Cap 6

605 Words
Liz Incrível...eu me olhava no espelho e conseguia comprovar o que todos diziam, eu simplesmente era a cópia fiel da minha mãe Quando eu era mais nova, lá com meus dez anos de idade, eu não gostava dessa comparação de jeito nenhum, principalmente por achar que, muito do que eu vivia ou passava com meu pai, irmão e até mesmo tio, era por causa disso Eu estudava em uma escola muito boa, particular, que enchia a minha mente de lições e mais lições enquanto meu irmão, estando na mesma escola, parecia que levava tudo de boa Se fosse para sair de casa, era para ir ou na casa da minha tia ou na casa da minha avó e nem podia considerar aquilo como saída já que a gente morava na mesma rua Meu pai sempre me dizia que aquilo era o certo, que eu não deveria ficar fazendo o que as outras meninas do morro faziam Eu ficava muito brava, realmente achava que se fosse um pouquinho diferente da minha mãe, pelo menos na aparência, eles me deixariam um pouco em paz Fiz tantas trapalhadas por conta disso, chega até ser engraçado. Já pintei meu cabelo com papel crepom, fiz permanente para cachear, cortei bem curtinho quase levando minha mãe a ter um infarto, fora as outras coisas que não lembro, tudo para não ficar com cara de dona Ísis Hoje eu admiro o que vejo na frente do espelho, eu sou realmente parecida com ela, e graças a Deus por isso Dezesseis anos, é essa a minha idade, dois, quase três anos mais nova que o Dom. Hoje eu vejo que tudo que eles fizeram comigo até aqui, foi só proteção, como meu pai diz, só para dar um jeito de me colocar em um caixinha de vidro e me ver crescer em segurança Eu achava que o Dom tinha certos privilégios, por ser homem sabe, achava mesmo, até pegar uma conversa às escondidas entre meus pais e perceber a responsabilidade que ele carrega nas costas Orgulho para meu pai, preocupação para minha mãe. É difícil para ela, eu sei que é, ainda mais sendo a mãe que ela é, totalmente entregue à gente, tanto para meu pai, como para nós, os filhos, ela sofre muito, deu para perceber em seu tom de voz. Mas também sabe o que deve ser feito, em que mundo viemos e vivemos, o mesmo tom de voz me disse a mesma coisa Eu me orgulho de fazer parte dessa família, torta, muitas vezes quebrada, mas com muito amor para dar, muito amor, sim, eu me orgulho demais, e agradeço a Deus por ele ter me dado esse privilégio de estar nesse meio Ainda tenho meus arranca rabos, claro que tenho, eles tem que me entender, eu ainda estou na fase de transição entre a adolescência e a adulta, mas já entendi muita coisa, principalmente a não culpar ninguém por eu ser tratada como uma boneca frágil enquanto meu irmão é aclamado como fodastico só porque sou parecida com a minha mãe Sim, é orgulho que sinto, hoje sim Nota da autora: amores da minha vida, a Dreame me solicitou que aumentasse o livro A lei do BABILÔNIA (MORRO), então, ao invés de finalizar ele este mês, irei estende-lo até o final do mês que vem. Por conta disso, não conseguirei att o Montanha até dia 1 de julho, peço desculpas por isso, mas essa solicitação é uma forma da plataforma dizer ao autor que ele está sendo bem visto. Agradeço a todos vocês, e espero encontrá-los em julho. Irei divulgar no face a volta ok bjo bjo bjo
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