sente. — Tá. Claro! — ela responde, e rimos. Sara sempre foi assim; eu é que mudei. Minha mãe diz que eu apontava muito quando era menor, mas cresci e mudei bastante. Não me imagino dopando meu tio ou amarrando ele, como costumava fazer antes. — Bom, como está você e o Miguel? — pergunto, vendo-a ficar um pouco triste. — Bom... nós não estamos mais juntos — diz ela. — O que ele fez? — pergunto, furiosa. — Simplesmente disse que conheceu outra pessoa... só isso — responde. — Quem perdeu foi ele! — digo. — Mas eu ainda amo ele... — vejo-a triste. — Eu sei que quando ele perceber que foi uma burrice, vai ser tarde, pois uma ruivinha linda não fica sozinha por muito tempo — pisco para ela, e a mesma sorri um pouco. — Vamos então para a praça de alimentação, tô com fome — digo. — E quando você não está? — pergunta Sara. — Você lembra da nossa festa do chá com o tio Josh? — pergunto, lembrando do passado. — Claro que sim, foi a primeira vez que tive um castigo. Meu pai ficou muito irritado — diz Sara. — Eu era uma péssima influência — rimos juntas. De repente, meu celular toca. É Eric. — O Eric está me ligando, estranho... — digo, vendo Sara revirar os olhos. — Coisa boa que não é vindo dele! — diz ela, tomando um gole do milk shake. Não escuto Sara e atendo a ligação. Afinal, ele é meu irmão, não posso simplesmente ignorar. — Luz!!! — ele grita quase desesperado. — O que houve, Eric? Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupada, percebendo que ele está alterado e sua respiração está pesada. — Irmã, eu preciso de um favor seu pra hoje! — ele diz, desesperado. — Vamos, Eric, diga logo! Está me deixando preocupada — digo, no desespero, fazendo Sara me olhar assustada. — Eu preciso de 3.500.000 — diz, e eu fico incrédula. — Tá brincando comigo, né? Olha, Eric, eu pensei que era algo importante, mas não! É para alimentar seu vício em jogos!!!! Se vire, eu não vou te dar mais dinheiro... — Não termino de falar e ele grita: — Eu vou morrer, Luísa! Se eu não pagar essa quantia! Eu preciso de você, irmã... por favor, eu imploro... Vejo seu desespero e percebo que não está mentindo. "Será que ele pegou isso com algum agiota? Só pode! Eric não aprende mesmo..." — Está bem, eu vou tentar... Mas a quantia é muito alta. Não tenho tudo isso. Pra quem você deve? — pergunto. — Ao... ao banco — ele diz meio relutante. — Como o banco te deu um empréstimo tão grande? Na verdade, como o banco lhe deu dinheiro? Papai falou com todos para não confiar em você! Faça-me o favor, né Eric! Morrer, Eric? O máximo é você ficar com o nome mais sujo do que já está!!! — digo exaltada. — Por favor, irmã, eu te imploro! — ele insiste. — Vai parar de jogar e tomar jeito para arrumar um emprego? Se esforce! E pare de ficar pedindo dinheiro! — falo, séria. — Sim, tudo o que pedir, irmã! — responde sem pensar, e eu não sei se confio em suas palavras. — Está bem, vou tentar! Você está onde? — pergunto. — Em casa! Com... o pessoal... do banco! — "Que banco é esse? Por que não ligou? Mais fácil!" penso. — Tá bom — digo, e desligo. — Pelo jeito eu adivinhei, não é? Qual a bomba da vez? — pergunta Sara, preocupada. — É cheio! Bom, tenho que ir tirar meu irmãozinho de uma dívida novamente... Até a próxima — me despeço de Sara e preciso ir ao banco. Infelizmente, não posso pagar tudo. Papai poderia... Ele deu muita sorte... só tenho 250.000 que era da reforma do meu ateliê. Fico um pouco triste, pois parece que não será desta vez. Não posso pedir aos meus pais, pois eles estão viajando e meu pai pode expulsar o Eric, como avisou na última vez que quitou uma dívida dele... Isso não seria muito legal, especialmente para nossa mãe. Vou ter que fazer um acordo para pagar em parcelas. Dirijo em direção à casa dos meus pais. "Nossa, pra que tantos carros?" Na frente da casa, há dois homens grandes como armários. — Licença... — peço, e eles não se movem. — Olha, eu quero entrar, então façam o favor de sair da frente da porta! — grito. — É a minha irmã! — ouço a voz de Eric, já que a porta está aberta. — Deixem-na entrar! — uma voz grossa e desconhecida fala de dentro da casa. Os seguranças se afastam, e eu entro. Para um banco, há muitos seguranças. Fico intrigada e preocupada com a situação. — Conseguiu, Luísa? — pergunta meu irmão, esperançoso, enquanto vejo que ele está suando e inquieto. — Vim tentar fazer um novo acordo. É uma quantia muito grande, e papai teria que pagar. Você não vai querer isso, lembra da última vez! — digo, vendo-o colocar as mãos na cabeça. Um homem de terno alinhado e olhos azulados, sentado no sofá, me observa. — Um segundo acordo, foi isso que ouvi? — diz ele. — Você deve ser o homem que o banco mandou cobrar o dinheiro, não é? — pergunto. — O banco!? — o homem diz, olhando para Eric com um semblante confuso. — Ok, você falou de um novo acordo... — ele fala. — Bom senhor, eu não sei o que meu irmão fez com toda essa quantia, mas me responsabilizo! Pretendo pagar em parcelas. Darei de início 200.000 e aumentarei as parcelas — explico. O homem me interrompe: — Peguem os dois! — diz sem emoção. Dois homens fortes me agarram por trás, e meu coração acelera. — Mas o que é isso?! Me soltem! — grito, assustada. — O que você pensa que está fazendo? — exijo, tentando me soltar, mas sem sucesso. O homem de olhos azuis se aproxima de mim. — Querida, eu não sou homem de segundos acordos. Seu querido irmão teve tempo suficiente para devolver — diz ele, segurando meu queixo. Sua mão desliza pela minha pele e, por um momento, seu olhar suaviza. Sinto um frio na barriga e uma dificuldade para respirar. Estou aterrorizada. — Tire sua mão dela! — grita Eric, desesperado. O homem sorri amargamente e volta à sua postura rígida. — Apaguem ele — ordena. Dois seguranças se aproximam de Eric. Vejo seu desespero e ele tenta resistir, mas acaba sendo derrubado. — Não! — grito, enquanto vejo tudo acontecer. A última coisa que vejo é a escuridão se aproximando, e eu apago completamente, sem conseguir fazer nada. ---
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