Bebel.. Hugo me levou até o posto de saúde. Assim que chegamos, fui atendida sem precisar esperar. A enfermeira me guiou até uma sala, enquanto Hugo ficou lá fora, na recepção, esperando. Mesmo distante, eu sentia a presença dele, sempre atento, mesmo quando não estava por perto. Na sala, a enfermeira me pediu para deitar na maca. Ela sorriu, mas eu percebi o nervosismo por trás daquele sorriso. Sabia que o motivo era Hugo. No morro, todos conheciam o Capitão Nascimento, e não era um nome que as pessoas tratavam com leveza. — O que aconteceu, querida? — a enfermeira perguntou enquanto colocava as luvas. Eu hesitei. Não sabia se deveria contar a verdade, nem como explicar sem parecer fraca. — Foi ele que te machucou? — a enfermeira perguntou, baixinho, olhando de relance para a porta,