Bebel Eu estava deitada na cama, tentando entender por que o universo parecia conspirar para que eu não contasse a verdade para Hugo. Era verdade que antes eu não havia dito nada por medo – medo de que ele não me deixasse ficar no morro, medo de ser rejeitada. Mas agora, estávamos juntos, e eu confiava nele. Não queria esconder nada. Eu precisava contar. Mas parecia que a oportunidade nunca surgia. Tirei os colares e a calça, ficando apenas com a camisa que vestia. Comecei a pegar no sono, com a televisão ligada de fundo, mas acordei com uma dor incômoda. Era cólica mens.trual. Tanta coisa aconteceu nos últimos dias que eu nem me lembrei do meu ciclo. Provavelmente, eu acordaria menstruad.a e, pi.or ainda, não tinha absorventes nem ali, nem na casa de Hugo. Esqueci de comprar. Ia me sen