3- contrato de casamento ?

1223 Words
o caminho inteiro foi um silêncio total , Eduardo o homem frio e c***l sentado ao meu lado , me olhava com desdém e as vezes ficava a me encarar , eu por outro lado , tentava a todo custo não olhar pra ele , e muito menos encostar nele , quando o carro parava brutamente . eu sentia meu corpo todo queimar quando via que ele estava me olhando de uma forma que me fazia ter embrulhos na barriga , e então sem que eu me desse conta , olhava para ele que então nossos olhos pareciam ter imã pois um atraia o outro . _ teremos que conviver juntos , então quero que ao menos converse comigo , pois se eu tivesse dirigindo , ao menos não precisaria estar falando com você . diz Eduardo me olhando seriamente . _ não quero falar com você , você ao menos não deixou minha mãe vir comigo , e eu te odeio por isso . digo olhando transmitindo tanto ódio que ele desvia o olhar , e olha para frete . _ você sempre foi mimada desse jeito? como não fiquei sabendo disso antes de aceitar esse acordo e de assinar os papéis. diz ele me olhando com raiva . _ que papéis você assinou ? não querendo entrometer nos seus negócios . digo olhando pra ele . _ teu pai me pediu pra assinar o papel de casamento no qual eu terei total responsabilidade sobre você . olho pra ele confusa , imaginando a borrada que ele fez e então eu começo a dar risada . _ porque está dando risada ? falei algo engraçado ,? diz ele . _ não , não disse nada engraçado , mas visto pelas circunstâncias que talvez você foi enganado por aquele homem , que provavelmente deve apenas ter te roubado alguma coisa ou alguns milhões . digo dando as costas pra ele que me faz virar pra ele com tudo segurando nos meus ombros e me sacudindo . _ o que foi que você disse ? _ eu disse que talvez se você fosse mais esperto deveria saber que além de dar a filha por contrato ele pode te roubar bem mais do que você ofereceu a ele . digo dando um sorriso pra ele de deboche . _ vamos voltar naquela casa agora . diz ele pro motorista . _ por favor , não me leva para aquela casa de volta não , eu imploro . digo mudando de ideia , porque diabos eu fui abri minha boca ? _ tá querendo me dizer que não quer voltar ? sendo que você nem queria sair de lá? diz ele me olhando com uma sobrancelha erguida . _ e que eu ... eu não aguento mais a forma que ele me trata , eu ... eu já sofri tanto na vida e ... ele me olha e o motorista parado no meio fio esperando alguma ordem . _pode ir direto pra casa , amanhã eu vou atrás daquele sujeito . diz ele deitando com a cabeça pra trás no banco , e respirando fundo . _ se eu estiver certa do que ele fez , você vai me devolver a ele ? vejo que ganho sua atenção e ele me olha de um jeito como se eu tivesse falado uma piada sem graça . _ não porque por mais que eu talvez queresse te devolver , ele já gastou o dinheiro ah muito tempo . olho pra ele sem entender , porque se o cara que dizia ser meu pai disse que havia conhecido Eduardo hoje como é que Eduardo diz que ele já gastou o dinheiro ? _ ah quanto tempo vocês se conhecem ? pergunto fazendo ele me olhar de forma séria . _ ah mais ou menos uns seis meses que foi quando você fez dezessete anos . olho pra ele vendo que seu olhar muda. _ o que fez querer um contrato de casamento comigo ? ele me olha há sem paciência . _ ao contrário do que seu pai diz , assinei um contrato de casamento com você , porque ele me devia uma quantidade muito alta , e como eu sabia que ele não pagaria , não tive escolhas . olhando pra janela vendo o asfalto lá fora fico a imaginar o que se passa na cabeça de uma pessoa em ofertar outra pessoa , e outro ser humano aceitar uma pessoa como se fosse objeto . _ e tão eu fui aceita por você não ter escolhas ? então caso contrário nunca me aceitaria ? pergunto tentando ao máximo não chorar na sua frente . _ eu não gosto de ficar perto de pessoas , eu odeio conviver com gente , eu odeio ter contato com gente , não é atoa que eu moro muito mais muito longe da cidade . diz ele me olhando de uma forma que me faz ficar intimidada . _ então porque me aceitou? se me odeia quanto odeia o cara que se dizia ser meu pai ? ele me olha e desvia o olhar em seguida . _ porque eu não tive escolhas e talvez porque você pode ser útil e talvez porque você pode estar bem melhor comigo do que com ele ou com qualquer outro que possa pegar você . olho pra ele balançando a cabeça e sorrindo de raiva . _ agora eu sou um objeto , sou qualquer coisa , e ninguém percebe que eu tenho sentimentos , que p***a , a vida inteira sofrendo , pra agora passe por isso tudo ? e brincadeira . ele me olha como se eu tivesse falado a pior coisa do mundo . _ não ouse falar esses tipos de palavras , ou se não irei lavar essa boquinha suja com água e sabão . olho pra ele com lágrimas nos olhos e viro meu rosto pra janela . _ depois de tanta coisa que eu já passei , engolir um pouco de água com sabão provavelmente não irá me matar . digo dando as costas pra ele que me olha com sangue nos olhos. _ nunca mais me de as costas ouviu bem sua baixinha atrevida . olho pra ele dando risada do que ele me disse , se ele achou que estava me ofendendo se deu m*l . _ baixinha , Anã de jardim , Elfa , pequena fada ,... tantos apelidos de ofensa contra mim que eu já nem logo mais ,nosso ser baixinha , mas sou baixinha com orgulho . digo olhando pra ele que fica sem graça , mas em seguida dá risada tirando da minha cara . _ em que merda eu me meti . diz ele esfregando o rosto com as duas mãos . _ se você quiser pode me deixar na rodoviária, e de lá eu me viro . digo sorrindo irónica pra ele . _ acha mesmo que vou jogar meu dinheiro no lixo ? está muito enganada . diz ele fechando os olhos e deitando a cabeça pra trás . visto que ele parou de falar comigo , e eu não queria mais falar com ele , encosto minha cabeça no banco e sem que eu perceba , acabo dormindo pelo cansaço de tudo e por também ser de madrugada .
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