Capitulo 4

732 Words
__ Desculpem...- Ainda perplexa, pisco os olhos duas vezes, clareando a garganta, os encaro com falsa confiança.__ Mas eu disse que não precisavam de me seguir. - Minhas pernas tremiam, assustada por ver os dois homens enormes, entroncados e sombrios na minha porta. __Como veem, estou completamente bem. __ Não queremos assustar-te... - Alexandre disse com um tom sério. __ Mas precisamos falar. __Não... não precisam.- De repente as minhas palavras mostram o quanto começava a ficar assustada. __ Ouçam... já viram as horas ? -Suspiro frustrada .__Eu nem sequer vos conheço. - Espreitando o corredor tento ver se algum vizinho estaria ali assistindo ao que estava acontecer. Seria o tema de conversa durante um mês se vissem aqueles dois homens na minha porta. Aliviada por não ver ninguém desta vez os encaro firme , declarando. __ Agradeço a ajuda prestada naquela hora , mas têm que entender... __Sabemos o que viste! - Alexandre insistiu tentando segurar seu olhar. __ É real. Precisamos mesmo falar. Sustentei a respiração, então sempre era verdade! Não tinha imaginado, era mesmo um vampiro. Durante uns segundos não disse nada e fiquei congelada no mesmo lugar, olhando o rosto do estranho que me fitava com uma intensidade anormal, fiquei presa nele, por momentos minha mente vagueou, as palavras se repetiam, varias vezes. " Deixa-nos entrar !" __Por favor entrem!- Mesmo sem perceber, retiro a corrente, abrindo a porta escancarada, os convidando a entrar para a única segurança que tinha no momento...o meu lar. Eles me olharam com cautela, entrando em passos largos , um deles fechou a porta e a sensação de ser liberta por algo que me prendia se fez presente. __Mas que ... - Perplexa mordo o lábio, estranhando minha atitude. Como poderia ter aberto a porta a dois homens desconhecidos a altas horas da madrugada ,ainda mais  sem dar importância ao que os vizinhos iam pensar .Mas de repente algo surge de novo no meu pensamento, ele falara que um vampiro me atacara ? Os encarando apavorada declaro mentalmente.  " Meu...Deus...Vampiros existem!" Apreensiva mantive a distancia apontando para o sofá de dois lugares ,fazendo questão que se sentassem. Os dois praticamente ocupavam a pequena sala de estar que constituía um dos cómodos do meu apartamento T1. Suspirei me aproximando em alerta , embora se eles me quisessem fazer m*l, eu não teria qualquer hipotese . Sentei-me no sofá individual de frente, gemendo de imediato  quando a dor na anca se manifesta. __Tu não estas tão bem como nos fizeste pensar pois não? - Vasco me encarou com preocupação. Olhei-o pela primeira vez com atenção. Notei que ele tinha uma beleza selvagem, cabelo castanho claro e olhos azuis. Com um rosto masculino expressivo, com jeans e uma camiseta branca, ele emanava confiança e sensualidade. Alexandre era um contraste. Cabelo n***o cortado em escadinha ate aos ombros e olhos verdes. Vestia calça e camisa preta, o rosto dele estava sempre com a mesma expressão... indecifrável. Como se mantivesse sempre controle das emoções. Mas emanava um poder e uma autoridade que me deixava perturbada, eu não sabia explicar. __ Então, explique- me. - Olhei um e depois ao outro. __ O que é que eu vi? __ Tu sabes o que viste! – Alexandre declara  num tom brusco como se o estivesse a testar, algo que não deveria admitir a ninguem. __ Sim...eu sei... - Arqueei uma sobrancelha e o encarei em desafio. __ E tu? Como é que sabes o que eu vi? __ Tu foste atacada por um vampiro. Para nós será um problema se divulgares o que viste, mesmo que não te acreditem, acabara por começar haver rumores aqui e ali. – Ele cerrou os dentes ignorando a minha pergunta. __ E como eu não o apanhei hoje... ele poderá voltar. Eu olhava-o de boca aberta, completamente abismada, como poderia ser tão direto com algo que me fazia questionar a minha realidade, mais ... que poderia colocar a minha existência, minha vida em risco. Engoli em seco abrindo a boca para questionar a razão de estarem ali quando uma palavra se destacou na sua frase. __ Disseste "para nós será um problema"? - Minha boca secou, meu ar foi completamente sugado com o ofego que se fez sentir. Olhando a boca de Alexandre somente imaginava umas presas surgindo afiadas quando seus lábios grossos se estendessem num sorriso sensual,mesmo  antes de me atacar... e me sugar ...todinha.
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