Lorenzo Mariano - Futuro DOM.

1297 Words
Lorenzo Mariano Hoje acordei mais cedo que o de costume. Ainda é de madrugada. Sou um homem que sempre acorda antes do nascer do sol. Não sei ao certo o porquê desenvolvi esse costume. Mas desde que estava nos treinamentos da máfia faço isso. Mesmo quando passo a noite acordado, me levanto antes do sol nascer. Tenho uma resistência excelente ao sono. Preciso de apenas algumas horas de sono para restabelecer minha energia. Quando perco noites de sono, geralmente depois, durmo assim que o sol se põe. Hoje acordei ainda mais cedo, pois é o meu aniversário de 21 anos. Meu e dos meus irmãos. Os trigêmeos Mariano. Sempre nessa data fico pensativo, lembro da história do nosso nascimento. Meu pai nos contou ela muitas vezes. Nossos tios e até nossa mãe também. Como diz a Dama Valentina, “Nós nascemos no meio da batalha.” Mesmo o Hugo Raffael que nasceu já no hospital. E 21 anos depois estamos aqui. E hoje somos “OS ANJOS MARIANO”. Tomo um banho e já me arrumo, sou muito vaidoso, herdei isso do meu pai, Dom Ângelo. E também sempre fomos incentivados a nos vestirmos muito bem pelo tio Pietro, pela tia Ellen que também é estilista e claro pela nossa mãe. Eu sou alto, tenho 1,93 de altura, meu corpo é atlético, magro com músculos definidos, tenho cabelos tipicamente italiano, pretos e lisos que mantenho um pouco grande, caindo na testa, gosto de poder penteá-lo de diferentes formas. Tenho o maxilar quadrado, nariz afilado e os olhos são azuis como da minha mãe. Olhos gélidos, pois lembra a cor do oceano ártico e suas águas profundas e congeladas. Sou o único dos trigêmeos que tenho um sinal de nascença, ele fica atrás da minha orelha esquerda. Mas poucas pessoas sabem disso. Meu avô Hugo sempre o olha para ter certeza que sou eu. Sr. Hugo é muito esperto, ele passou a fazer isso quando ainda éramos adolescentes, eu e o Valentim nos passávamos um pelo outro. Isso só não funcionava com os nossos pais. Que sempre nos reconheciam. Termino de me arrumar e ouço minha mãe bater na porta do meu quarto. Ela faz isso desde de sempre, antes quando nós três dividíamos o mesmo quarto era mais fácil pra ela. Agora ela precisa fazer isso individualmente. — Filho! Lorenzo, Posso entrar? — Claro, mãe. Já estava a sua espera. — Ela abre a porta gargalhando. — Parabéns, meu filho! Amo muito você e estou orgulhosa do homem que você se tornou. — O mérito é seu e do Dom Ângelo. — Sorrimos cúmplices. — Deixa ele ouvir você o chamando assim dentro de casa. — Nem pensar. Onde está meu pai? — No quarto, terminando de se arrumar. Agora vou passar no quarto do Valentim e do Hugo Raffael. — Mãe. Como será no próximo ano? Sabe que nossas casas já estão prontas e logo nos mudaremos. — Você se mudará, quer dizer. Sabe o que penso sobre isso. Não entendo essa necessidade de morar sozinho. Ter o apartamento individual de vocês, entendo perfeitamente e por isso apoiei a ideia desde que vocês tinham 16 anos, de cada um ter o seu apartamento. — Dama Valentina, vou morar aqui do lado praticamente. Sabe que nos próximos anos muita coisa vai mudar. — Sei, sim, Lorenzo. Futuro Dom Lorenzo Mariano. — Ela sorri. — E a senhora ainda tem o Jordane e a Angelina. Sem falar nos dois bobões que voltaram atrás de morar sozinhos. Ela pisca para mim e sai sorrindo. Nossa mãe fez um drama e o Valentim e o Raffael adiaram a mudança deles. Eu irei, mesmo que passe mais tempo aqui na mansão do que na minha casa. Será algo novo morar sozinho. Sou muito apegado aos meus irmãos. Principalmente a nossa Angel. Ela é o nosso xodó, nosso calcanhar de Aquiles. .... — Bom dia família! Digo ao entrar