Lorenzo Mariano - Decisões de Dom.

1449 Words
Lorenzo Mariano Descansamos por algumas horas. Não conseguir dormir. Muita coisa na minha mente. No entanto acredito que tudo está mais perto de se resolver. Agora precisamos finalizar as ações aqui na Espanha, fazer varreduras em toda Itália para nos certificarmos que não acontecerão outros ataques. Depois do café da manhã recebemos as atualizações de tudo que está acontecendo na Itália. Dom Ângelo ainda não chegou na sede. Retomamos as nossas missões aqui. Nossos soldados em campo nos informaram que houve muitas movimentações de soldados espanhóis nas casas das principais famílias da máfia. Recebo uma ligação de um dos soldados que enviei para fortaleza a qual atacamos ontem. — Qual a situação? — Pergunto sem delongas. — Dom Lorenzo, alguns soldados chegaram aqui e trocamos tiros com eles até que informaram querer fazer um tratado com o Dom. Ambos gargalhamos. Com eles é assim. Primeiro atiram depois conversam se sobrar alguém vivo. Instrução minha. — O que eles querem exatamente? — Uma reunião do conselho deles com você Dom. — Meus irmãos me olham. Coloquei a ligação no viva voz desde o início. — Hum! Entendo. Informe que farei a reunião com eles. Mas nos meus termos. Entraremos em contato em 2 dias. — Afirmativo Dom Lorenzo. — Espero que tenham deixado a maioria deles vivos. — Ouço sua gargalhada. — Esses tiveram sorte. Encerro a ligação e sento para conversar com meus irmãos. — O plano original é eliminar todos ligados ao Laerte e Laercio. E depois escolher uma das famílias importantes e que possamos controlar e colocar no poder. Ou seja, tornar um deles Dom. Deixaremos alguns soldados no país. E restabeleceremos as parcerias. O que acham meus consiglieres? Observo meus irmãos enquanto eles pensam. — E a família do tal Rodrigo Márquez? É alguma família importante? — Raffael indaga. — Vou descobrir agora mesmo irmãos. Se sobrou algum familiar dele. — Valentim se levanta e senta em frente ao computador. Em minutos ele se vira sorrindo e compartilha conosco o que descobriu. — Ele é filho de uma das maiores famílias da máfia espanhola. Por isso estava vivo. Usaram ele para chantagear o seu pai. O homem é um dos pilares da máfia espanhola. E sabia que o filho só estava vivo enquanto ele não se declara-se contra aqueles malditos. — Ele então poderia facilmente se tornar o Dom aqui. — Hugo Raffael afirma. — Vamos ver se ele já está em condições de conversar. E descobrir se poderemos confiar nele. ... — Olá Rodrigo! — Digo assim que nos aproximamos da sua cama. — Três. Vocês são os filhos do Dom Ângelo. Confesso que achei que fossem mudar quando crescessem. Mas estão mais parecidos ainda com o pai de vocês. Herdaram os olhos da mãe. — Está certo. Rodrigo já sabemos quem você é. De que família descende. Seu pai... — Não! Eles mataram meu pai. Sequestraram e torturam ele. — Ele fala com muito pesar. — O quê? — Falamos os três juntos. — Rodrigo, eu sou Lorenzo Mariano, o próximo Dom Mariano. Seu pai está vivo! Chantagearam ele por todos esses anos em troca da sua vida. O homem se espanta. Mentiram para ele para tentar subjugá-lo pela dor da perda. — Jura? Ele não está morto? Quero falar com meu pai. Por favor! — Não sei se é seguro. Valentim o que acha? — Pergunto. — Posso redirecionar a chamada para uma sequência de torres telefônicas tornando quase impossível rastreá-las. Mas terá apenas 45 segundos. Entende? — Sim. Só preciso ouvir a voz dele. E pedir que apoie vocês em tudo e comece a caçar todos os malditos traidores da nossa máfia que se aliaram aqueles malditos. Olho para meus irmãos e sorrimos cúmplices. Sem dúvidas é ele. O novo DOM espanhol. — Não sei se há muito o que caçar ainda. — Gargalhamos. ..... Rodrigo ligou para o pai e em 30 segundos tudo estava decretado. Seu pai iria usar todo o poder da sua família para acabar com os apoiadores dos ratos que ainda restavam. E em 2 dias iriamos nos reunir junto ao conselho. Firmar as novas alianças e empossar o novo Dom. Depois voltaríamos para o nosso país. Para casa. ..... Horas depois. — Podemos começar a reunião? — Pergunto ao Valentim. Ele assentiu. E logo conecta-nos. — Dom Ângelo, recebeu as