Capitão Nascimento Eu me sentei no bar do Nadir, aquele boteco improvisado num galpão antigo do morro. Alguém me passou uma garrafa de cerveja. Não pensei duas vezes, abri a garrafa no dente, o gosto da cerveja preenchendo a boca, mas não era suficiente pra acalmar a confusão na minha cabeça. O tenente Marcelo apareceu logo depois, se jogando no banco ao meu lado. Já senti o sangue subir. — Vai se fe.rrar, Marcelo. Se disser qualquer coisa, eu te jogo daqui de cima. Ele só sorriu. Puxou um cigarro, acendeu com calma. O des.graçado sabia. Sabia que eu tava maluco por Isabel. Era o jeito dele, sempre sacando as coisas antes de eu me dar conta. Ele sabia que aquilo mexia comigo, porque ele me conhecia melhor que ninguém. Mas eu me recusava a reconhecer. Era como se admitir isso fosse me