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1454 Words
ALICE NARRANDO: Eu estava em uma verdadeira batalha comigo mesma. Que ódio. Peguei meu celular e liguei pro Pesadelo. O que eu tô fazendo afinal? Eu não preciso me desculpar, certo? M-PP: Col foi? Alice: É.. - Fiquei quieta e ouvi ele chamando a Larissa. M-PP: Fala logo cara. Alice: Assim, talvez eu tenha exagerado. - Falei baixo e ele riu. - Mas eu não tenho certeza, é só talvez. M-PP: Fica de boa gatinha. Ai, vou desligar porque a Larissa tá pendurada aqui em mim, pedindo cada hora uma coisa diferente. Alice: Tá. Manda um beijão pra ela. - Falei e ele desligou. Ok, ele tá meio bravo. Mas acontece né? Fiquei assistindo serie e quando eu tava pra dormir abriram a porta do meu quarto. Era meu pai. Terror: Quero falar com tu. - Encostou a porta e depois sentou na cadeira da minha penteadeira. Alice: Pode falar. - Me ajeitei na cama. Terror: Eu tô bolado pra c*****o. Como que tu tá grávida? p***a! Isso não podia acontecer, olha tua idade Alice. - Negou olhando pro chão. - Tu tá grávida de um bandido, tem noção que isso vai ficar na tua vida e do teu filho pra sempre? Já não bastava ser minha filha. Eu já vi sua mãe sofrer pra c*****o porque vive comigo. A maior burrada que eu fiz foi deixar vocês aqui, sua mãe não queria mas eu sou egoísta pra c*****o. Alice: A culpa não é de vocês, a culpa é minha. Vocês deram tudo que podiam, eu não escutei, eu escolhi viver do jeito que achava certo. Eu queria tanto voltar atrás e ter ido morar fora quando o senhor descobriu que eu tava com o Thiago. Terror: Eu não fui o pai que deveria e tô ligado, c*****o! Tu tá grávida, minha filha tá grávida. - Riu e eu me senti péssima só de imaginar como ele ta se sentindo. - eu não posso ficar te julgando porque não vai adiantar nada mas eu tô bolado pra c*****o. Não era pra essa p***a ter acontecido e aquele filho da p**a do Thiago vai assumir porque eu tô ligado que é dele. - Apontou pra mim. Alice: Pai, por favor. - Pausa. - Eu só quero ficar longe dele. É meu filho - Pausa- e seu neto se você quiser. - Sorri com o olho cheio de lágrimas. Terror: Neto. Eu vou ser vô c*****o. - Falou sem acreditar e eu ri. - Eu tô muito novo pra isso, essa criança não vai me chamar de vô não, imagina o que as novinhas vão falar? Não dá né? Alice: Igualmente pra minha mãe, imagina o que os novinhos vão falar pra mamãe né. - Falei e ele fechou a cara. Terror: Iih parou. - Levantou bolado e eu ri. Alice: Dorme aqui comigo. - Pedi e ele deitou do meu lado e me abraçou. Terror: Amo tu pra c*****o. Tinha que ser filha da Melissa né? Vacilona pra c*****o. - Eu ri e ele beijou minha cabeça. (...) PESADELO NARRANDO: Larissa: Eu quero meu tetê. - Falou coçando os olhos e eu respirei fundo. Pesadelo: Pede pra tua tia, Larrisa. Me deixa dormir cara. Larissa: Não quero. PAPAAAAAAI. - Puxou meu cabelo pra me acordar. Pesadelo: p***a Larissa, sai daqui. - Tirei a mão dela do meu cabelo e fui pro banheiro. Mijei, escovei meus dentes e voltei pro quarto. A Larissa tava sentada no canto da cama com a mão nos olhos e chorando. Toda cheia de charme essa menina. Porra, me perturba demais. Pesadelo: Vamo tomar café. - Chamei ela e fiquei esperando de braços cruzados. Larissa: Não tô com fome. - Falou com a voz abafada. Pesadelo: Vamo logo Larissa, para de graça. Larissa: Você gritou comigo. - Tirou a mão de um olho só e eu segurei a risada. Pesadelo: Tu para de birra, bora comer logo. - Fiz que tava bravo ainda e ela voltou a chorar. Larissa: MAMÃE, EU QUERO MINHA MÃE. - Chorou alto e eu fiquei sem saber o que fazer. Pesadelo: Ta doida filha? Eu tô brincando amor. Que mãe ela quer? De onde ela tirou isso? Larissa: Eu quero minha mamãe. Pesadelo: Ooh filha, não tem mamãe hoje. - Pausa - Mas tem o papai. - Sorri e abracei ela. - Tem um papai bem bonitão pra tu. - Dei um monte