Lorenzo Mariano - Fim da missão na Espanha.

1444 Words
Lorenzo Valentim Chegamos à reunião na sede da máfia espanhola. Viemos prontos para repelir qualquer ataque contra nós. O protocolo Zeus está ativado. Essa é a primeira vez que me apresento a outros mafiosos como Dom da máfia Mariano e não estou em combate. Entramos e todos já estão aqui. Rodrigo está até com uma aparência melhor. É como tio Pietro diz: “Um terno de qualidade deixa qualquer homem mais apresentável.” Alguns conselheiros nos olham assustados. Trocam olhares entre si e um burburinho começa. Os arcanjos se espalham e assumem posições de defesa e ataque. Elias e Magno estão logo atrás de mim. Sinto suas respirações em meu pescoço. Olho diretamente para o Rodrigo e para seu pai Rodolfo. Nós nos mantemos calados. Cruzo meus braços e espero eles começarem com as indagações. — Conselheiro Rodolfo o que eles estão fazendo aqui? — Eles invadiram nosso país. Mataram aqueles miseráveis, mas mataram nossos homens. — E sabe-se lá quantos inocentes não foram assassinados por eles também. “Não matamos inocentes. Não intencionalmente. Mas vou esperar que eles acabem para deixar isso claro”. — Como sabem que eles não irão matar a todos e roubar a nossa máfia para entregar ao pai deles. Ao Dom Ângelo. É! Agora chega. Olho para Rodrigo e elevo uma das minhas sobrancelhas. Ele assentiu. E começo a falar. — Senhores! — Minha voz é grave e fria. Todos se calam e me encaram. Descruzo os braços e arrumo meu terno. — Não estamos aqui para eliminá-los. Já eliminamos a todos os traidores. E o senhor Rodolfo garantiu que não há mais traidores dentre vocês. — Eles trocam olhares. — Sei que estão receosos. Mas quero deixar claro que não matamos inocentes intencionalmente. E invadimos sim o país de vocês para eliminar uma ameaça a máfia Mariano. Fomos atacados em nosso país primeiro. E como devem saber a máfia Mariano não perdoa os inimigos. Caçamos e os matamos estejam onde estiverem. — Entendemos, isso jovens. — Um dos conselheiros mais velho fala. — Mas hoje é uma reunião da nossa máfia. Iremos tratar de assuntos que não vos interessa. Me esforço para não sorrir e parecer desrespeitoso. Olho para o Rodrigo que se pronuncia. — Todos aqui presentes, saibam que só estamos aqui hoje graças aos Mariano. Principalmente eu. — Meu filho tem razão. Só o temos hoje como Dom porque eles o salvaram. E finalmente nos livrou daquela raça de malditos. E toda máfia espanhola será eternamente grata a eles. — Rodolfo fala muito calmo. — Entendemos tudo isso. Mas não há motivos para os herdeiros estarem aqui. Se fosse o Dom deles até entenderíamos... — Hoje estamos aqui como Dom e consiglieres. Na verdade, em toda essa missão. E temos total aprovação do Dom Ângelo e dos conselheiros da máfia Mariano para tal ato. Portanto Eu sou o DOM da máfia Mariano em exercício nesse momento aqui no país de vocês. Todos se calam e me olham. Mantenho a postura de um urso pronto para dilacerar sua presa. Modo ANJO ativado. — Vocês estão diante do Dom Lorenzo Mariano. Um deles tenta me interromper, mas direciono o meu olhar de repreensão. E ele recua. — Sei que não sabiam. E vou relevar. Eu sou o Dom Lorenzo Mariano. E esses são consigliere Valentim Mariano e consigliere Hugo Raffael em exercício. E futuramente assumiremos a máfia Mariano. — Quando assumirá definitivamente como Dom? Não sabíamos de nada disto. — Gargalho. — E porque saberiam? Não éramos aliados nem inimigos declarados. Até sermos atacados. Então, é compreensível o desconhecimento de vocês. — Eles assentiram. — Dom Rodrigo se permite. — Claro, Dom Lorenzo. Andamos e nos sentamos ao seu lado sobre os olhares de todos. Rodrigo e seu pai se pronunciam fazem os transmites da máfia deles. A reunião transcorre tranquilamente, os velhos do conselho pareceram aliviados por finalmente terem se livrado daqueles psicopatas. Todos os que tinham ligação com eles foram mortos ou presos. Os empresários e comerciantes que são associados a máfia espanhola já receberam o comunicado das mudanças. Todos apoiaram Rodrigo Márquez como novo Dom. Peço para conversar a sós com ele. E ele me leva até uma sala. Elias verifica e depois se afasta me