Capitão.. Minha cabeça estava uma bagunça. Uma bagunça que não me deixava pensar direito. Eu tinha dito que a garota podia ficar, então não podia simplesmente jogá-la de volta no asfalto. Mas a garota mexia comigo, e isso estava errado. Tudo errado. Eu não era esse tipo de homem. Não era. Ela tinha dezoito anos, e eu fui casado com a mãe dela. Isso só tornava tudo mais complicado. Eu sabia que não era certo sentir nada por ela, mas a presença dela me incomodava, me fazia pensar demais. E eu odiava pensar demais. Saí andando pelo morro, tentando me distrair. Quando cheguei perto do meu ponto de comando, já eram seis horas da manhã. Marcelo estava lá, como sempre, me esperando. — Desculpa, Capitão — ele começou, a voz um pouco hesitante —, lembra daquele pastor? O tal de Olavo? Todo dia,