de beijo nela que começou a rir. Larissa: Não grita comigo papai, faz dodói. - Falou com o olho cheio de lágrimas. Pesadelo: Ai meu amor, desculpa o papai tá? Eu não grito mais. - Ela me abraçou e ficou agarrada no meu pescoço. Fui tomar café e ela no meu pescoço. Larissa: Não pode namorar papai. - Falou do nada. Pesadelo: Tu? Tu não pode mermo, agora não. Larissa: O papai não pode. - Falou me olhando. Pesadelo: Vou namorar não filha, sou só teu e tu só minha. - Ela riu e ficou mexendo no meu cabelo. THIAGO NARRANDO: 25 DIAS DEPOIS Entrei em casa e tava o maior cheiro de comida. p***a, tô morto de fome! Tirei minha camisa e fui na cozinha. A Laysa tava tirando alguma coisa do forno, colocou na pia e me olhou. Tava com o olho cheio de lágrima. Laysa: Oi. - Falou baixo. Thiago: E ai. - Respondi e fui no armário pegar alguma coisa pra comer. Depois sai da cozinha e fiquei mairo tempo lá, comi a bolacha e fiquei assistindo televisão. A Carol tava me mandando varias mensagens querendo saber se eu ia na casa dela hoje. Ela mandou mensagem depois, mas eu não respondi mais. A Laysa colocou o prato na minha frente, cheio de comida. Thiago: Valeu. - Peguei e ela sentou no outro sofá. Colocou uma mão na barriga e outra nos olhos. A barriga tava toda redondinha, linda. Caraca, meu filho. Meus filhos, a Alice vai me dar um pivetinho também. A Laysa tava muito quieta, isso é estranho. Ela sempre fala pra c*****o, tá é querendo atenção. Comi tudo e fui pro quarto. Tomei meu banho, me perfumei, me vesti e voltei pra sala. Peguei meu celular, chave da moto e meu boné. Laysa: Você pode me.. Thiago: Posso não, vou sair. Laysa: Por favor, tá doendo muito. - Me olhou e o rosto dela tava todo molhado. Thiago: Para de graça Laysa, p***a. Não cansa nunca. Eu volto amanhã cedinho, se liga nas coisas que você vai fazer. Laysa: Thiago, eu acho que tô perdendo ela. - Falou abafado. Thiago: Perdendo quem? Fala direito garota. Laysa: A bebê. Sua filha. Tá doendo muito, Thiago! Thiago: Aah p***a, Por que tu não me falou antes? - Perguntei puto e fui pra perto dela. - Apoia em mim, não solta. - Peguei no braço dela e tentei fazer ela levantar. Colocou o pé no chão e quase caiu. Laysa: Eu não consigo ficar em pé. - Falou e começou a chorar com mais intensidade. Olhei pra cara dela e antes de falar que não, pensei na minha filha. Thiago: Senta aqui. - Falei nervoso. Fui pra rua e o primeiro cara que eu vi na esquina eu gritei. Thiago: Ooh garoto, vem aqui. - Gritei e ele veio andando todo cheio de marra. - Anda p***a. Presta atenção, tu vai levar a.. a minha mulher no hospital, tu vai na atividade, sem enrolação. Xxx: E quem é tu? Por que eu vou? Tô de serviço pro meu chefe, não pra tu. Thiago: Tu não se cresce comigo parceiro, chegou ontem no bagulho e tá ai. - Falei sério. - Minha filha vai morrer se tu enrolar, se ela morrer tu morre. também. Eu falo com o chefe, tu nem conhece ele. Vacilão do c*****o! Ele ficou resmungando mas me seguiu. Dei a chave do carro pra ele e o documento. Thiago: Vem Laysa. Fica calma mano, eu não consigo fazer nada. Fica chorando, maior agonia! Aguenta ai que o moleque já vai te deixar no hospital. Laysa: Moleque? Você não vai comigo? Thiago: Eu não posso descer pra lado de hospital. Sempre tem policial na frente. Laysa: Você quer ir encontrar essas garotas que tu pega. Thiago: Na moral, tu me erra. Pego mermo, só tô te ajudando por causa da minha filha. Por mim tu podia morrer de dor aí. - Falei puto e ela ficou quieta. Com a Laysa não tem outro jeito. Toda hora com o mesmo papo, a vida toda. Coloquei ela dentro do carro e tava me agoniando ela chorando toda hora. Meu peito tava doendo pra c*****o, maior coisa estranha. A criança não foi planejada, não mermo. Mas é minha filha né? Não deixa de ser e eu não deixo de amar.
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