informações? Está de acordo? — Estou de acordo Dom Lorenzo. Suas decisões foram excelentes. Rodrigo Márquez será um excelente Dom e nosso parceiro. Preciso informar que infelizmente o homem responsável pelas bombas se explodiu antes de ser capturado. — Os arcanjos? — Pergunto preocupado. — Veja por si mesmo. Eles aparecem no telão. Lucca está com algumas escoriações. E nós tentamos conter o riso porque parece arranhões de unha. — Arcanjo Lucca, a sua esposa já o viu desde que chegou da missão? — Valentim pergunta entre risos. — Não. Mas ela já conversou comigo em chamada de vídeo. — Gargalhamos. — Confesso que precisei da ajuda do Lucas para dar veracidade aos fatos. E logo terei os cuidados da minha esposa. Sabemos que ele não precisou realmente da ajuda do Lucas. Tia Ellen confia cegamente nele, que sempre fez por merecer. Vejo meus arcanjos Magno e Maycon fazendo cara de nojo. Isso só porque são irmãos da tia Ellen. — Que ótimo para você arcanjo Lucca. Mais alguém se feriu? — Lucca balança a cabeça em negação. Respiro aliviado. — E o nosso hóspede? — Ele não está apresentando melhoras. Duvido que possa falar nas próximas semanas. — Nosso pai responde. — Pois, então Dom Ângelo. Sugiro que o deixemos morrer. Não vamos gastar mais recursos médicos com ele. O deixaremos por conta. Mantenham-no amarrado e amordaçado. Se ele sobreviver até o nosso retorno eu mesmo irei eliminá-lo. — Como desejar Dom Lorenzo. — Nicolas fala e sorri de canto. Conversamos de outros assuntos. Passamos os números das operações realizadas hoje junto a família Márquez. Amanhã mesmo levaremos o Rodrigo para casa do pai. E depois de amanhã faremos a tal reunião. No outro dia. Na mansão Márquez. — Não tenho como agradecer a vocês meus jovens. Meu filho é tudo para mim. Vocês têm o meu juramento que serei leal a vocês até o fim dos meus dias. — Agradeço senhor Márquez. Desejo que Rodrigo seja o próximo Dom da máfia espanhola. Eles nos olham espantados. Meu pai Dom Ângelo está de pleno acordo. Com você como Dom Rodrigo pretendemos retomar nossas antigas parcerias e iniciar mais algumas. O que me diz? — Eu... Aceito. Agradeço a confiança Dom Lorenzo. Selamos esse momento com um aperto de mãos. — Filho, precisa se recuperar. Assumir como Dom agora, machucado e... — Pai, eu estou bem. E posso ser o Dom e reestruturar a nossa máfia. Irá me apoiar? — Rodrigo, meu filho. Sempre irei apoiá-lo. — Eles se abraçam. — Ficarão hospedados em nossa casa? — Não Rodrigo. Ainda temos questões a resolver. E seria muito arriscado dois Dons e 2 consiglieres juntos. Gargalhamos. Vejo vocês amanhã na reunião com o conselho e depois partiremos. Se possível voltaremos daqui algumas semanas para a sua cerimônia. Saímos da propriedade e vejo algumas garotas loiras no percurso para o esconderijo. Encaro-as e logo reconheço não ser a minha loirinha. Ver essas loiras aguçou algo em mim. Estou sentindo saudade de uma pessoa que nem conheço. Que só vi uma vez na vida. Faz meses que a vi e não consigo esquecer. Lembro de cada detalhe do seu corpo. Sua roupa. Seus olhos. Put@ merd@. Será que sentimentos à primeira vista realmente existem? Será que eles acontecem mesmo assim? Do Nada? Com uma pessoa que nunca vimos antes? Drog@. O cansaço trouxe a imagem dela com tudo para minha mente. Me culpo todos os dias por não ter parado o carro e ido falar com ela. Ou ter colocado um soldado para segui-la. Só não sei qual motivo usaria. Já faz quase um ano que a vi por alguns segundos e ela me marcou mais do que as mulheres com quem já passei horas e noites. Se não conseguir tirar ela dos meus pensamentos, vou pedir a ajuda do Valentim para encontrá-la. Voltando a Roma vou ficar com algumas loiras, se isso não for suficiente. A loirinha que me desculpe, mas vou revirar a Itália de norte a sul para encontrá-la. Espero que ela seja italiana ou terei que ir a outro país encontrá-la. — Irmão você está bem? — Sim, Raffael. É só cansaço dos últimos dias. — Tem certeza irmão? Parece perdido em lembranças. — Valentim me olha como se conseguisse ler a minha mente. — Estou realmente pensando em algumas coisas. Mas resolverei quando voltarmos.
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