No Boteco do Nadir

912 Words

Capitão Nascimento Eu me sentei no bar do Nadir, aquele boteco improvisado num galpão antigo do morro. Alguém me passou uma garrafa de cerveja. Não pensei duas vezes, abri a garrafa no dente, o gosto da cerveja preenchendo a boca, mas não era suficiente pra acalmar a confusão na minha cabeça. O tenente Marcelo apareceu logo depois, se jogando no banco ao meu lado. Já senti o sangue subir. — Vai se fe.rrar, Marcelo. Se disser qualquer coisa, eu te jogo daqui de cima. Ele só sorriu. Puxou um cigarro, acendeu com calma. O des.graçado sabia. Sabia que eu tava maluco por Isabel. Era o jeito dele, sempre sacando as coisas antes de eu me dar conta. Ele sabia que aquilo mexia comigo, porque ele me conhecia melhor que ninguém. Mas eu me recusava a reconhecer. Era como se admitir isso fosse me

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