Capitão Eu estava em casa quando me avisaram que meu pai estava na entrada do morro. Na hora, senti o sangue ferver. Eu não o via há tempos, e não tinha nenhuma vontade de revê-lo. Mas desci assim mesmo, com a cabeça quente, quase desnorteado. Cheguei lá e o encontrei esperando, aquele homem que um dia foi minha inspiração, mas agora, pra mim, não era nada. Eu não queria vê-lo, nem ouvir o que ele tinha a dizer. — Preciso falar com você, Hugo... — ele disse, com aquela voz que um dia me fez sentir orgulho. — Não tenho nada pra falar com você. Nada. E é melhor não voltar. — Fui direto, sem rodeios. Ele me encarou, os olhos carregados com algo que eu já não reconhecia. — Eu te criei tão bem, Hugo... Como você se transformou nisso aqui? Saiu de um posto de respeito, pediu baixa pra iss