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2013 Words
**Capítulo Um** **Tiago Petrov** Dispenso apresentações, mas farei uma exceção hoje. Não se acostume! Quem sou eu? O dom e o sub de um grupo poderoso em muitos sentidos. Piedade não está em meu vocabulário, todos sabem muito bem disso. Comando um bando de filhos da p**a imprestáveis que não seriam nada sem mim! Arrogante da minha parte? Não, eu afirmo com todas as letras: NÃO SERIAM NADA SEM MIM! São soldados que sabem matar e não brincam em ação! Sou o sub e o dom. Podem me achar egoísta por ter dois cargos, mas quero ver quem tem coragem de contestar. Foi assim que eu aprendi. Como muitos dizem, é a lei do mais forte! Meu irmão seria o sub, no entanto, é um total filho da mãe, literalmente! Resumindo, Guilherme é um fraco em todos os sentidos e acabaria com todo o legado da família Petrov em poucos meses. Não é só o corpo, mas a mente tem que estar preparada para tudo. Então, eu comando tudo isso aqui mesmo sem ter alma ou coração! Sim, não tenho. Tenho certeza de que essas duas coisas foram arrancadas há muitos anos atrás. Venho sendo treinado desde que nasci para ser um dom melhor que o meu pai... ou pior, se formos ver de outro ângulo. Ele fez questão de me fazer ver e viver um inferno ainda criança. Portanto, ao invés de brincadeiras de luta, eu estava em tatames lutando e apanhando de soldados. De bonecos eu aprendi a utilizar diversos tipos de armas. Carros de brinquedo? Era um carro verdadeiro! Acampamento? Uma cela e missões. Acha que ter 5 anos e ser castigado por ter quebrado um vaso é r**m? Caso errasse um tiro, era torturado e levado a uma cela por 3 dias em jejum, sendo uma criança de 8 anos. Acha pouco? Aos 5 anos, lutando com soldados! Lembro vagamente do medo que sentia por achar que não iria sobreviver... Hoje são apenas lembranças que prefiro deixar enterradas. Desde que mudamos de NY e voltamos para a Rússia, as coisas só ficaram mais difíceis para mim. Em muitas de suas missões, eu quase morri quando criança. As marcas ainda estão gravadas em meu corpo... Principalmente uma. Eu aprendi a conviver com cada uma delas. Porém, já agradeci ao meu velho, e muito bem. Ele me fez o homem que sou hoje! E, por incrível que pareça, eu gosto. Não me vejo fazendo outra coisa. Na máfia não existem sentimentos ou remorsos, a piedade não se encaixa! Então, se você acha que é fácil ser um desses homens, não! As vidas deles pertencem a mim. E no meu capô só existem máquinas prontas para uma ordem minha. Não perdoamos, ao menos eu não perdoo! Não tiveram remorso comigo, então por que eu teria? E quem sou eu? Tiago Petrov, dom da máfia russa! Todos os outros Сволочь (desgraçados) sabem muito bem com quem estão lidando, e ai de quem se meter no meu caminho! Recado dado! **Guilherme Petrov** Não concordo com o jeito que meu irmão age; é errado! Somente por um olhar diferente alguém é torturado ou morto, dependendo do humor dele. Eu sei que ele é o dom, mas ele não é um bom dom. Ainda fico pasmo com a quantidade de gente que tem coragem de pedir dinheiro emprestado, mesmo sabendo dos juros altos e da pena ao não pagar a dívida. Eu sou o único que tem coragem de ir contra seu jeito óbvio. Sou o seu irmão, mas sou ignorado. Nunca tive um irmão realmente. Ele m*l estava em casa e, quando estava, estava trancado no quarto, como se fosse um prisioneiro esperando a autorização do nosso pai para abrir a porta. **Tiago** Estou em meu escritório vendo a papelada das encomendas que chegaram. — Tiago! — ouço a voz de Guilherme atrás da porta. Reviro os olhos e retorno minha atenção aos papéis em minha mesa. Escuto a porta abrir e fechar em seguida. — Ele tinha