Bebel
Hugo comprou uma garrafa de água de uma senhora que tinha uma barraca. Ele conferiu o lacre com cuidado, e só depois me deu para beber. Tomei um gole, enquanto ele pagava por uma daquelas garrafas grandes de cerveja. Logo em seguida, vi Navalha passando e, sem aviso, Hugo jogou a garrafa para ele. Pensei que fosse cair no chão, mas Navalha pegou no ar, com precisão, fazendo um sinal de que estaria de olho. Caminhamos pra um corredor..
Hugo se encostou na parede e me puxou para ele. O toque firme de suas mãos me envolveu, e eu senti o calor que seu corpo emanava.
— Hugo... — comecei a falar, mas ele interrompeu.
— Meu beijo, Isabel, e não precisa ficar com medo.
Medo era a última coisa que eu sentia naquele momento. Quando ele deslizou os dedos pelos meus lábios, uma onda de ele
