Bebel Eu estava encostada no peito de Hugo, sentindo o calor do corpo dele enquanto ele alisava meu cabelo. A sensação de segurança me envolvia, mas minhas mãos ainda tremiam um pouco enquanto segurava o celular. Hugo, sempre calmo, me dava apoio em silêncio, e eu sabia que precisava fazer aquilo. Respirei fundo e disquei o número de Maria Rita. — Alô? — A voz dela veio do outro lado, impaciente, sem reconhecer quem estava chamando. Engoli em seco antes de responder. — Sou eu, mãe... Isabel. — Fiquei em silêncio por um momento, me sentindo estúpida por chamá-la de "mãe", mas era o hábito, algo que parecia impossível de quebrar. — Isabel? Onde você está? — A voz dela subiu imediatamente, carregada de desespero e irritação. — Sumiu? Foi se esconder? — Já gritava, e eu podia quase ver o