um filho, Tiago! — grita Guilherme. — Não é da minha conta o que ele tinha ou deixou de ter! — respondo, sem fitá-lo. — Isso não se faz, Tiago. Ele só possuía o pai como família! — diz, batendo a mão na mesa e me desconcentrando. — Você não tem coração, é uma criança! Uma criança que vai crescer sem família! — aponta o dedo para mim. Olho para ele por um tempo, depois me levanto e vou até ele. — É o quê mesmo?! Acha que só porque é meu irmão eu pegarei leve com você? Está muito enganado, Блядь (p***a)!!!!! Agora quanto ao menino, se vire! Mandem-no a um orfanato, pouco me importa, não é meu, não vou lidar com isso! — digo, segurando-o pelo colarinho. — O que me interessava era o pai e não a criança! Vejo-o sério à minha frente. — Agora saia da minha frente! Antes que eu te mande para o mesmo lugar que ele! — largo-o e volto para a mesa, passando a mão pelos cabelos e consertando minha postura. — Você não é assim, eu sei! — diz Guilherme, me observando incrédulo. — Ah! Você não me conhece, maninho... não me conhece! — falo, rindo. — Esse Tiago, não mesmo! — respondeu sério. — Isso não vai ficar assim! — Oh, é mesmo? Vai fazer o quê? Contar à mamãe ou chorar, Guilherme? — digo, com um tom de ironia. — Vai, corre, fala. Mas logo te aviso que o único que poderia me tirar daqui está a sete palmos abaixo da terra! — digo, com as mãos sobre a mesa. Ele não responde, simplesmente sai. Сукин сын! (filho da p**a) Ele acha que é o quê? Mas na próxima vez, ele não escapa. Ele sabe muito bem do que sou capaz, porém parece que ele não aprendeu da última vez. — Senhor Petrov, faltaram alguns papéis que precisam da sua assinatura — diz a senhorita Orlov, inclinando-se com um sorrisinho de lado. Era de se esperar; ela era quieta demais. Tendo só um mês trabalhando, a senhorita Orlov era uma mulher russa alta, esbelta, de cabelos longos e loiros. No entanto, tenho uma política de não me envolver com nenhum funcionário. Pode até parecer besteira, mas experimente dar uma migalha e já acharão no direito de se auto rotular. — Senhorita, acho que devo refrescar sua memória, não é? — Chego bem perto de seu rosto. — Que você só foi contratada porque a outra assistente foi jogada aos cães. Então sugiro que se coloque em seu devido lugar! — Sim, senhor... Vou voltar ao trabalho... — Sai, puxando sua saia para que fique mais longa. Pego meu celular e ligo para Filipe. Eu estava na Rússia, mas alguns ainda me deviam em NY. — Senhor Petrov! — diz Filipe. — A dívida do riquinho mimado já foi paga? — pergunto. — Não, senhor — responde. — Pois bem, vou pessoalmente a NY resolver! — desligo. Se ele acha que é o primeiro a tentar me passar a perna, está enganado. — Senhorita Orlov, prepare meu jato para ontem! — mando. Aquele desgraçado acha que vai pegar 3.500.000 de empréstimo em meu cassino e vai ficar por aí? Está muito enganado! Vou caçar aquele desgraçado! Não, Eric... Não vai ficar assim! **Guilherme** Não acredito que ele tenha feito isso! Após descobrir o que Tiago havia feito, ele tem que arcar com o erro! Ele não pode deixar uma criança órfã e depois deixar como está, como se nada tivesse acontecido! Só tem uma pessoa que pode reverter isso. — Mãe! — a chamo, pois o meu irmão enlouqueceu! — Oi, meu querido, como está meu amor? O Tiago não te fez mais nada, né? Espero! — pergunta, já apreensiva. — Fez pior: deixou uma criança órfã! — vejo-a entrar em choque. — Já sabe o que fazer com a criança? — balanço a cabeça, negando. — Sei que pensará em alguma coisa, querido — diz, tocando meu rosto. — Ele não pode continuar assim, mãe. A senhora tem que fazer algo. É a matriarca, ainda tem poder sobre o Tiago! — digo, afastando-me de seu toque. Ele