NAYANE NARRANDO
No dia seguinte eu acordei cedo como de costume, eu sempre acordo cedo, faço a limpeza da minha casa, deixo tudo bem limpinho, nunca deixo nada fora do lugar, arrumo minha comida, e no fim eu arrumo a comida do Bolinha, vejo se a areia dele está limpinha e se está suja eu sempre limpo, deixo tudo limpo porque eu não gosto muito de bagunça, foi assim que as minhas mães me criaram, sendo uma pessoa organizada, e eu gosto disso, a melhor coisa da minha vida, sem ver nada na desordem, então depois de deixar tudo organizado eu sair de casa e fui para o meu serviço, eu sempre gosto de ir cedo, porque sempre largo cedo, e tenho um bom descanso em casa, e foi isso que eu fiz como sempre, eu fui a meu trabalho e quando cheguei a dona Anna estava lá admirando o jardim, a mesma sempre é tão amorosa e gentil comigo.
Nayane: Bom dia, dona Anna. - digo sorridente.
Anna: Bom dia, minha menina. - ela fala com um tom gentil.
Nayane: A senhora está bem? - pergunto e ela sorrir.
Anna: Estou bem sim minha linda, eu apenas tive uma boa notícia hoje. - ela fala sorrindo.
Nayane: Oh, que coisa boa. - digo sorrindo, e começo a mexer nas plantas, vou limpando os local com cuidado.
Anna: A minha filha vai vim no próximo mês para passar um tempo comigo. - ela fala e parecia que a mesma estava tão feliz. - Mas eu sei que ela quer me contar alguma coisa, eu não sei o que, mas sabe eu tenho esse pressentimento, afinal foi 18 anos que ela no exterior. - ela diz e eu apenas fico ouvindo.
Nayane: Que coisa boa, dona Anna, eu fico muito feliz pela senhora. - digo sorrindo e continuo arrumando as plantas, até que vou até a mangueira, peguei a mesma e puxei para regar as plantas.
Anna: Gosto de você, Nayane. Você é uma menina doce, gentil, meiga, e principalmente, é alguém que não é como outras pessoas, que gostam de se meter na vida das pessoas. - ela diz e eu acabo sorrindo.
Nayane: Senhora, Anna, as minhas mães, as freiras que me criaram, elas me ensinaram a não me meter na vida de ninguém, elas falavam que se meter onde não é chamado, é feio e isso deixa a gente com a credibilidade péssima. - digo e ela sorrir.
Anna: E elas tem razão viu, eu super entendo elas, a gente sempre tem que manter a credibilidade intacta. - ela fala tranquila e se aproxima, a mesma beija minha testa e me olha nos olhos. - Você tem os olhos iguais o da minha filha. - ela diz sorrindo, e eu acabo sentindo minha bochecha esquentar.
Nayane: Muito obrigada pela gentileza dona Anna, e eu sou grata a senhora por me dar esse emprego. - digo envergonhada e ela sorrir.
Anna: Não fique com vergonha. - diz e se afasta. - Bom, tenho que ir o dever me chama. - ela fala e vai saindo dali, e eu continuo fazendo meu trabalho.
Com o tempo eu acabo regando todas as flores e plantas de seu jardim, quando eu acabei eu entrei em casa, e troquei minha roupa, me despedi da Silvia, e fui embora para o ponto de ônibus, eu fiquei um tempo esperando o ônibus chegar, e quando ele chegou eu entrei no mesmo e ao entrar eu fui para um lugar onde eu fico sozinha, eu gosto de me isolar. Quando o ônibus lotou, o mesmo começou a se mover, e eu sempre faço o mesmo percurso até chegar no meu ponto, eu fico um pouco triste com tudo que vem me acontecendo, porém eu acabo as vezes esquecendo essas coisas, e ainda por cima eu sinto muita falta das minhas mães, e eu não consigo nem me comunicar com elas, eu estava no escuro sem elas por perto, eu me sentia ainda mais sozinha, então quando o ônibus chegou ao meu destino, eu desci do ônibus e fui caminhando, fazendo o mesmo percurso de sempre, apesar que dessa vez eu acabei passando por uma outra rua, porque a que eu iria passar havia vários homens armados então preferir seguir outro caminho, então fui caminhando até que cheguei em casa, eu entrei e fui direto ver o meu gatinho, o mesmo estava dormindo na sua caminha, assim que ele me viu ele veio na minha direção e se esfregou na minha perna, então eu me abaixei e fiquei abaixada, então comecei a fazer carícias nele. Então depois de brincar um pouco com ele eu comecei a arrumar as coisas da casa. Até que eu ouvir alguém bater na porta, eu fui até a porta, enquanto eu deixei a minha comida esquentando no micro-ondas.
Josefina: Oi, minha linda. - ela fala com uma expressão séria.
Nayane: Olá dona Josefina, entre. - digo e ela entra. - Aconteceu alguma coisa? - pergunto e ela suspira.
Josefina: Você apareceu no morro hoje? - ela me pergunta e eu fico sem entender.
Nayane: Eu fiz o mesmo percurso de sempre, porém hoje eu acabei vindo por outra rua porque tinha vários homens armados pela rua que eu sempre venho. - digo e ela balança a cabeça em negação.
Josefina: Oh, minha linda, o dono do morro o Leopardo, ele acabou vendo você passar, e ele passou na minha casa, e eu estou aqui agora, evite passar pelo morro, porque ele é capaz de fazer uma tragédia nesse morro. - ela diz com um certo medo.
Nayane: Tudo bem, dona Josefina, eu vou evitar de aparecer novamente. - digo cabisbaixo.
Josefina: Era apenas isso mesmo, agora estou indo, tenha uma ótima noite minha linda. - ela diz e vai embora.
Eu vou até a porta, fecho tudo e vou para a cozinha, pego a minha comida e começo a comer, eu estava triste com isso, eu nunca imaginei passar por tanta coisa r**m, que tudo que estou passando, sinto a tristeza tomar conta de mim, então as lágrimas molham meu rosto, e eu fico chorando em silêncio, até que meu gatinho aparece ali e se esfrega na minha perna, eu termino de comer e me abaixo, faço carinho nele e logo me levanto, eu arrumo tudo e subo para meu quarto, vou agarrada com meu gatinho até o mesmo, coloco ele sobre minha cama e vou para o banheiro, eu tomo um banho e quando acabo, vou até a pia e faço minha higiene pessoal, assim que acabei, sair do banheiro e fui me enxugando, quando acabei eu peguei um conjunto de lingerie, eu vestir a mesma e ao vestir, eu peguei uma camisola me vestir e fui para minha cama, apaguei as luzes e me deitei na cama, me agarrei com meu gatinho e acabei dormindo.