Capitão Eu desci o morro sem pressa, rumo ao cemitério. Era o enterro de Caetano. O doutor ficou alguns dias no hospital, entubado, com os médicos tentando salvar sua vida, mas foi tudo em vão. Era questão de tempo até ele dar o último suspiro. E agora, ele estava ali, prestes a ser enterrado. O coronel Reinaldo estava presente, mas não derramava uma lágrima sequer. Era oco, um homem sem alma, incapaz até de chorar pela morte do próprio filho. Ao lado dele, uma mulher chorava. Não era um choro de desespero, algo mais contido, quase mecânico. Reconheci que era a esposa do coronel. Fiquei de longe, capacete na mão, observando em silêncio. Não estava ali para prestar respeito ou ver quem chorava. Eu queria me certificar de que um dos meus inimigos estava, de fato, morto. Caetano, o filho