não me deixa intervir, mas ela pode! — Não por muito tempo. Você sabe que Tiago é muito esperto. Mais cedo ou mais tarde, ele irá colocar alguém só para tirar minha posição e poder na máfia! — responde despreocupada, como se fosse motivo de alívio. — Eu sei que ele me culpa por tudo isso, porém não tive poder nem escolha — completa, mexendo em meus cabelos. — Eu entendo, mãe... — bobagem! Ele está abusando de seu poder! — penso. Minha mãe tenta me confortar, mas eu estou mais preocupado com o destino da criança que Tiago deixou para trás. Não consigo entender como ele pode ser tão frio e desumano. — Mãe, você realmente precisa fazer algo. Não podemos deixar essa criança sofrer por causa dos erros de Tiago. — digo, frustrado. — Eu farei o que puder, querido, mas você sabe como seu irmão é. Ele é impiedoso e sempre consegue o que quer. — responde nossa mãe. — Não podemos ficar de braços cruzados. Se você não conseguir, eu vou fazer alguma coisa. — digo, determinado a fazer a diferença. — Por favor, não faça nada precipitado. Deixe-me tentar primeiro. — implora nossa mãe. **Tiago** Estou a bordo do meu jato, em direção a NY. Estava na Rússia, mas alguns ainda me deviam. Não tenho paciência para devedores que tentam me passar a perna. O voo é tranquilo, e eu aproveito para revisar alguns documentos e fazer algumas ligações. Chego em NY, o clima está tenso. **Guilherme** Minha mãe tenta me confortar, mas eu estou mais preocupado com o destino da criança que Tiago deixou para trás. Não consigo entender como ele pode ser tão frio e desumano. — Mãe, você realmente precisa fazer algo. Não podemos deixar essa criança sofrer por causa dos erros de Tiago. — digo, frustrado. — Eu farei o que puder, querido, mas você sabe como seu irmão é. Ele é impiedoso e sempre consegue o que quer. — responde nossa mãe. — Não podemos ficar de braços cruzados. Se você não conseguir, eu vou fazer alguma coisa. — digo, determinado a fazer a diferença. — Por favor, não faça nada precipitado. Deixe-me tentar primeiro. — implora nossa mãe. Quebra de tempo Recebo uma ligação de nossa mãe, pedindo para me encontrar com ela. Eu a encontro em um café local, um pouco mais calmo agora. — Guilherme, tenho uma proposta para você. — diz ela, com um tom de preocupação. — Eu consegui entrar em contato com algumas pessoas que podem ajudar com a situação da criança. — O que você pretende fazer? — pergunto. — Eu tenho alguns contatos que podem ajudar a encontrar um lar adequado para a criança e garantir que ela tenha o suporte necessário. Eu só precisava da sua ajuda para cobrir algumas despesas iniciais e garantir que tudo esteja em ordem. — explica nossa mãe. — Certo, farei o que for necessário. Mas quero garantir que Tiago não tenha mais chance de deixar alguém em uma situação como essa. — digo, determinado a fazer a diferença. Nossa mãe sorri, aliviada, e começamos a planejar como ajudar a criança e garantir que ela receba a ajuda que precisa. **Guilherme** Enquanto isso, minha mãe continua trabalhando para garantir que a criança esteja bem cuidada. Ela encontra uma família disposta a adotá-la e cobre os custos iniciais para garantir que a criança tenha uma vida confortável. Agradeço por sua determinação, mas sei que o problema não acabou. Tiago ainda está no comando e suas ações podem causar mais danos no futuro. Decido tomar uma atitude para garantir que Tiago saiba que seus atos têm consequências. Ele pode ser o dom da máfia, mas não é imune à justiça. Com minha mãe cuidando da criança, foco em bolar um plano para expor a crueldade de Tiago e garantir que ele enfrente as consequências de suas ações.
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