sinalizando que estará na porta. — Rodrigo Márquez, sabe melhor que eu o quanto ser o Dom muda tudo. Sei que tem anos de experiência na máfia e vai se sair bem. Mas mesmo assim ofereço todo meu apoio. E espero poder contar com você. — Dom Lorenzo Mariano, devo minha vida a seu irmão, o de olhos mais escuros. — Hugo Raffael. — Ele mesmo. Se ele não tivesse me achado e me retirado daquela prisão... Enfim e mais ainda por vocês terem vindo até aqui e acabado com aqueles malditos. A partir de hoje todo m****o e soldado da máfia espanhola são seus também. E saiba que aceito de bom grado seus soldados que aqui ficarão para supervisionar a transição. Gargalhamos e me despeço dele. Saímos da reunião sem falar com mais ninguém. Apenas 10 dos soldados que veio conosco irão voltar. Os outros ficarão aqui por um tempo para garantir que novos ratos não surjam e apoiaram o Rodrigo. Voltamos para o esconderijo, ele servirá de base para os soldados que ficarão. Arrumamos tudo e nos preparamos para voltar. Seguimos até as aeronaves. Apenas duas ficaram aguardando para nossa volta. — Arcanjos, nós três viajaremos juntos. — Elias me olha surpreso. — Sei que não é o protocolo. Mas eu sou o Dom e quero viajar com meus consiglieres. Temos assuntos a tratar. Gargalhamos. — Tudo bem Dom Lorenzo. Eu, Magno, Mário, Ítalo e Lazzaro iremos acompanhá-los. — Como quiser Arcanjo Elias. Embarcamos, Elias está pilotando, Ítalo é seu copiloto. Os outros arcanjos estão conversando. Me aproximo do Valentim e ele já me olha com um risinho convencido. Sento-me e fecho os olhos, vou aproveitar essas horas para descansar. Olho pela janela e me despeço da Espanha. Finalmente resolvemos tudo isso. Agora é focar no meu futuro e nas minhas obrigações de Dom. ..... Espera como vim parar aqui? Estou sozinho. O que está acontecendo? Olho para o cruzamento próximo ao Coliseu e não acredito no que vejo. É ela! A loira que não saí dos meus pensamentos. Olho para ela e tudo passa em câmera lenta. Só estamos nós dois. Tento me aproximar, meus passos são lentos e pesados. Observo novamente seu corpo, seus cabelos, seu pescoço, sua mão e finalmente ela se vira e me encara. Vejo seus lindos olhos azuis, sua boca perfeitamente desenhada e o mais lindo de tudo seu sorriso. Fico parado concentrado em seus olhos. Tudo ao nosso redor parece girar, percebo uma música romântica tocando ao fundo. Não consigo compreender a letra, só ouço a melodia. Ela me encara e tento falar, mas é difícil. — Oi... Oi lo... loirinha! .... — Lorenzo! Lorenzo, acorda. — Caralh0 porque eles me acordaram. — Cara você está babando. — Ouço Valentim gargalhar. Eu vou matar meus irmãos. Porr@ estava tendo um sonho maravilhoso. — O que vocês dois querem. Porr@! Vão se fod&r. Fecho os olhos e respiro frustrado. A imagem dela sorrindo volta para minha mente e sorrio. Abro os olhos e meus irmãos estão me encarando com caras debochadas. — Vai nos contar com o quê ou quem estava sonhando que chegou até a babar? — Valentim as vezes é irritante. — Irmão quem era no seu sonho? — Raffael pergunta curioso. — Não babei! Até os meus sonhos terei que compartilhar com vocês agora? — Falo sério. — Vocês estão muitos curiosos. Sorrio de canto. — Sabe que podemos lhe ajudar. Em tudo Lorenzo. — Eu sei Raffael. É que... — Passo a mão bagunçando os meus cabelos. — Não sei bem como e o que está acontecendo. Eu estava sonhando com ela. — Ela? — Os dois se olham como se dissessem que acertaram. — Sim. É uma garota que tenho pensado ultimamente. E até mesmo sonhado. — Garota? Garota ou mulher? — Estranho a pergunta do Raffael. — A conhecemos? Quem é ela Lorenzo? — Valentim está realmente CURIOSO. — Nem eu a conheço Valentim. — Ele faz cara de confuso. — Ela é uma jovem mulher. — Pisco para o Raffael. — Irmão, preciso que a encontre para mim! Pode fazer isso Valentim? — Nossa! Direto assim? Pensei que fosse enrolar por mais tempo antes de me pedir. — Não enche Valentim. Preciso saber quem é ela. — Então tenho que achar uma mulher misteriosa. Presumo que seja uma loira. Gargalhamos. Sabia que eles tinham percebido a minha mudança no gosto pelas loiras.
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