e encontrar todos a mesa. Meu pai levanta e me abraça. — Parabéns, filho! — Obrigado, Dom! — Todos me olham. — Pai! Gargalhamos. Meus irmãos me abraçam e por último a Angel pula em meu colo, ela é uma menina de 12 anos incrível. Doce e carinhosa. Após um café da manhã comemorativo e receber as felicitações por ligações dos nossos avôs, tios e avós do coração, seguimos para sede da máfia. Como sempre Valentim e Raffael estão comigo. Meu pai brigou muito conosco por andarmos no mesmo carro, sempre fala do perigo, que é imprudente. Mas acreditamos que juntos somos mais fortes. Somos inseparáveis desde de pequenos. E sabemos que se acontecer algo com um de nós será o fim para os outros dois. Sem falar que nós três juntos somos extremamente mortais. Um inimigo teria que ser psicopata para nos atacar. Somos um triângulo perfeito quando estamos em batalha, não há falhas ou a******a. Protegemos um ao outro e atacamos como um só. Somos excepcionais e sei que no fundo nosso pai sabe disso. Chegamos à sede e seguimos para o escritório do nosso pai que já estava a nossa espera com o tio Nicolas. Assim que sentamos Dom Ângelo começa a falar. — Vamos direto ao assunto. Lorenzo, você assumirá o seu lugar de Dom com 23 anos. E seus irmãos também assumirão o lugar de consiglieres. — Mas, Dom Ângelo, o senhor ainda é jovem. Pode esperar mais alguns anos para me passar o cargo de DOM. — Não, Lorenzo. Sabe que assumi com 18 anos. Já permiti que você assumisse com 23 anos. E não preciso lhe lembrar que a nossa máfia só é o que é por que respeitamos as regras pilares. — Entendo. Porém, já mudamos tantas coisas e regras que acredito que podemos mudar... — Não! Lorenzo, você e seus irmãos sempre souberam das suas responsabilidades, você escolheu exercer o seu direito de primogênito e seus irmãos apoiaram. Na sua idade eu já era Dom e só não era casado porque era prometido a sua mãe que ainda era menor de idade. — Nós sabemos pai. — Valentim fala e logo recebe o olhar do nosso pai. — Dom. Desculpe. — Filhos, entendam que a máfia requer um Dom forte, seu poder irá inspirar e amedrontar. Mesmo nas condições atuais uma transição é sempre complicada. Muitos podem querer testar o seu valor Lorenzo, como Dom. Foi assim comigo, é algo natural. Nossos soldados são leais. Mas precisam confiar no seu Dom para o seguirem sem reservas. Se deixar que assuma aos 25 anos, já terá que estar casado e os perigos que irá enfrentar nos primeiros anos podem atingir a sua família, seus filhos... É isso que quer? — Não. Claro que não. Só acho que não estou 100% pronto ainda. — E não estará, nem quando assumir. Nunca estamos 100% aptos. As coisas levam tempo. Vou intensificar o seu treinamento nesses próximos dois anos. Vai me acompanhar em tudo. E sempre vai me apresentar as suas opiniões, o que faria em cada situação e eu vou direcioná-lo quando for preciso. Seus irmãos irão acompanhar o Nicolas o tempo todo. Verão e farão na prática as obrigações de um consigliere. — Entendido Dom. Mas sobre a regra do casamento... — Não há, MAS. A sobrevivência da máfia depende disso. Concordei com a mãe de vocês de abolir os casamentos por contrato e promessas. Para que vocês mesmos escolham suas futuras esposas. Mas não vejo nenhum de vocês buscando conhecer mulheres com quem possam ter um relacionamento. É só curtição. Exceto o Hugo Raffael, em partes. Você precisa casar, Lorenzo. Tenha isso em mente e comece a frequentar lugares diferentes, conheça as moças da máfia em idade para se casar. Só não faça nenhuma besteira ou a Dama arrancará o seu coro. — Gargalhamos.
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